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SISU passará a ter uma edição a partir de 2024; entenda mudanças

O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) a partir de 2024 passará a contar com apenas uma edição por ano, que ocorrerá entre os meses de janeiro e fevereiro. O Sisu é o processo em que os alunos utilizam as notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) para ingressarem em universidades públicas.

Atualmente, o programa conta com uma seleção em cada semestre, sendo uma edição realizada no início do ano e outra entre os meses de junho e julho. A mudança se dá em virtude de uma grande evasão, problema analisado pelo Ministério da Educação.

De acordo com a pasta, a decisão ocorreu após a constatação de que as edições do segundo semestre tinham altos índices de desistência e de vagas remanescentes. A mudança chega no intuito de organizar o processo tornando-o mais simples no meio do ano, sendo restrito apenas aos estudantes que desejam mudar de curso.

Segundo o G1, a decisão será publicada ainda essa semana no Diário Oficial da União (DOU).

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Brasil lidera ranking de homicídios no mundo, diz ONU

Com 47.722 assassinatos, o Brasil foi o país que mais registrou crimes deste tipo no ano de 2021, em termos absolutos, de acordo com dados do Estudo Global sobre Homicídios 2023, divulgado pela ONU nesta sexta-feira (8)


O número corresponde a 10,4% do total mundial, que foi de 458 mil homicídios em todo o mundo naquele período. Em homicídios per capita, está na 11ª posição, com 22,38 mortes a cada 100 mil habitantes – quase quatro vezes mais do que a média global. 


Segundo o estudo, em todo planeta, mais pessoas foram mortas por homicídio do que por conflitos armados e terrorismo juntos, com uma média de 52 vítimas por hora. O total de homicídios registado em 2021 é quatro vezes superior à média anual de mortes em conflitos armados.


O relatório foi elaborado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC, na sigla em inglês) e, embora tenha 2021 como ano de referência, como nem todos os Estados forneceram os dados necessários, o ano de origem dos números dos homicídios é especificado para cada país.


O Brasil registrou 47.722 homicídios (2020), seguido pela Nigéria, com 44.200 (2019), e Índia , com 41.330 (2021).


Em quarto lugar está o México, com 35.700 homicídios, seguido de África do Sul (24.865), Estados Unidos (22.941), Myanmar (15.299), Colômbia (14.159), Rússia (9.866) e Paquistão (9.207). Todos esses países forneceram dados relativos a 2021.


AMÉRICA LATINA

Cerca de 27% dos 458 mil homicídios foram cometidos na América Latina e Caribe, a região com maior taxa de homicídios do mundo.

Apesar disso, ela registra uma tendência de queda nas mortes violentas: entre 2017 e 2021 elas caíram 14%, exceto no Equador, Nicarágua e Panamá. 

“A América Latina e o Caribe não só têm consistentemente a maior taxa de homicídios de todas as sub-regiões, como também obtiveram a maior proporção de homicídios relacionados com o crime organizado em todo o mundo em 2021”, afirmou o UNODC.

Nas Américas, a taxa foi de 15 homicídios a cada 100 mil habitantes.

A África registrou o maior números absoluto de homicídios, com 176 mil homicídios, ou 12,7 a cada 100 mil habitantes. As taxas de homicídio na Ásia (2,3), Europa (2,2) e Oceania (2,9) ficaram bem abaixo da média global per capita de 5,8 por 100 mil habitantes.

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Pobreza cai no Brasil em 2022, mas ainda atinge 31,6% da população 

Sob impacto da retomada do mercado de trabalho e da ampliação do Auxílio Brasil, a taxa de pobreza no país caiu do patamar recorde de 36,7% em 2021 para 31,6% em 2022.
 

É o que indicam dados divulgados nesta quarta-feira (6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em termos absolutos, o número de pessoas consideradas pobres baixou de 78 milhões em 2021 para 67,8 milhões em 2022.
 

Isso significa que 10,2 milhões de pessoas deixaram a situação de pobreza no ano passado. O contingente se aproxima da população total do Rio Grande do Sul, que foi de 10,9 milhões em 2022, conforme o Censo Demográfico.
 

A taxa de 31,6%, registrada no ano passado, é a menor desde 2020 (31%), ano inicial da pandemia. À época, o auxílio emergencial e outros benefícios haviam reduzido a pobreza no país. A menor taxa da série histórica, iniciada em 2012, ocorreu em 2014 (30,8%).
 

Os dados integram a Síntese de Indicadores Sociais. A publicação analisa estatísticas de fontes como a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), também produzida pelo IBGE.
 

Nesta edição da síntese, o instituto atualizou as linhas de pobreza e extrema pobreza, seguindo critérios recomendados pelo Banco Mundial.
 

