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Refinarias privadas pressionam Petrobrás para aumentar a gasolina; FUP vê prática antinacional

Não é nenhuma novidade. No Brasil, as pressões de associações como a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) e a Associação Brasileira dos Refinadores Privados (Refina Brasil) são permanentes, com o objetivo de aumentar os preços dos combustíveis e com isso seus lucros. Mal acostumadas com a Petrobrás máquina de dividendos e sem compromisso nacional imposta desde o golpe de 2016, não conseguem superar a derrota desse modelo nas urnas.

A Petrobrás anunciou o primeiro aumento do preço da gasolina para as distribuidoras no ano de 2024 nesta segunda-feira (08), e com ele, mais um episódio de pressão foi deflagrado pelo dito “mercado”. A Refina Brasil foi à mídia afirmar que “estuda acionar a Petrobrás na Justiça porque a política de preços praticada pela empresa prejudica as refinarias privadas”, tal como afirmou o presidente da associação, Evaristo Pinheiro, ao jornal O Globo. Segundo as associações, o preço da gasolina está defasado em 19% em relação ao que é praticado no exterior e isso seria “anticompetitivo”.

Velha história

“Esse é um filme ruim que já cansamos de assistir”, provoca o coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, e acrescenta: “Essas refinarias privadas pretendem continuar sugando a Petrobrás e deixando o ônus para o povo brasileiro pagar, mas isso acabou”. Bacelar afirma: “Essas associações vão tarde, deveriam superar o modelo de Petrobrás imposto pelo golpe de 2016, que foi derrotado pelo povo brasileiro nas urnas. A Petrobrás é a maior empresa brasileira e ela deve estar a serviço da nação e do povo brasileiro. O Preço de Paridade de Petrobrás imposto pelo golpe de 2016, que foi derrotado pelo povo brasileiro nas urnas. A Petrobrás é a maior empresa brasileira e ela deve estar a serviço da nação e do povo brasileiro. O Preço de Paridade de Importação acabou, e essa nova política protege a população brasileira não só das permanentes oscilações dos preços a nível internacional mas também das falcatruas do dito “mercado”, que coloca sempre seus interesses de lucro acima da vida digna das pessoas”.

Bacelar diz: “O povo precisa saber que as empresas que integram a Refina Brasil são as que compraram as refinarias da Petrobrás a preço de banana no governo Bolsonaro,  como a Acelen, que comprou a Rlam na Bahia,  a Atem, que comprou a Refinaria de Manaus, ou a 3R, onde  Roberto Castello Branco foi trabalhar após presidir a Petrobrás. Essas empresas, que praticam os preços mais altos do país, querem voltar à Política de Preços praticada no Governo Bolsonaro que sangrou o povo brasileiro”.

A nova política comercial da Petrobrás para a gasolina e diesel, implementada em maio de 2023, com o fim do equivocado Preço de Paridade de Importação (PPI), foi fator importante para a mitigação da volatilidade dos preços no mercado interno, contribuindo, assim, para combater pressões inflacionárias no último ano.

Gás de cozinha, preocupação da FUP

Após o anúncio do reajuste pela Petrobrás, a principal preocupação da FUP é em relação ao reajuste nos preços do gás de cozinha (GLP) às refinarias.

“Sabemos que o Brasil importa parte do GLP (gás de cozinha) que consome. Mas não podemos esquecer que o gás de cozinha é item básico da cesta de consumo da população e aumentar seu preço prejudica o orçamento familiar. Qualquer aumento pode restringir o alcance de parte da população ao produto”, afirma Bacelar.

O petroleiro reconhece que a subida do dólar e a recente elevação dos preços do brent no mercado internacional estão pressionando os custos da Petrobrás, após cerca de 11 meses sem aumento, no caso da gasolina, e 28 meses no caso do GLP. No caso do gás, o Brasil ainda tem uma maior dependência de importações.

Porém, para Bacelar é fundamental que a Petrobrás, como empresa estatal, priorize em seu planejamento de custos a garantia de acesso da população ao botijão de gás a preço justo, uma reivindicação histórica dos petroleiros e petroleiras.

