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Bombeiros baianos resgatam aproximadamente 90 pessoas atingidas pelas chuvas no Rio Grande do Sul

Os bombeiros baianos enviados ao Rio Grande do Sul para auxiliar as equipes de salvamento resgataram aproximadamente 90 pessoas neste sábado (4). Idosos e crianças estavam entre o grupo.

O território gaúcho sofre com fortes temporais há alguns dias, o que provocou a morte de pelo menos 57 pessoas.

Diante desse cenário, o governo da Bahia enviou 22 bombeiros, já experientes em operações decorrentes de fenômenos naturais, para colaborar com o trabalho no município de Caxias do Sul. Os agentes localizaram três corpos na sexta-feira (3).

“A situação está bem delicada. Estamos atuando prioritariamente em locais que ocorreram deslizamentos de terra, realizando busca e resgate. Nossa atuação acontece em conjunto com outros corpos de bombeiros e outros órgãos como a Defesa Civil”, explicou o coronel BM Jadson Almeida.

Os militares baianos usam uma aeronave, além de quadriciclos para chegar a alguns trechos remotos.

Em meio às ações, um cachorro também foi resgatado. O animal estava sozinho dentro de uma casa, no distrito de Galopolis, também em Caxias do Sul.

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Baianos que estavam desaparecidos após fortes chuvas no RS são encontrados

O casal de baianos Juliene Ferreiras Lopes, 19 anos, e Lucas Ferreira Borges, 22 anos, que estava desaparecido desde o último dia 30, no município de Estrela, no Rio Grande do Sul, fez contato com a família no fim da manhã deste sábado (4).

A cidade fica na região do Vale do Taquari, a mais afetada pelos temporais que atingem o estado e já deixaram mais de 50 mortos. O governo gaúcho informou que 42,2 mil pessoas estão fora de casa e 300 municípios sofrem os impactos da cheia histórica do rio Gauíba.

Ainda conforme a gestão, pelo menos 15 pessoas estão soterradas no Vale do Taquari. Além disso, cerca de 180 trechos de rodovias têm bloqueios, o aeroporto e a rodoviária da capital, Porto Alegre, estão fechados, e mais de pelo menos 373 mil estão sem fornecimento de energia elétrica, entre eles os baianos, que estão em um abrigo.

À família, eles disseram que passaram cinco dias sem luz, sem rede de telefonia e sem internet, o que impediu o contato. Os jovens conseguiram falar com os parentes após pegarem emprestado o celular de um homem que chegou neste sábado no mesmo espaço onde eles estão. Embora estejam assustados, eles tranquilizaram os familiares e disseram que estão bem, em segurança.

Juliene e Lucas são de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, e se mudaram para o Rio Grande do Sul há cerca de seis meses, para trabalhar.

A família estava mantendo contato com os dois desde que os temporais começaram. Entretanto, na terça-feira (30), os parentes não conseguiram mais falar com o casal.

A última informação que haviam recebido era de que o abrigo estava sendo alagado, o que gerou aflição entre os parentes. Eles chegaram a entrar em contato com o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul, mas não tiveram retorno.

Conteúdo G1

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Sobe para 56 o número de mortos em temporais do RS, confira o balanço geral

O Rio Grande do Sul registrou 56 mortes em decorrência às fortes chuvas que atingem o estado nesta semana. A informação é do governo estadual, durante transmissão de vídeo ao vivo pela internet na manhã deste sábado (4). Há um total de 67 pessoas desaparecidas, segundo o governo gaúcho.

De acordo com a Defesa Civil, 281 municípios foram afetados pela enchente histórica. Ao todo, há 8.296 desabrigados e 24.666 desalojados.

O boletim do governo diz ainda que há 377.497 pessoas afetadas pela tragédia e 74 feridos.

Até a noite de sexta, ainda conforme a Defesa Civil, quase 375 mil imóveis estão sem energia elétrica no estado e falta abastecimento de água para 441.120 clientes da empresa Corsan.

A operadora de telefonia TIM afirmou, na sexta, que 63 municípios estavam sem serviços de telefone e internet. O problema atingia clientes da Vivo em 18 cidades, e da Claro em 53 municípios.

As aulas foram suspensas nas 2.338 escolas da rede estadual.

As chuvas provocaram danos e alterações no tráfego nas rodovias estaduais gaúchas. Às 18h da sexta-feira eram 136 trechos em 68 delas, com bloqueios totais e parciais, entre estradas e pontes.

Durante a madrugada desta sexta-feira, o rio Guaíba, em Porto Alegre, atingiu o maior nível desde 1941. O rio chegou a 4,23 metros no cais Mauá. O nível de alerta para a região do centro histórico é de 2,5 metros, sendo 3 metros para inundação.

Entre as consequências da cheia está o fechamento da base da Guarda Municipal na orla do Guaíba. A área será patrulhada preventivamente até a normalização.

Um abrigo instalado na Casa dos Correios também precisou ser desativado devido ao avanço das águas. As pessoas que estavam no local foram transferidas para uma escola municipal. Na noite de sexta, 387 pessoas estavam em abrigos temporários na cidade.

Na capital, o vazamento de água por bueiros e bocas de lobo interditou as principais vias de acesso à região e várias ruas ao longo da orla da cidade. A avenida Mauá ficou quase inteiramente debaixo d’água. A correnteza sobre o asfalto era tamanha que um contêiner de lixo boiava, arrastado rapidamente pela chuva.

