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Funcionário é morto a tiros e decapitado dentro de hospital.

Na manhã desta terça-feira (23), um funcionário do Instituto Dr. José Frota (IJF), em Fortaleza, Ceará, foi assassinado a tiros e foi decapitado dentro da unidade.


De acordo com informações do Sindsaúde Ceará, criminosos invadiram o hospital e deram início a um tiroteio, que acabou tirando uma vida.

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) relatou que Forças de Segurança estão atuando a fim de encontrar o suspeito, que já foi identificado. O homem morto era funcionário do hospital e sofreu lesões por disparo de arma de fogo e apresentou sinais de violência. Outra pessoa foi ferida na ação, mas não há informações sobre seu estado de saúde.


A Polícia Militar do Ceará, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil do Estado do Ceará e da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) estiveram no local e investigam o caso, cuja principal linha de investigação aponta para crime passional.
As imagens do circuito interno de TV estão sendo fundamentais para a conclusão do trabalho de investigação.

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Pedidos de isenção da taxa do Enem podem ser feitos até sexta-feira

Termina na próxima sexta-feira (26) o prazo para pedir a isenção de pagamento da taxa de inscrição para a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os pedidos devem ser feitos pela Página do Participante, com o login único do Gov.br.

Têm direito a fazer o Enem de graça os alunos matriculados no 3º ano do ensino médio em 2024, em escola pública, e quem fez todo o ensino médio em escola pública ou como bolsista integral em escola privada. Também podem ser beneficiados participantes do programa Pé-de-Meia, do Ministério da Educação, e alunos de famílias de baixa renda – com registro no Cadastro Único para programas sociais do governo federal (CadÚnico).

O estudante que teve isenção no Enem 2023, mas não compareceu aos dois dias do exame, e quer participar da edição de 2024 gratuitamente precisa justificar a ausência. O prazo para a justificativa também encerra em 26 de abril.

O Enem é a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e do Programa Universidade para Todos (Prouni). Os resultados do Exame são utilizados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Fonte: Forte na Notícia

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Lula diz que governo vai incluir mais 1,2 milhão de estudantes no programa Pé-de-Meia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta segunda-feira (22) que o governo vai incluir mais 1,2 milhão de alunos no programa Pé-de-Meia, que concede bolsas para incentivar estudantes pobres a permanecerem no ensino médio.

O desenho atual do programa dá prioridade aos adolescentes que pertencem a famílias beneficiárias do Bolsa Família, com renda per capita de até R$ 218.

Segundo Lula, os pagamentos serão ampliados a todos os alunos inscritos no Cadastro Único de programas sociais, que inclui famílias com renda de até meio salário mínimo (R$ 706) por pessoa ou renda familiar total até três pisos (R$ 4.236).

“Está incluído um aumento de pessoas no Pé-de-Meia”, disse Lula ao anunciar a medida provisória com as novas linhas de crédito e renegociação de dívidas.

O texto da medida, divulgado pelo Ministério da Fazenda, autoriza o governo a repassar até R$ 6 bilhões do FGeduc (Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo), usado nas operações do Fies, para bancar a bolsa para o ensino médio, desde que os recursos estejam disponíveis.

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Brasil confirma caso autóctone de cólera em Salvador

O Ministério da Saúde confirmou nesta sexta-feira (19) um caso autóctone de cólera em Salvador, o que significa que o paciente contraiu a doença na própria cidade, sem viajar a outro lugar.

Em nota, a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente informa que o caso foi detectado em um homem de 60 anos de idade que apresentou um desconforto abdominal e diarreia aquosa, em março de 2024. Duas semanas antes ele havia feito uso de antibiótico para tratamento de outra patologia.Segundo exames laboratoriais, a bactéria causadora da doença foi Vibrio cholerae O1 Ogawa.

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, trata-se de um caso isolado, tendo em vista que não foram identificados outros registros, após a investigação epidemiológica realizada pelas equipes de saúde locais junto às pessoas que tiveram contato com o paciente.

O período de transmissão da doença é de um a dez dias após a infecção. Entretanto, para as investigações epidemiológicas, no Brasil, está padronizado o período de até 20 dias por margem de segurança.

Dessa forma, segundo a pasta, o paciente não transmite mais o agente etiológico desde o dia 10 de abril.