Com a revisão na série histórica, a linha de pobreza passou de US$ 5,50 para US$ 6,85 em PPC (paridade do poder de compra). A de extrema pobreza, por sua vez, pulou de US$ 1,90 para US$ 2,15, também em PPC.
 

Na prática, pessoas que viviam com quantias inferiores a essas por dia foram consideradas pobres ou extremamente pobres.
 

TAXA DE EXTREMA POBREZA TAMBÉM CAI
 

De acordo com o IBGE, a taxa de extrema pobreza também recuou na passagem de 2021 para 2022. Saiu do recorde de 9% para 5,9%, o menor patamar desde 2015 (5,6%).
 

O número de pessoas extremamente pobres caiu de 19,1 milhões em 2021 para 12,7 milhões em 2022. A redução foi estimada em 6,5 milhões.
 

Esse número supera a população inteira do município do Rio de Janeiro, contabilizada em 6,2 milhões no Censo do ano passado.
 

André Simões, um dos analistas da síntese do IBGE, avaliou que a queda da extrema pobreza refletiu em grande parte as transferências de programas sociais.
 

Às vésperas das eleições de 2022, o governo Jair Bolsonaro (PL) anunciou a ampliação do Auxílio Brasil, que voltou a ser chamado de Bolsa Família em 2023, na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
 

No caso da pobreza, a baixa também esteve associada a esse fator, além de contar com o impacto da retomada do mercado de trabalho, segundo o pesquisador.
 

“Na questão [da queda] da pobreza, o peso do mercado de trabalho é maior. Na extrema pobreza, são os benefícios que atuam para fazer a redução”, disse Simões.
 

“Na pobreza, há uma conjunção dos dois, com participação significativa do mercado de trabalho”, completou.
 

Conforme o IBGE, a população 10% mais pobre teve alta de 59,2% no rendimento domiciliar médio mensal per capita (por pessoa) na passagem de 2021 para 2022. Foi o maior aumento entre os grupos analisados na síntese, em termos relativos.
 

Apesar disso, a renda por pessoa dessa camada ainda ficou abaixo de R$ 200 –passou de cerca de R$ 103 em 2021 para R$ 163 em 2022. Na média geral, o rendimento aumentou 6,9%, de R$ 1.484 para R$ 1.586 por mês.
 

POBREZA ATINGE QUASE METADE DA POPULAÇÃO ATÉ 14 ANOS
 

Os dados do IBGE também sinalizam que a pobreza e a extrema pobreza atingem mais as crianças e os jovens. De acordo com o IBGE, 49,1% da população de 0 a 14 anos –quase a metade– era considerada pobre em 2022.
 

A taxa é maior do que as verificadas entre as pessoas de 15 a 29 anos (34,9%), de 30 a 59 anos (27,3%) e de 60 anos ou mais (14,8%).
 

Já a extrema pobreza atingiu 10% das crianças e dos adolescentes de 0 a 14 anos. O percentual foi de 6,3% na faixa de 15 a 29 anos, de 4,9% entre as pessoas de 30 a 59 anos e de 2,3% entre os idosos (60 anos ou mais).
 

No recorte por cor ou raça, a população preta ou parda registrou as maiores taxas de pobreza (40%) e extrema pobreza (7,7%). Entre os brancos, esses indicadores caem praticamente pela metade –21% e 3,5%.
 

Sem a revisão da série pelos critérios de PPC, a taxa de pobreza no Brasil seria de 24,1% em 2022, abaixo do dado atualizado (31,6%), conforme o IBGE. Já a de extrema pobreza seria de 5,2%, também abaixo da versão atualizada (5,9%).
 

“A atualização dessas linhas se dá muito pela atualização da inflação”, disse Simões. “Apesar dessa diferença, a tendência dessas curvas não teve modificação, permaneceu a mesma. Só muda o patamar de valores entre as duas.”

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PM que matou esposa a tiros já foi acusado pela ex por agressão, ameaça e estupro 

O policial militar Thiago Cesar de Lima, preso neste final de semana em São Paulo por aparecer em vídeo agredindo e matando a tiros a atual esposa, Erika Satelis Ferreira, já foi acusado pela ex-mulher por agressão, ameaça e estupro. A vítima é mãe do filho dele e os crimes teriam ocorrido no ano passado, em Franco da Rocha, na região metropolitana.

Em 18 de agosto de 2022, a ex registrou boletim de ocorrência contra Thiago na delegacia da cidade por lesão corporal, ameaça e estupro, no contexto da violência doméstica. Ela ainda pediu medida protetiva à Polícia Civil contra o ex-marido baseada na Lei Maria da Penha. A Justiça concedeu o benefício para a mulher, proibindo o soldado da Polícia Militar (PM) de se aproximar a menos de 100 metros dela e de sua família.