Fonte: FUP

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Banco Central comunica vazamento de dados de 39 mil chaves Pix

Um total de 39.088 chaves Pix de clientes da 99Pay Instituição de Pagamentos tiveram dados vazados, informou nesta quarta-feira (10) o Banco Central (BC). Este foi o 11º vazamento de dados desde o lançamento do sistema instantâneo de pagamentos, em novembro de 2020.

Segundo o BC, o vazamento ocorreu de 26 de junho e 2 de julho e abrangeu o nome do usuário, o Cadastro de Pessoa Física (CPF) com máscara (CPF com asteriscos para não mostrar todos os números), a instituição de relacionamento, a agência e o número da conta.

Notícias relacionadas:Pix bate recorde e supera 224 milhões de transações em um dia.Pix por aproximação deve começar em fevereiro de 2025.O vazamento, apontou o BC, ocorreu por causa de falhas pontuais em sistemas da instituição de pagamento. A exposição, informou o BC, ocorreu em dados cadastrais, que não afetam a movimentação de dinheiro. Dados protegidos pelo sigilo bancário, como saldos, senhas e extratos, não foram expostos.

Embora o caso não precisasse ser comunicado por causa do baixo impacto potencial para os clientes, a autarquia esclareceu que decidiu divulgar o incidente em nome do “compromisso com a transparência”.

Todas as pessoas que tiveram informações expostas serão avisadas por meio do aplicativo ou do internet banking da instituição. O Banco Central ressaltou que esses serão os únicos meios de aviso para a exposição das chaves Pix e pediu para os clientes desconsiderem comunicações como chamadas telefônicas, SMS e avisos por aplicativos de mensagens e por e-mail.

A exposição de dados não significa necessariamente que todas as informações tenham vazado, mas que ficaram visíveis para terceiros durante algum tempo e podem ter sido capturadas. O BC informou que o caso será investigado e que sanções poderão ser aplicadas. A legislação prevê multa, suspensão ou até exclusão do sistema do Pix, dependendo da gravidade do caso.

Em todos os 11 incidentes com chaves Pix registrados até agora, foram expostas informações cadastrais, sem a exposição de senhas e de saldos bancários. Por determinação da Lei Geral de Proteção de Dados, a autoridade monetária mantém uma página em que os cidadãos podem acompanhar incidentes relacionados com a chave Pix ou demais dados pessoais em poder do BC.

Resposta

Por meio de nota, a 99Pay informou que o incidente de segurança foi sanado e que o vazamento não acarretará perdas financeiras, porque não resultou na exposição de nenhum dado sensível. A instituição informou que o total de usuários afetados representa apenas 0,0003% de sua base e está à disposição para prestar esclarecimentos e apoio.

“A 99Pay reforça seu compromisso com a segurança, a privacidade de dados e o combate às fraudes digitais como prioridade em todas as operações. Seus canais oficiais de atendimento seguem à disposição para responder dúvidas e orientar os usuários da melhor forma possível”, destacou o comunicado.

Fonte: Correio

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Pequenos negócios geram 60% dos novos empregos no Brasil em 2024

Um levantamento realizado pelo Sebrae, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apontou que o setor de pequenos negócios foi responsável pela criação de aproximadamente 655 mil novas vagas no Brasil em 2024. O quantitativo representa 60% dos mais de 1 milhão de oportunidades geradas no país nos períodos de janeiro a maio.

Segundo os dados, durante o mês de maio as micro e pequenas empresas criaram cerca de 64 mil novas vagas, representando 50% do total de empregos gerados no mês.

Os setores que mais se destacaram na criação de novos postos de trabalho foram os de serviços, construção e comércio. O setor de serviços liderou com mais de 36 mil novas vagas, seguido pela construção, com 17 mil, e o comércio, que gerou quase 7 mil novos postos.

Fonte: Blog do Valente

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Pesquisa Quaest revela que Lula estancou período de queda com aprovação subindo para 54%

Depois de um primeiro semestre inteiro em queda nas pesquisas de opinião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu o segundo semestre virando a chave e voltando a subir na aprovação a seu terceiro mandato. Após registrar 50% de aprovação a seu trabalho no mês de maio na pesquisa Genial/Quaest, o percentual mais baixo desde o início do governo, Lula se recuperou e atingiu 54% no mais recente levantamento, divulgado nesta quarta-feira (10).