Últimos casos

No Brasil, os últimos casos autóctones de cólera ocorreram em Pernambuco nos anos de 2004 e 2005, com 21 e cinco casos confirmados, respectivamente. A partir de 2006, não houve casos de cólera autóctones, apenas importados, sendo um de Angola, notificado no Distrito Federal (2006); um proveniente da República Dominicana, em São Paulo (2011); um de Moçambique, no Rio Grande do Sul (2016); e um da Índia, no Rio Grande do Norte (2018).

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), de janeiro a março de 2024, 31 países registraram casos ou declararam surto de cólera. Seguindo a classificação da OMS, a região africana foi a mais afetada, com 18 países. Nas Américas há surtos declarados apenas no Haiti e na República Dominicana.

Diante do cenário de casos de cólera no mundo, o Ministério da Saúde destaca a necessidade de os profissionais de saúde estarem sensibilizados quanto à situação epidemiológica da doença, à detecção de casos, à investigação epidemiológica e às medidas de prevenção e controle.

Doença

A cólera é uma doença infecciosa intestinal aguda, transmitida por contaminação fecal-oral direta ou ingestão de água e alimentos contaminados.

A maioria das pessoas infectadas permanece assintomática (aproximadamente 75%) e, daquelas que desenvolvem a doença, a maioria apresenta sintomas leves ou moderados, e apenas de 10% a 20% desenvolvem a forma severa, que, se não for tratada prontamente, pode levar a graves complicações e ao óbito.

Fonte: Informe Baiano

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Grande Davi: como o racismo leva pessoas negras ao esgotamento?

Sujo, desorganizado, fedido, irresponsável, mal-educado. Imprestável, preguiçoso, violento, fofoqueiro, falso, perigoso, burro. Ao longo de 100 dias de confinamento na casa do BBB 24 (Rede Globo), o campeão desta edição do programa, Davi, enfrentou inúmeras situações de racismo como todo mundo assistiu na televisão.

Primeiro homem negro retinto e terceiro baiano a conquistar o merecido primeiro lugar do reality show, ficou evidente que o motorista de aplicativo entrou em sofrimento diversas vezes, e quem estava de fora e sabe bem o que é passar por isso, com certeza, sofreu junto. Não por um acaso, o brother acumulou uma torcida gigantesca, lotou de fãs o Campo da Pronaica, em Cajazeiras – mesmo debaixo de um pé d’água no dia da final – reinando agora em meio a 10,5 milhões de seguidores nas redes sociais.

Ataques, luta intensa, repercussões na internet. Antes de Davi Brito sair de lá com o prêmio de R$ 2,92 milhões, entrou em cena também o burnout racial, uma condição desenvolvida por pessoas negras que lidam com o racismo em suas vidas profissionais, como destaca a psicóloga e especialista em Diversidade e Mediação de Conflitos Raciais, Shenia Karlsson.

“Todos esses estigmas foram aferidos ao Davi por alguns participantes, embora Davi demonstrasse totalmente o contrário não somente por palavras, mas principalmente por sua conduta e seu comportamento consistente do começo ao fim. Isso gerou um enorme desconforto porque quando a representação não condiz com a realidade, a branquitude fica confusa, angustiada, nervosa, sem nenhum depositário de suas faltas e desvios e consequentemente atacam a vítima”, explica.

Shenia é também especialista em Terapia de Família e Casal pela PUC-Rio e consultora em Diversidade, Inclusão e Equidade, além de ter sido mediadora do reality da Netflix, Ilhados com a Sogra (2023). Para ela, Davi tinha ciência de suas potencialidades e mostrou tudo sem o menor constrangimento.

“Ele foi subestimado pelos demais, que não tinham ideia de sua força. Normal num país racista, onde não se espera qualidades tão sofisticadas de um jovem negro. Sua autoestima, autoconfiança, comprometimento, seriedade, assertividade e principalmente sua inteligência conseguiram gerar identificação em massa, num país que apesar dos pesares está cansado das injustiças, sendo estas direcionadas a um certo tipo de corpo: negro, pobre e inundado pelas precariedades sociais de todas as ordens”.