O relacionamento conturbado de oito anos culminou em violência física e sexual, com a ex-mulher relatando episódios de agressões, ameaças e estupro, inclusive sob o efeito de cocaína, segundo o depoimento da ex à polícia. O inquérito policial desse caso foi arquivado em novembro do ano passado, e a Justiça confirmou o arquivamento em março de 2023.

Em seu depoimento na delegacia de Franco da Rocha, ela disse que, enquanto estavam casados, “houve diversos conflitos, os quais desencadeavam-se em ameaças, lesões corporais e estupros constantes”.

O passado conflituoso de Thiago com a ex-mulher também está no inquérito policial que investiga o soldado pelo assassinato da atual esposa. Erika foi morta na madrugada do último domingo (3) em Perus, na Zona Norte de São Paulo. O caso foi registrado na 4ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), na Zona Norte. Ele acabou indiciado por feminicídio, o homicídio que envolve “violência doméstica e familiar e/ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher”.

A vítima tinha 33 anos, trabalhava como representante comercial e deixou duas filhas, frutos de um relacionamento anterior, segundo policiais ouvidos pela reportagem. Thiago e Erika se conheciam havia dois anos, mas estavam casados há seis meses. O homem tem 36.

Uma câmera de segurança de um imóvel na Rua Bananalzinho gravou o momento em que o soldado da PM, que estava de folga e sem uniforme, dá pelo menos cinco socos no rosto de Erika e depois atira duas vezes no peito dela, que cai no chão.

O casal havia discutido momentos antes dentro de um carro, que era dirigido pela vítima. Após o crime, Thiago entra no veículo e acelera, mas desiste de fugir quando é observado por moradores. Ele arrasta a vítima até o veículo e a leva para o Pronto-Socorro de Taipas, onde a morte dela foi confirmada pelo hospital.

Segundo o boletim de ocorrência do caso, ele confessou ter atirado na esposa, mas alegou que ela havia tentado pegar sua arma e por isso disparou. Mas não é isso o que as imagens mostram.

A pistola de Thiago, uma Glock calibre .40 da Polícia Militar, foi apreendida para perícia. Segundo a delegada titular da 4ª DDM, Marina Cerqueira, o indiciado ficou em silêncio durante a maior parte do interrogatório. Ele disse que não tinha condições de falar sobre o crime.

A Corregedoria da PM foi acionada para apurar a conduta do soldado. Atualmente ele está preso no Presídio Militar Romão Gomes, na Zona Norte. A Justiça converteu a prisão em flagrante dele em preventiva, para que fique preso por tempo indeterminado até que seja julgado pelo crime.

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Endividamento atinge 76,6% das famílias brasileiras, mostra CNC

Ainda que em trajetória de queda pelo quinto mês consecutivo, o endividamento ainda alcança cerca de 76,6% das famílias brasileiras, que têm dívidas a vencer em cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e da casa. O percentual referente ao mês de novembro representa um recuo de 0,5% no número de endividados, em relação ao mês anterior.Endividamento atinge 76,6% das famílias brasileiras, mostra CNC – economiaEndividamento atinge 76,6% das famílias brasileiras, mostra CNC – economia
Os dados fazem parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta segunda-feira (4), pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A sensação de melhora nas condições econômicas do país, segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, pode estar por trás dessa queda. “O progresso do mercado de trabalho, mesmo em menor escala, com a maior contratação esperada neste período de fim de ano, vem favorecendo os orçamentos domésticos, indicando que menos pessoas estão recorrendo ao crédito, pois estão conseguindo arcar com as dívidas correntes”, comentou.

O índice de famílias inadimplentes ficou em 29% e foi outro índice que apresentou queda em novembro. A redução é na comparação ao mês anterior, quando ficou em 29,7% e também ao mesmo mês do ano passado, de 30,3). De acordo com o economista-chefe da CNC e responsável pela pesquisa, Felipe Tavares, é o menor patamar desde junho de 2022.

Embora permaneça acima do nível de novembro do ano passado, que registrou 10,9%, o número de pessoas que relataram falta de condições para pagar dívidas de meses anteriores caiu para 12,5%, enquanto em outubro era 13%. “A queda, embora ainda pequena, traz um importante indício de eficácia do programa Desenrola”, avalia o economista.

Dentro do número geral de endividados, que apresentou queda, a faixa de renda média, entre cinco e dez salários mínimos, fez movimento contrário e teve alta do volume de pessoas endividadas, voltando aos níveis observados em novembro de 2022. Ainda assim, boa parte desses consumidores (35%) se considera “pouco endividada”. O grupo registrou também a quarta elevação seguida de dívidas em atraso, chegando a 24,2%, o mais alto nível da série.

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