Reflexão Por: Ygor Coelho

Reflexão Por: Ygor Coelho

Planos para o futuro:Turismo em Cruz das Almas¹

Por: Ygor da Silva Coelho

Tenho insistido no assunto Turismo em Cruz das Almas porque vejo na cidade grande potencial para desenvolver esse setor da economia.
No Brasil, o turismo é a atividade que mais cresce dentro do setor terciário e Cruz das Almas não pode deixar de priorizar o tema. Pequenas cidades da Bahia, a exemplo de Sento Sé, investem no segmento, buscando tornar-se polo turístico. Lamentavelmente, poucos em Cruz das Almas reconhecem o potencial existente.
Lembro que, faz alguns anos, me dirigi a Prefeitura de Cruz das Almas para discutir um projeto turístico e fiquei surpreso quando um assessor do prefeito foi negativo e enfático:

  • Mas para mostrar o quê? Nada há na cidade que interesse um turista!

Santa ignorância! Já é falecido o assessor a que me refiro, posso repetir: Santa ignorância!
Cruz das Almas é privilegiada, poucas cidades têm tanto a mostrar. Cruz das Almas tem história, tem ciência, tem cultura, reserva florestal (Mata de Cazuzinha), instituições renomadas, uma feira livre que, se não é tão grande como a de Caruaru-PE, é similar em riqueza e diversidade.

É preciso despertar as lideranças para essa possibilidade. Muitas cidades do Brasil, partindo do quase nada, se organizaram e se transformaram em polos turísticos, recebendo verbas e milhões de visitantes por ano.
Alguns certamente diriam que temos o São João. Sim, mas podemos ter mais, podemos ter turistas nos 365 dias do ano e não apenas por alguns dias nos festejos juninos.
Cruz das Almas, aliada às atrações, possui uma infraestrutura hoteleira e gastronômica capaz de satisfazer os mais exigentes visitantes.

As iniciativas imediatas, partindo do governo municipal, seriam:

  1. Manter as ruas, praças e calçadas impecavelmente limpas;
  2. Desobstruir os passeios;
  3. Retirar os excessos de publicidades apodrecidas em postes, que causam poluição visual;
  4. Investir em melhor iluminação das vias;
  5. Cuidar do mobiliário urbano;
  6. Despertar e envolver a população para o fato que turismo é fundamental e fonte de riqueza;
  7. Criar um museu histórico;
  8. Organizar o trânsito de motos e veículos;
  9. Definir participantes do projeto/programa e estabelecer parcerias (Prefeitura, Embrapa, UFRB, UNIMAN, CDL, Rotary Club, Lions Club, Maçonaria, Setor hoteleiro…)

Uma vez consolidado o turismo, todos lucram, cresce a oferta de empregos, valorizam os imóveis, a cidade se torna mais bonita e os munícipes dela se orgulham.
Treinamentos, cursos, seminários, workshops e ações de marketing são estratégias para complementar e consolidar o projeto.
Por fim, justifica comentar que a liberdade de pensamento nos dá o direito de pensar alto ou de forma rasteira. A primeira opção seria acreditar em Cruz das Almas como sendo um destacado polo turístico cultural num futuro próximo.

A segunda opção seria continuar sem reconhecer nosso potencial e perder posições para outras cidades. Não é isso que queremos! O que queremos é mudar o nosso status de desenvolvimento com uma alternativa econômica limpa, não poluente, de baixo custo e plenamente viável. Temos tudo para viabilizar.

(¹) Primeira parte de uma sequência de artigos sobre o potencial turístico em Cruz das Almas-BA.

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Reflexão Por: Ygor Coelho

MURILO S. CAMPOS:

Gratos por sua música e sua vida.

Por: Ygor da Silva Coelho

Cruz das Almas entristeceu com a notícia do falecimento do jovem agrônomo e músico MURILO SENA CAMPOS.

Agrônomo bem sucedido, Murilo era ligado ao agronegócio e, em ocasiões festivas, tecladista da conhecida banda “Acarajé com Camarão”, grupo musical de sucesso que formava com os seus irmãos e que fez apresentação, inclusive, nos Estados Unidos.

É difícil entender a partida de alguém com tantos valores e tanto ainda por realizar.

Calou-se uma voz que passava ensinamentos e tecnologia aos agricultores. Calou-se uma voz que levava alegria e música à sociedade.

Tomados pelo susto, o que dizer aos seus pais e irmãos, todos eles agrônomos, à exceção da irmã Carol, que é psicóloga?

