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“Estão utilizando politicamente o Ibama parabeneficiar petrolíferas internacionais”, diz Deyvid Bacelar

A possibilidade de uma nova negativa por parte do Ibama para conceder o licenciamento para a Petrobras perfurar um poço pioneiro de petróleo na Margem Equatorial, a uma distância de mais de quinhentos quilômetros da foz do Rio Amazonas, causou indignação ao coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar. Em entrevista à TV 247 nesta sexta-feira (28/2), Bacelar considerou inadmissível que alguns setores das regiões Sudeste e Sul do Brasil, além de supostos ecologistas de países do Norte global, queiram ditar as regras da construção da soberania energética do país, prejudicando o desenvolvimento econômico, social e sustentável do Norte e do Nordeste do Brasil. “O presidente Lula deve tomar providência em relação a esse tema, pois é inconcebível que ainda estejamos discutindo esse licenciamento. Tá na hora de retirar esses atores que usam politicamente o Ibama para beneficiar petrolíferas internacionais”, defendeu Bacelar.


Ele destacou que essa exploração na Margem Equatorial já está sendo realizada por países vizinhos, como Guiana e Suriname, e que empresas multinacionais como Exxon Mobil, Shell e Total já estão chupando de canudinho o petróleo, distribuindo bilhões em royalties para suas populações. “Os dois países já registram o crescimento de mais de 50% em seu PIB”, apontou Bacelar.
Na sua visão, se em 2030 um partido de direita vencer as eleições no Brasil, a Margem Equatorial será explorada pela British Petróleo, Chevron, Total e Exxon Mobil. “Nós, da FUP, defendemos que a exploração de petróleo na Margem Equatorial possa gerar riqueza e benefícios para o povo do Norte e do Nordeste, com preservação da floresta, respeito às comunidades quilombolas, indígenas e ribeirinhas. É preciso que ela seja utilizada de forma inteligente, financiando inclusive os projetos para uma transição energética justa. Se a Petrobras, que tem a melhor tecnologia de exploração em águas profundas e ultra profundas, não pode perfurar, as empresas internacionais é que vão explorar o nosso petróleo”, ressaltou.
Bacelar disse ainda que nunca teve um acidente da Petrobras em águas profundas e ultra profundas, muito menos no coração da selva amazônica, onde a empresa já está produzindo em sua base de Urucu há mais de 30 anos, sem um único acidente.
“O Brasil precisa de novas margens exploratórias e de novas reservas. Hoje somos autossuficientes na produção de petróleo, exportando para outros países. Mas se nós não explorarmos essa nova reserva, a partir de 1932 a curva de produção do pré-sal começa a cair e poderemos nos tornar um país importador de petróleo”, alertou.
“O Ibama não tem essa competência de arbitrar sobre a soberania energética do país. O Ibama precisa observar as condições dessa exploração, fazer as várias exigências que são necessárias para que o meio ambiente seja protegido. Quero aqui dizer de público que temos todo o respeito pelos servidores e servidoras do Ibama, mas estão utilizando o Ibama de uma maneira política para prejudicar o país”.
“A região Norte tem o pior IDH do Brasil país e com a chegada dos royalties poderá melhorar a qualidade de vida de toda a população. Ali 60% dependem hoje do bolsa família”, acrescentou.
Sobre a queda no lucro da Petrobras, Deyvid Bacelar considerou que R$36,6 bi de lucro em 2024 é ainda uma margem de lucro bastante significativa, mas lamentou que R$75,8 bilhões continuem sendo distribuídos via dividendos para acionistas, principalmente estrangeiros.
“A empresa voltou a investir no Brasil, gerando emprego e renda em diversas regiões do país, e não mais sacrifica a população brasileira com preços altos nos combustíveis. Não há como servir a dois senhores. A Petrobras é uma locomotiva do país. Imaginem se uma parcela desses dividendos não fosse distribuída aos acionistas e fosse utilizada ainda mais em investimentos. Esperamos que ao longo de 2025 essa política de distribuição de dividendos seja corrigida”, apostou o coordenador da FUP.
“Os investimentos aumentaram e isso afeta nos resultados do lucro da empresa. Estamos vendo a recuperação da nossa indústria naval e retomada das atividades em diversos estaleiros do país. Temos de comemorar muito essa geração de emprego que vem ocorrendo em todo o país. Entendemos que a Petrobras tem potencial para gerar ainda mais empregos de qualidades no país, com salários mais altos e benefícios”, destacou.

