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Governo avalia legalidade de medidas para conter bets e teme estigmatizar quem recebe Bolsa Família

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia legalidade de medidas para reverter o cenário de explosão de apostas no país. O petista vem manifestando indignação e preocupação com o endividamento por bets de beneficiários do Bolsa Família. Além disso, integrantes do governo falam que é também preciso ter cuidado para não estigmatizar os que recebem o auxílio mensalmente.
 

Além dos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento Social, a AGU (Advocacia-Geral da União) também estuda as possibilidades, analisando as questões legais sobre o assunto. O tema será discutido com o presidente na próxima quarta-feira (2), quando retornar do México.
 

Integrantes do governo dizem que há um vácuo regulatório deixado por Jair Bolsonaro (PL), e estudam a constitucionalidade de o governo determinar com o que o cidadão poderia ou não gastar seu dinheiro.

Uma alternativa na mesa seria fazer o controle por meio do CadÚnico, cadastro de beneficiários, ao qual só o governo tem acesso. A ideia seria avaliar quem está gastando com bets, e então suspender o CPF ou trocar o benefício de titularidade.
 

Essa possibilidade poderia expor menos quem recebe o Bolsa Família, mas está em estudo assim como as demais.
 

Há uma ala do governo que fala em uma regulação mais ampla e não apenas focada nos beneficiários. A ideia seria tentar diminuir os efeitos nocivos do vício no jogo em todos, não apenas nos mais pobres.
 

Como o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento Social) disse à Folha, a sua proposta para o tema seria a interdição do uso do cartão do Bolsa Família em apostas.

“A regulamentação das bets, coordenada pelo Ministério da Fazenda e Casa Civil, deve conter regra com limite zero para o cartão de benefícios sociais para jogos e controle com base no CPF de quem joga”, disse o ministro responsável pelo Bolsa Família.
 

O presidente Lula (PT) demonstrou indignação a auxiliares em Nova York, nesta semana, ao se deparar com a notícia do impacto das bets nas contas da população mais pobres e alta de endividamento. Ele já cobrou de seu governo a edição, com urgência, de medidas para reverter esse cenário.
 

O chefe do Executivo tomou conhecimento da situação por meio da nota técnica feita pelo Banco Central, que indicou gastos de R$ 3 bilhões em apostas por beneficiários do Bolsa Família somente via Pix e no mês de agosto.
 

Lula externou a interlocutores preocupação com o impacto das pessoas em situação de vulnerabilidade, inclusive entre adolescentes e jovens.
 

Quase um terço (30%) dos brasileiros de 16 a 24 anos afirmou já ter apostado, segundo pesquisa Datafolha publicada em janeiro deste ano. O percentual entre os jovens é o dobro da média de 15% para todo país.

As bets são liberadas no país desde 2018, após lei aprovada no governo Michel Temer (MDB). O governo de Jair Bolsonaro (PL) deveria ter regulamentado o mercado, mas não o fez nos quatro anos de mandato –nesse período, as bets tiveram crescimento enorme, sem regras e fiscalização.
 

O ministro afirmou que, no primeiro semestre do ano passado, no início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a Fazenda enviou uma medida provisória para o Congresso Nacional a fim de regulamentar as apostas eletrônicas. “Para botar ordem no caos que se instalou no país com essa verdadeira pandemia”, disse Haddad.

“As bets foram legalizadas no final do governo [de Michel] Temer. E a lei previa que o Executivo teria dois anos para regulamentar, prorrogáveis por mais dois. Ou seja, a lei previa que, durante o governo do Bolsonaro, o assunto teria que ser regulamentado. Bolsonaro não fez isso. O governo Bolsonaro simplesmente sentou em cima do problema, como se ele não existisse”, disse Haddad, dizendo ainda que é preciso que as pessoas saibam “toda a verdade sobre as bets.”
 

O ministro afirmou que, no primeiro semestre do ano passado, no início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a Fazenda enviou uma medida provisória para o Congresso Nacional a fim de regulamentar as apostas eletrônicas. “Para botar ordem no caos que se instalou no país com essa verdadeira pandemia”, disse Haddad.

A regulamentação do mercado tem sido liderada pelo Ministério da Fazenda, onde foi criado uma secretaria para cuidar de prêmios e apostas. Os efeitos completos da legalização entrarão em vigor em janeiro de 2025, e o governo conta com grande arrecadação.
 

Mas, a partir do mês que vem, somente empresas que se cadastraram para serem regularizadas junto à Fazenda serão consideradas legais. Outros sites deverão ser derrubados.