Na avenida Júlio de Castilhos, via de saída, a situação é semelhante. Todos os pontos de ônibus do local ficaram alagados ou inacessíveis, e trabalhadores que foram dispensados ao meio-dia não sabiam como voltar para casa.

À noite, a situação ficou pior. Moradores que ainda não haviam deixado o bairro ficaram às escuras, após a interrupção do fornecimento de energia elétrica.

A Defesa Civil emitiu um alerta de evacuação para moradores e trabalhadores do centro histórico que estejam próximos às ruas Siqueira Campos, Sete de Setembro, Andradas e a avenida Júlio de Castilhos.

As ruas são um polo comercial de Porto Alegre, com muitas lojas populares, bares e restaurantes, além de concentrar a maior parte das saídas de ônibus da cidade rumo à zona norte e aos arredores da PUCRS, no bairro Partenon. Há ainda muitos prédios residenciais na região, especialmente na Andradas, cujos moradores correm o risco de ficarem ilhados e sem serviços básicos. Como o acesso a trechos do bairro está bloqueado por agentes de segurança, a circulação é limitada.

SITUAÇÃO NO RS APÓS AS CHUVAS

  • 56 mortes
  • 67 desaparecidos
  • 74 feridos
  • 377.497 pessoas afetadas
  • 375 mil imóveis sem energia
  • 441.120 imóveis sem água
  • Aulas suspensas em 2.338 escolas da rede estadual

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CNU: governo decide adiar ‘Enem dos Concursos’ em todo país por causa de chuvas no RS

O governo federal decidiu adiar a realização das provas do Concurso Nacional Unificado (CNU), conhecido como “Enem dos Concursos”, que seriam aplicadas neste domingo (5) em todo o país. Uma nova data ainda não foi definida.

A decisão de adiar a prova foi tomada em razão das fortes chuvas no Rio Grande do Sul, que alagaram cidades, destruíram moradias e deixaram pelo menos 37 mortos até o momento.

Na quinta-feira (2), o Ministério da Gestão informou em nota que a prova seria mantida para o domingo, inclusive no Rio Grande do Sul.

O governo, contudo, manteve as discussões internas para encontrar uma “saída jurídica” a fim de evitar prejuízo aos candidatos que fariam as provas em cidades gaúchas.

O ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, declarou pela manhã que 86 mil pessoas se inscreveram para fazer provas do CNU em 10 cidades do Rio Grande do Sul. No país foram cerca de 2,5 milhões de inscritos.

“O compromisso do governo [é] que ninguém seja prejudicado. Ninguém pode deixar de participar do concurso porque está numa cidade em situação de emergência ou está numa cidade em que o bloqueio impede acesso à cidade onde vai ter a prova”, disse Pimenta em entrevista à emissora oficial do governo.

Enem dos Concursos

’O CNU centraliza em uma única prova os concursos autorizados para a seleção de servidores públicos em diferentes órgãos do governo federal. É a primeira vez que isso acontece.

No concurso, estão em jogo 6.640 vagas em 21 órgãos públicos. Os candidatos podem concorrer a várias das oportunidades disponíveis, pagando somente uma taxa de inscrição.

Os candidatos foram distribuídos em 3.665 locais de prova em 228 cidades, levando em consideração o CEP informado no momento da inscrição.

Ao todo, serão 75.730 salas para aplicação do exame. Segundo o governo federal, 94,6% dos candidatos farão as provas em um endereço até 100 km de distância de onde mora.

Fonte: G1

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Brasil se torna livre de febre aftosa sem vacinação, informa governo

O governo federal informou nesta quinta-feira (2) que o Brasil se tornou um país livre de febre aftosa sem vacinação animal. O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin. A autodeclaração ocorre após o fim da última campanha nacional de imunização contra a febre aftosa em 12 unidades da Federação e em parte do Amazonas.

“O Brasil sobe para o degrau de cima da sanidade animal, tão almejada. Os mercados mais exigentes e mais remuneradores vão estar abertos para o Brasil”, celebrou Fávaro.

Segundo ele, a medida abre caminho para que o Brasil possa exportar carne bovina para países como Japão e Coreia do Sul, por exemplo, que só compram de mercados livres da doença sem vacinação.

“Hoje é um dia histórico, porque sempre o Brasil sonhou em ser um país livre de febre aftosa sem vacinação, ou seja, um estágio bem avançado de sanidade animal e boa defesa agropecuária”, afirmou o vice-presidente Geraldo Alckmin.

A próxima etapa consiste na apresentação de documentação para Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que é quem tem poder para reconhecer o novo status sanitário do país.

Para conceder a declaração de país livre da febre aftosa sem vacinação, a OMSA exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados por, pelo menos, 12 meses. O Brasil deve apresentar o pleito em agosto deste ano. Já o resultado, se aprovado, será apresentado em maio de 2025, durante assembleia geral da entidade.

Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela OMSA.

Ao todo, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, mais de 244 milhões de bovinos e bubalinos em cerca de 3,2 milhões de propriedades deixarão de ser vacinados contra a doença, trazendo uma redução de custo direta, com a aplicação da vacina, de mais de R$ 500 milhões.

O ciclo de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa no Brasil começou há mais de 50 anos e o último registro da doença ocorreu em 2006. O fim da vacinação exigirá protocolos mais rígidos de controle sanitário por parte dos estados, enfatizou o ministro Carlos Fávaro.

A carne é o quarto principal item da pauta de exportações brasileira, atrás apenas da soja, petróleo bruto e minério de ferro.

Fonte: Forte na Notícia

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