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Entenda como funcionará Pix por aproximação

A partir desta sexta-feira (28), as instituições financeiras serão obrigadas a oferecer mais uma modalidade de transferência via Pix que dispensa a necessidade de digitar a senha bancária. A oferta do Pix por aproximação passa a ser obrigatória, neste momento apenas para celulares Android.

Com a funcionalidade, basta o cliente encostar o celular na maquininha de cartão e fazer o Pix por meio da tecnologia Near Field Communication (NFC). Nas compras pela internet, o Pix será concluído com apenas um clique, sem a necessidade de captar o Código QR ou usar a função Copia e Cola do Pix. O processo será executado dentro do site da empresa vendedora.

O valor máximo por transação será R$ 500. O cliente poderá diminuir o limite por operação e criar um valor máximo por dia para essa modalidade do Pix.

O procedimento é semelhante ao utilizado com cartões de crédito e de débito, cujos pagamentos por aproximação têm se expandido no país. Em setembro do ano passado, 65% dos pagamentos presenciais foram feitos por aproximação, por cartões ou outros dispositivos, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

Até agora, o Pix por aproximação estava em fase de testes. Entre os bancos e instituições de pagamento que testavam a tecnologia estão Banco do Brasil, Bradesco, BTG Pactual, Caixa Econômica Federal, C6, Itaú, PicPay e Santander. Um total de 12 marcas de maquininhas firmaram parceria com o Google para estender o pagamento por aproximação ao Pix: Azulzinha, Bin, Cielo, Fiserv, Getnet, Mercado Pago, Pagbank, Rede (que pertence ao Itaú), Safra Pay, Sicredi, Stone e Sumup.

Com a obrigatoriedade da oferta, todas as instituições financeiras associadas ao open finance, que envolve o compartilhamento de dados entre elas, terão de estar no Google Pay (carteira digital do Google) e ofertar o Pix por aproximação. Isso ocorre porque, até o momento, apenas o Google Pay está cadastrado no Banco Central (BC) como iniciadora de pagamento.

Como a Apple Pay e a Samsung Pay não estão registradas no BC, o Pix por aproximação estará disponível apenas para os dispositivos móveis do sistema Android, que usam o Google Pay. Pelo menos dois bancos, Bradesco e Banco do Brasil, oferecem a tecnologia dentro de seus aplicativos. A expectativa é que outros bancos passem a oferecer a funcionalidade em seus aplicativos a partir desta sexta.

Como habilitar o celular e o Google Pay

•    Habilitar a tecnologia NFC no celular, na abas “Configurações” e, em seguida, “Conexões” ou “Dispositivos conectados;

•    Abrir o aplicativo Carteira do Google;

•    Clicar em “Adicionar à carteira”, na parte inferior do aplicativo;

•    Clicar em “Cartão de pagamento”;

•    Clicar em “Novo cartão de débito ou de crédito”;

•    Seguir as demais instruções.

Como usar o Pix por aproximação com carteira digital

•    Com a conta bancária associada ao Google Pay, pedir o pagamento via Pix ao estabelecimento com maquinhas que ofereçam a tecnologia;

•    Aproximar o celular desbloqueado do Código QR exibido na maquininha;

•    Confirmar a transação na tela do celular;

•    Confirmar a proteção cadastrada no celular – impressão digital, reconhecimento facial, senha do celular ou chave de segurança;

•    Transação concluída.