Fonte: Bahia Notícias


 

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Brasil

Mulheres protestam em São Paulo pelo direito à legalização do aborto

Na tarde deste sábado (28), centenas de mulheres se reuniram em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na região central da capital paulista, para uma manifestação em defesa da legalização do aborto. O ato marcou o Dia Latino-Americano e Caribenho de Luta pela Descriminalização e Legalização do Aborto.

Embora o aborto seja criminalizado no Brasil, há exceções legais que permitem a interrupção da gravidez, como em casos de estupro, risco à vida da gestante ou do feto, e em situações de anencefalia. No entanto, ativistas defendem que essas condições são insuficientes.

Paula Nunes, codeputada da Bancada Feminista da Assembleia Legislativa de São Paulo, destacou a necessidade de transformar o aborto em uma política pública de saúde. “Nosso objetivo é garantir o direito ao aborto em todos os casos, como já ocorre em muitos países”, afirmou.

A codeputada também apontou dificuldades no acesso ao aborto legal no Brasil, mesmo nos casos permitidos. “Muitos hospitais ainda se recusam a realizar o procedimento, tornando o direito das mulheres um desafio cotidiano”, lamentou.

Atualmente, o Código Penal brasileiro prevê penas de um a três anos para mulheres que interrompem a gravidez fora das exceções legais, e de três a dez anos para quem realiza o aborto sem o consentimento da gestante.

Fonte: Blog do Valente

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Deputado Léo Prates apresenta projeto para proibir anúncios de casas de apostas esportivas on-line em outdoors e em emissoras de TV antes das 22h

O deputado federal Leo Prates (PDT) apresentou um projeto de lei para proibir anúncios de casas de apostas esportivas on-line em outdoors e em emissoras de TV antes das 22h. A informação é da coluna Radar, da revista Veja.

O texto estabelece multa que pode variar de R$ 15 mil a R$ 50 mil para empresas que violarem a restrição de horário para publicidade na televisão, com a sanção triplicada em caso de reincidência.

O governo Lula e o Congresso estão fechando o cerco em torno das chamadas bets depois de o Banco Central escrever, em nota técnica, que beneficiários do Bolsa Família gastaram cerca de 3 bilhões de reais em sites de apostas em agosto.

Fonte: OffNews

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Outubro terá bandeira tarifária mais cara do sistema nas contas de luz

A bandeira tarifária para o mês de outubro será vermelha patamar 2, com cobrança extra de R$ 7,877 na conta de luz para cada 100 quilowatts-hora (kWh) de energia elétrica consumidos. Esta é a primeira vez, desde agosto de 2021, que a bandeira mais cara do sistema criado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é acionada.
Segundo a Aneel, um dos fatores que determinaram o acionamento da bandeira vermelha patamar 2 foi o risco hidrológico, ou seja, a baixa previsão de chuva para os reservatórios das hidrelétricas. Também teve influência a elevação do preço do mercado de energia elétrica em outubro.

Uma sequência de bandeiras verdes foi iniciada em abril de 2022 e interrompida apenas em julho de 2024 com bandeira amarela, seguida da bandeira verde em agosto, e da vermelha, patamar 1, em setembro. No mês passado, a Aneel chegou a anunciar a bandeira vermelha patamar 2 para setembro, mas corrigiu a informação dias depois.

Criado em 2015 pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias reflete os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, bem como o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas.

As cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração, sendo a bandeira vermelha a que tem custo maior, e a verde, sem custo extra.

Segundo a Aneel, as bandeiras permitem ao consumidor um papel mais ativo na definição de sua conta de energia. “Ao saber, por exemplo, que a bandeira está vermelha, o consumidor pode adaptar seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta”, avalia a agência.

Fonte: Informe Baiano

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Brasil Saúde

Anvisa proíbe uso de termômetros e medidores de pressão com mercúrio no Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a proibição da fabricação, importação, comercialização e uso de termômetros e esfigmomanômetros (medidores de pressão arterial) com coluna de mercúrio em todo o Brasil. A resolução foi publicada nesta terça-feira (24) no Diário Oficial da União.

Os dispositivos afetados possuem uma coluna transparente de mercúrio para medir a temperatura corporal e a pressão arterial, sendo comumente usados em diagnósticos médicos. A norma não se aplica a equipamentos destinados a pesquisa, calibração de instrumentos ou uso como padrão de referência.

Os termômetros e esfigmomanômetros com mercúrio retirados de uso devem ser descartados seguindo as Boas Práticas de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, estabelecidas pela Anvisa em 2018. O descumprimento da resolução será considerado infração sanitária, podendo resultar em penalidades civis, administrativas e criminais.

Fonte: Rádio Sociedade

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