A tristeza que sentimos é difícil de expressar. Juntamo-nos à família e a todos que o conheciam e admiravam. Murilo nos deixa aos 49 anos e muita falta fará nos diversos segmentos da sociedade em que esteve envolvido.

Na partida do amigo, agrônomo, músico e conterrâneo, sentiremos a falta da sua presença física. Mas sua cordialidade, suas músicas, seus ensinamentos agronômicos permanecerão vivos dentro de nós e dos muitos que o admiravam.

A passagem para outra dimensão, ao lado de Deus, leva de nós a presença física, mas as boas lembranças amenizam a despedida.

Murilo estará entre nós, estará entre os agricultores e na “Acarajé com Camarão”, que lhe renderá com música as eternas homenagens que merece. A passagem não separa os que se amam.

Os meus sinceros pêsames e da Equipe do www.jornal075.com.br .

Abraço afetuoso a Nair, sua esposa, seus filhos, irmãos e seus pais Humberto e Indaiá Sena Campos.

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Reflexão Por: Ygor Coelho

Os cem anos de Maria Lopes Reis

Por Ygor da Silva Coelho

Viver saudáveis 90 anos é privilégio para poucos. Dona Maria Lopes Reis, Mariinha como é conhecida, por ser merecedora de muito mais, Deus lhe deu a graça de comemorar 100 anos com saúde, cercada de familiares e amigos e, o mais importante, muitos planos para o futuro.

A graça concedida a Mariinha é um presente também para a sociedade de Cruz das Almas, hoje carente de personagens exemplares.

Mariinha, com a sua juventude de espírito, permanece presente para nos mostrar que não há limites para ser feliz! Não há idade e nem hora! É agora e sempre!

Para viver 100 anos com esperanças renovadas é preciso vencer desafios, suplantar reveses e tristezas. Em todos esses momentos, Mariinha foi vencedora, sempre soube dar a volta por cima, renascer mais forte.

Admirada por todos que a conhecem, Mariinha pavimentou o seu caminho com inabalável fé cristã, sabedoria e bondade.

Veio ao mundo em 1924, “época de ouro”, das inovações tecnológicas, do rádio, do início do cinema falado, da eletricidade, da modernização. Esse conjunto de fatos parece ter moldado a menina Mariinha que enfrentou a vida com uma mente moderna, aberta para o futuro, tal qual o período em que nasceu.

O segredo para uma vida saudável e longa? Uma vez me revelou a fórmula: Encontrar a felicidade no dia a dia e razões para viver mais e mais.

A idade de 100 anos é mágica! O centenário é uma data que merece ser celebrada e Mariinha e seus familiares comemoraram com a FESTA mais LINDA que essa cidade já viu.

A presença de Mariinha em nossas vidas e a sua existência na cidade de Cruz das Almas nos faz sentir orgulhosos e privilegiados.

Por sua generosidade, pelo seu exemplo de mãe, avó, bisavó e cidadã, você, Mariinha, merece a bela celebração. E as outras que virão nos 101, 105, 110 anos…

Não se esqueça de me convidar

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Reflexão Por: Ygor Coelho

Reflexão por Ygor Coelho: Inveja, a doença da alma.

Inveja: a doença da alma.

Até ouvir uma palestra de Joaci Góes, advogado, empresário, construtor e membro da Academia de Letras da Bahia, eu considerava a inveja como coisa infantil. -”Deixe de ser invejoso, menino!” Eu desconhecia os livros sobre o assunto, inclusive da literatura mundial.

Na palestra, Joaci discorreu sobre episódios da política baiana, onde a inveja levava os “donos do estado” e “mandatários da política” a tentarem apagar nomes, conquistas históricas e até instituições seculares da Bahia. Não é diferente hoje, os exemplos estão à vista.

A inveja é um sentimento que se perpetua e é mais profundo em pobres de espírito e representantes do atraso.

Freud falou da inveja como produto de um ódio inconsciente, com raízes na infância, relações muito próximas com a raiva e com a depressão.

Já o padre Fábio de Melo numa de suas orações citou: “A inveja é um pecado capital porque é pior que a cobiça. O invejoso não deseja o que o outro tem, deseja apenas que o outro não tenha e não seja o que é.”

Em minha casa reclamam do meu isolamento. De fato, ando reservado e seletivo. Mas tenho respondido que eu me basto com poucos amigos. Amigos verdadeiros, gente solícita, prestativa, humanitária. Gente que veio ao mundo mais para SERVIR do que para se servir dele. Ajo assim depois que a idade me fez distinguir as pessoas de bom caráter daquelas de má índole.