Como usar o Pix por aproximação no aplicativo do banco

•    Abrir o aplicativo do banco e escolher a opção “Pix por aproximação”;

•    Aproximar o celular do Código QR exibido na maquininha;

•    Seguir as demais instruções do aplicativo;

•    Procedimento pode variar conforme a instituição financeira. No Banco do Brasil, o aplicativo pedirá a senha bancária para transações acima de R$ 200.

Fonte: Agência Brasil

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Concurso Nacional Unificado 2025: veja lista com os órgãos já confirmados no novo edital.

O Concurso Nacional Unificado (CNU) de 2025 já tem preparativos em andamento pelo Governo Federal.

O edital, com as regras da seleção, deve ser publicado até o mês de março, segundo a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck.

Alguns órgãos que receberam aval para novos concursos já confirmaram a participação no próximo CNU. São eles:

Fundação Biblioteca Nacional: 14 vagas;
Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj): 20 vagas;
Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR): 10 vagas;
Instituto Brasileiro de Museus (Ibram): 28 vagas;
Ministério da Fazenda: 30 vagas; e
Fundação Cultural Palmares: 10 vagas

A ministra Esther Dweck também já adiantou que as duas novas carreiras transversais do Governo Federal serão contempladas, sendo elas: analista técnico de Justiça e Defesa e analista técnico de desenvolvimento socioeconômico.

Outra carreira, segundo Esther, que deve estar no CNU 2025 é a de analista-técnico administrativo (ATA), que já conta com autorização para 28 vagas.

Vale pontuar que órgãos que receberão aval para novos concursos em 2025 ainda poderão manifestar interesse em aderir à próxima edição do CNU.

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A partir de julho, trabalho em feriado só será permitido com negociação.

No dia 1º de julho de 2025, entra em vigor uma portaria do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) que regulamenta a atividade nos setores de comércio e serviços.

Com essa nova portaria as empresas só poderão trabalhar nos feriados depois de negociar com sindicatos dos trabalhadores. Determinação anterior, de 2021, permitia que o trabalho fosse feito sem consulta aos representantes de classes.

Atividades que já tinham autorização por lei para trabalhar domingos e feriados continuam funcionando normalmente. Isso vale para algumas áreas do turismo e lazer. Serviços essenciais também estão com a permissão mantida.

Não há alterações na remuneração do trabalhador. Ou seja: o trabalho no feriado deve ser pago em dobro, ou com folga outro dia da semana. Caso empresa não cumpra determinação, está sujeita a sanções e multas.

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Após decolar de Brasília avião da Gol colide com pássaro

Um avião da companhia aérea Gol colidiu na manhã deste domingo (23) com um pássaro e teve de retornar ao Aeroporto Internacional de Brasília – Presidente Juscelino Kubitschek. O voo G3 1445 (BSB-CGH) tinha como destino o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

A colisão ocorreu 30 minutos depois da decolagem e não houve nenhum tipo de impacto para os passageiros, segundo a Inframerica, empresa que administra o aeroporto de Brasília.

De acordo com a Gol, a decolagem ocorreu às 09h10 e retornou depois que a tripulação identificou a colisão com pássaro. O pouso foi feito com “total segurança” às 09h53 e a aeronave foi encaminhada para os procedimentos de inspeção.

A companhia aérea garante que os passageiros receberam as tratativas de acordo com a resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e tiveram a possibilidade de reacomodação em outra aeronave, que decolou às 11h55 deste domingo, ou nos próximos voos disponíveis da Gol.

A empresa Aérea diz que “todas as ações referentes a esse voo foram tomadas com foco na segurança”. A Inframerica, em nota, informou também que a “aeronave pousou em total segurança” e que “não houve nenhum impacto na operação do aeroporto.”

Segunda colisão

Essa é a segunda colisão de um avião com pássaro em menos de uma semana. A primeira foi com uma aeronave da Latam, na última quinta-feira (20), que fazia o voo A3367 (Rio de Janeiro/Galeão-São Paulo/Guarulhos).

O avião decolou às 10h35, mas retornou ao aeroporto da capital fluminense após um bird strike (colisão com pássaro). A parte da frente da aeronave ficou destruída, nenhum passageiros ficou ferido.

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