“Sua autoestima, autoconfiança, comprometimento, seriedade, assertividade e principalmente sua inteligência, conseguiram gerar identificação em massa, num país que apesar dos pesares está cansado das injustiças, injustiças essas direcionadas a um certo tipo de corpo: negro, pobre e inundado pelas precariedades “, afirmou, Shenia.

No mês passado, o Ministério Público da Bahia, por meio da Promotoria de Justiça de Combate ao Racismo, instaurou procedimento para apurar os ataques racistas cometidos nas redes sociais contra Davi Brito. Até o fechamento desta reportagem, o MP não havia dado um retorno sobre o andamento da investigação de crime de injúria racial.

As histórias de superação de pessoas pretas, pobres e de periferia sempre foram o produto mais valioso para os realities, afinal, muitos outros participantes negros já passaram pelo BBB. Paredão por paredão, Davi, ainda de acordo com Shenia, deu lições de enfrentamento ao racismo, crescendo no programa.

“Vivemos num momento histórico em que é impossível não abordar a questão racial, visto que é escandalosa. Davi não permitiu ninguém dizer quem ele era, manteve o foco, responsável com seu projeto de vida, sabia bem o que tinha ido lá buscar. Era generoso moderadamente a partir do momento em que percebeu com quem devia aliançar, foi criterioso e muito lúcido. Mesmo diante das práticas de silenciamento não se deixou abater, mudou estratégias de comunicação, mas não se calou”.

Enfrentamento

O burnout racial pode levar ao absenteísmo, a hipermedicalização, o trauma, a desistência da vida profissional. Entre os sintomas estão o cansaço excessivo, falta de motivação, estados e crises de ansiedade antes de ir para o trabalho, alterações de apetite, insônia, irritabilidade, problemas com a memória, como ressalta Shenia.

“O conceito de burnout tradicional é uma condição de adoecimento devido a situações oriundas do trabalho. O burnout racial é uma condição muito semelhante ao burnout, mas que, muitas vezes, a pessoa negra ao menos percebe que seu adoecimento advém dessas questões. Em minha prática clínica percebi através dos relatos de clientes negros um conjunto de sintomatologia muito semelhante ao burnout, mas com causas diferentes”.

“O burnout racial é uma condição muito semelhante ao burnout, mas que, muitas vezes, a pessoa negra ao menos percebe que seu adoecimento advém dessas questões”

Sob os olhares do telespectador, Leidy jogou as roupas de Davi na piscina. A carioca Fernanda disse que Davi saiu do “c* da Bahia”. Foi Fernanda também que ao comentar o favoritismo fora da casa, disse que para ele arrumar um emprego de segurança num prédio. A cantora Wanessa Camargo chamou Davi de “perigoso” e o comparou a pessoas abusivas em um relacionamento. Afirmou que o brother despertava “gatilhos”. Davi enfrentou embates com a modelo Yasmin Brunet, que o chamou de “psicopata” quando ele se fantasiou de palhaço. Yasmin chegou a dizer que Davi era “nojento” e que não gostava do jeito dele, da energia dele. “Tudo dele me incomoda”.

Em outro reality, no Ilhados com a Sogra (Netflix), Severina Tenório também dominou o debate racial. No Esporte, o jogador Vinícius Jr. enfrenta constantes ataques racistas. Ainda que Davi tenha subvertido a lógica racista dentro do reality, a especialista chama atenção para o cansaço que existe de tentar provar a todo tempo que é bom, que merece estar ali. O racismo é insistente.

“O estresse racial é uma forma de denúncia. Será que esses ambientes estão preparados para receber a diversidade que prometem? As pessoas negras adoecem e sofrem nestes ambientes, mas parece que esses mesmos ambientes demoram a se articular para resolver a questão racial, de forma que o problema não é enfrentado e, sim, amenizado. Há questões basilares que dão trabalho de resolver, as iniciativas muitas vezes são falhas, não é visto como uma prioridade, sendo assim a estrutura não muda”.

Shenia argumenta ainda que existe uma tendência de não reconhecer a diversidade do que é ser negro no mundo. “Cola-se a experiência do negro à lógica grupal e nunca se pensa num sujeito negro único, com qualidades e inconsistências, esse é um privilégio do sujeito branco que tem a autorização de ser ele, somente. Cada um irá viver todas essas experiências e respondê-las de forma diferente, inclusive o sofrimento gerado pelo racismo”, completa.

Fonte: Correio

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