AMO gente que sabe contemplar o belo, valoriza as pequenas coisas e CULTIVA O BEM. Gente que comemora e se alegra com a FELICIDADE alheia. Gente que nasceu para gerar FELICIDADE.

Na minha nova rotina tenho encontrado verdadeiros amigos, pessoas que nos transformam num ser humano MELHOR. É uma dádiva agregá-los à nossa existência.

Por outro lado, aqueles portadores de má índole, que vieram ao mundo para semear discórdia, não contam com a minha simpatia. De ingratos e invejosos quero distância.

Vade retro!

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O legado de Moacyr Simões

Por: Ygor da Silva Coelho

Moacyr Simões. Foi um dos primeiros jovens que conheci em Cruz das Almas ao vir estudar no Colégio Estadual Alberto Torres-CEAT, em 1964. Na época, o meu tio Maurício Coelho, estudante de Agronomia, era professor do colégio. Sabendo disso, até o final da sua vida, Moacyr Simões chamava-me carinhosamente de Titio Momó.

Moacyr era um jovem inquieto, um desbravador, incentivador. Fez o Científico no CEAT, Ciências Exatas na Universidade Federal da Bahia e, em seguida, decidiu enfrentar o curso de Direito.
Sempre disposto a ultrapassar fronteiras e enfrentar desafios, os títulos não lhe bastaram e ele se encaminhou para o jornalismo, tornou-se radialista. Conhecimento, vivência e dotes de comunicador não lhe faltavam. A princípio, na Rede Líder de Publicidade, do seu saudoso companheiro e amigo Silvestre Caldas. Mais tarde abraçou as emissoras de rádio da cidade e da região.
Durante um período, atuou como assessor de comunicação na Embrapa, mas o trabalho técnico com mandioca e frutas tropicais o limitava. Seus horizontes iam além da divulgação de resultados de pesquisa científica. E voltou ao rádio.
Se houvesse uma enquete na época, talvez fosse apontado como o radialista de maior audiência no interior da Bahia.
Suas matérias, às vezes, chocavam o público desacostumado com as notícias das camadas C e D da sociedade. Mas, ao mesmo tempo em que trazia notícias de correr lágrimas, recheava o programa com doçura e carinho, em especial com a população pobre e carente de atenção.
Nunca conversei com Moacyr sobre jornalismo, mas sempre me pareceu que a sua inspiração veio de Fernando José e do programa Balanço Geral, um formato de jornalismo entre o policial e comunitário que influenciou muitas emissoras de rádio e de TV do Brasil. Um formato que não só persiste, como evolui em audiência.
Sem uma emissora de maior potência, numa época anterior à popularização da internet, a visibilidade de Moacyr Simões era prejudicada, sendo mais ouvido no Recôncavo, onde ele passou a ser referência nas cidades e no campo.

  • Deu no programa de Moacyr Simões!
    Moacyr tinha uma forma irreverente e clara de comunicar, falava a linguagem do agricultor e agradava também os ouvintes da cidade.
    Fui surpreendido com o seu falecimento. Muitas vezes, sentamos lado a lado no ônibus da Breda Turismo, nas viagens de Cruz das Almas para Salvador. Eu ia a passeio e ele lutar por mais um título universitário, o de Bacharel em Direito pela UFBA.
    Suas paixões eram a família, as letras, a música e a comunicação. Era um artesão das palavras com o microfone em punho. Advogado por formação, radiojornalista por vocação, músico por prazer, tocava guitarra e violão.
    Durante seu tempo, Moacyr foi um referencial. Fosse hoje, diríamos que as notícias dadas por Moacyr viralizavam. Era um apaixonado pela comunicação, suas palavras no rádio traduziam a sua emoção. Naquele tempo, em Salvador se dizia: “Saiu na Tarde, é verdade”. Aqui, “Moacyr Simões era verdade e informações”.
    Se eu pudesse pedir algo ao Senhor por Moacyr Simões eu pediria que a sua voz ecoasse um dia magicamente nos auto-falantes da cidade para que os jovens de hoje conhecessem seu estilo. A Praça Senador Themístocles pararia para ouvir.

O radialista costuma ser testemunha da história, captura os momentos importantes da história, muitas vezes correndo risco de vida para nos informar, nos fazer pensar, divertir, sorrir. Assim foi Moacyr Simões, assim são muitos dos nossos radialistas de Cruz das Almas que, junto com Moacyr, eu homenageio com essa crônica.


Texto em memória de Moacyr Simões e dedicado aos radialistas da minha cidade.

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