A pesquisa mostrou também queda na desaprovação do trabalho do presidente. Dos 47% registrados em maio, os que desaprovam o terceiro mandato de Lula caíram para 43% nesta nova sondagem.

Na pesquisa anterior, a diferença entre os que aprovam e os que desaprovam a atuação do presidente havia chegado na menor diferença, de apenas 3%. No levantamento de hoje, essa diferença voltou a subir, agora para 11%. Essa diferença entre aprovação e desaprovação já chegou a ser de 25% na pesquisa de agosto do ano passado (60% de aprovação e 35% de desaprovação).

Segundo a Genial/Quaest, a aprovação do trabalho do presidente Lula subiu em todos os grupos pesquisados, até mesmo entre os evangélicos (aumento de 39% para 42%). Somente na região Sul houve queda na aprovação de Lula, de 47% em maio para 43% nesta pesquisa mais recente.

O levantamento mediu também a avaliação do governo Lula. Segundo os dados da Genial/Quaest, 36% dos entrevistados avaliam positivamente a gestão Lula, enquanto 30% avaliam negativamente o governo petista. Aqueles que consideram a gestão governamental “regular” representam 30% dos entrevistados.

Também neste recorte da avaliação do governo houve aumento da diferença entre aprovação e desaprovação. Na pesquisa divulgada hoje, a diferença subiu 6 pontos percentuais, depois de ter chegado a zero em maio, com aprovação e desaprovação na mesma casa de 33%.

Foram entrevistadas 2.000 pessoas, presencialmente, entre os dias 5 e 8 de julho. O público alvo da pesquisa Genial/Quaest foi de eleitores com 16 anos ou mais.

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Moraes derruba sigilo do caso das joias de Bolsonaro e desvios chegam à 6,8 milhões, segundo a PF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, retirou, nesta segunda-feira (08), o sigilo do caso da venda de joias recebidas de presente por Jair Bolsonaro, que indiciado pela Polícia Federal após o início das investigações. Segundo dados divulgados pela PF, os desvios do ex-presidente, envolvendo joias e presentes, chega a R$ 6,8 milhões.  

O valor foi divulgado pela polícia no relatório enviado ao STF. A primeira conclusão do relatório informava que esse valor era de R$ 25 milhões (US$ 4.550.015,06). No entanto, a PF informou nesta segunda-feira (8), que houve um erro material na conclusão.

RELATÓRIO DA PF

A Polícia Federal informou ainda que provas da investigação apontam que houve “uma associação criminosa voltada para a prática de desvio de presentes de alto valor recebidos em razão do cargo pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro e/ou por comitivas do governo brasileiro, que estavam atuando em seu nome, em viagens internacionais”.

O relatório também revelam o modus operandi dos desvios. A investigação apontou que os valores das vendas de presentes e joias foram convertidos em dinheiro em espécie e foram anexados ao patrimônio pessoal do ex-presidente, sem utilização do sistema bancário formal, “com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores”, explicam os investigadores.

Conforme a decisão de Moraes, os advogados regularmente constituídos detém acesso integral aos autos do processo, assim como a Procuradoria-Geral da República recebe vista para análise do caso no prazo de 15 dias, conforme prevê o Código de Processo Penal. Os autos ainda não foram disponibilizados no sistema.

Segundo informações da Folha de São Paulo, a partir da retirada do sigilo, a PGR terá o prazo de 15 dias para pedir mais provas, arquivar o caso ou apresentar denúncia. A análise do processo apura se houve tentativa de entrada ilegal no Brasil de joias doadas pela Arábia Saudita e tentativas ilegais de reavê-las.

Na sexta-feira (05), a PF protocolou no STF os documentos do indiciamento do ex-presidente e de mais 11 pessoas na investigação sobre a venda de joias recebidas de presente pelo governo brasileiro. Atualmente, o ex-presidente é suspeito dos crimes de associação criminosa (com previsão de pena de reclusão de 1 a 3 anos), lavagem de dinheiro (3 a 10 anos) e peculato/apropriação de bem público (2 a 12 anos).

Bolsonaro também é alvo de outras investigações, que apuram os crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado democrático de Direito, incluindo os ataques de 8 de janeiro de 2023.

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