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“Indústria do petróleo é um ambiente masculinizado e machista”, afirma Deyvid Bacelar, da FUP

O coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, disse neste sábado (8/3), em referência ao Dia Internacional da Mulher, durante entrevista à Rádio Metrópole FM, que a indústria do petróleo continua sendo, ainda hoje, um ambiente masculinizado e machista. “Estamos falando de uma categoria que, no cômputo geral da Petrobras, tem apenas 17% de mulheres”, afirma Bacelar. “Na área operacional e em especial nas plataformas de petróleo, que estão em alto mar, temos um percentual de mulheres ainda menor, de apenas cinco a seis por cento”.

Para o sindicalista, apesar desse pequeno percentual, as mulheres petroleiras têm se destacado com um protagonismo ímpar na luta da categoria. “É a primeira vez na história da Petrobras que nós temos quatro mulheres ocupando as diretorias executivas da empresa, além da presidente Magda Chambriard. E houve um aumento de 58% de mulheres em posição de liderança no setor de Refino, que é um número muito expressivo em tão pouco tempo”, destaca Bacelar. “Há mudanças que estão acontecendo no setor de petróleo e gás, e um número expressivo de mulheres petroleiras está ascendendo hoje como grandes lideranças, a exemplo de Elizabeth Sacramento, que é coordenadora geral do Sindipetro da Bahia, e Cibele Vieira, coordenadora do Sindipetro de São Paulo”, ressalta o sindicalista.

Bacelar lembra ainda outras mulheres que se destacam na indústria de petróleo, como Mirian Cabrera, coordenadora do Sindipetro do Rio Grande do Sul; Patrícia de Jesus, vice-presidente do Sindipetro do Espírito Santo, “que deve ser a próxima presidente”, além de Bárbara Bezerra, diretora da FUP no Norte- Fluminense.
Pesquisa realizada pela McKinsey & Company, firma global de consultoria estratégica, realizou um estudo sobre diversidade no ambiente corporativo, indicando que as empresas com maior diversidade em suas equipes executivas têm 33% mais propensão à rentabilidade. A pesquisa aponta também que as empresas com mais diversidade e inclusão são mais seguras e proporcionam mais confiabilidade operacional, uma vez que as pessoas trabalham com segurança psicológica.
Para o coordenador geral da FUP, é preciso abrir um percentual maior de vagas para mulheres nos concursos da Petrobras. “Ainda hoje as mulheres recebem menos do que os homens, mesmo desempenhando funções semelhantes, no ambiente de trabalho. É importante que nós homens estejamos juntos nessa luta, participando de cada conquista em busca de um mundo mais justo em todos os aspectos”, lembrou Bacelar.
Segundo ele, é preciso fazer coro com nossas companheiras que lutam pela igualdade de gênero, que lutam para sobreviver num país em que o feminicídio tem taxas altíssimas. “Somos o país que mais mata mulheres por feminicídio. Precisamos mudar essa realidade, respeitando as nossas colegas no ambiente de trabalho, não tolerando gestos machistas e coibindo os companheiros e amigos que fazem isso. Muitas dessas companheiras são acometidas por problemas de saúde mental por não terem poder de reação”.
“Avançamos muito, mas ainda temos muito a avançar. Este dia 8 de março é importantíssimo para que essa reflexão esteja presente na vida principalmente dos homens que precisam passar por essa reeducação, desmontando essa masculinidade tóxica que aprendemos ao longo de nossas vidas”.

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Aumento de 42% no número de mulheres feridas por armas de fogo em 3 anos

A quantidade de mulheres feridas por armas de fogo cresceu 42% em um período de três anos, entre 2020 e 2023, indicam dados do DataSUS levantados pelo Instituto Sou da Paz e divulgados neste sábado (8).

Segundo o levantamento, em 2023 — ano com o levantamento mais recente disponível — foram registadas 4.395 notificações de mulheres feridas por armas de fogo e que sobreviveram aos ataques. Os números só não foram maiores que os de 2017, pico do levantamento.

Foram 3.104 vítimas ao longo de 2020, ano da pandemia e que teve o menor patamar desde o início da divulgação dos dados, em 2014. Os números cresceram progressivamente depois de 2020, alcançando 3.253 casos em 2021 e 3.580 em 2022.

As maiores altas de mulheres vítimas de armas de fogo, mas que sobreviveram, ocorreram nas regiões Norte e Nordeste (29%) e Sudeste (23%) no período da pesquisa.

O ano com maior pico de registros ocorreu em 2017, com 4.498 mulheres agredidas com armas de fogo. Segundo Cristina Neme, coordenadora do projeto do Instituto Sou da Paz, 2017 foi um ano em que houve pico de forma generalizada na violência letal e não-letal tanto de homens quanto mulheres por conta de conflitos entre facções. Assim, a alta se reflete nos casos não-letais contra mulheres.

Mais armas em circulação
Para a especialista, o crescimento registrado entre 2020 e 2023 tem a ver com a maior quantidade de armas com os brasileiros — sobretudo após decretos que facilitaram a posse de armas durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

“Isso acontece em um contexto com um arsenal disponível na nossa sociedade em razão do enfraquecimento da política de controle de armas que o país sofreu na gestão anterior. Muitos cidadãos adquiriram armas e essas armas estão em casa e representam um risco de violência familiar, doméstica, que se reflete nesses registros”, afirma a especialista.

O local em que as violências ocorrem se divide quase de maneira idêntica entre fora de casa (45,8%) e dentro das residências (43,8%). Outras 10,4% ocorreram sem identificação do lugar.

Feminicídios crescem 4% em 1 ano
Ao longo de 2023, 3.946 mulheres forma vítimas de feminicídio no Brasil. Houve crescimento de 4% nos feminicídios quando comparado com os 3.788 crimes ocorridos em 2022.

Este é o maior número desde 2018, quando foram registrados 4.512 assassinatos de mulheres.

Em 2023, os perfis das mulheres vítimas foram:

Mulheres pardas (64,5%) são as maiores vítimas, seguidas de brancas (26,6%) e pretas (7,4%).

O grupo de 20 a 29 anos é o mais atingido, com 33,5% do total de mortas, e mulheres de 30 a 39 anos representam 25,4%.

A maioria das vítimas morreu em ruas ou estradas (40%). Casos de assassinatos em residências são 28%, seguidos por mortes em locais não especificados (21%) ou em outros locais (11%).

Desde 2014, houve crescimento gradual das mortes em residências, que passaram de 19% à época para os atuais 28%. Por outro lado, o indicador local não especificado caiu de 29% para 21% no mesmo período.

Parte dos dados (ruas e estradas e outros locais) se mantêm próximos ao longo dos anos, com variações de poucos pontos percentuais.

Fonte: G1

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Avaliação negativa do governo Lula ultrapassa 50%, aponta pesquisa AtlasIntel

A reprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu 50,8%, segundo pesquisa do instituto AtlasIntel divulgada nesta sexta-feira (7). O número representa um aumento de 4,3 pontos percentuais desde janeiro, quando 46,5% dos entrevistados consideravam a gestão ruim ou péssima.

Já a aprovação do governo se manteve praticamente estável, oscilando de 37,8% para 37,6%. O percentual de pessoas que classificam a administração como regular caiu de 15,6% para 11,3%, enquanto 0,4% não souberam responder.

Entre os segmentos que mais desaprovam a gestão petista, destacam-se os evangélicos (76,3%), os moradores da região Sul (62,7%) e do Centro-Oeste (59,3%). Já os que mais apoiam o governo são agnósticos e ateus (57,3%), pessoas com mais de 60 anos (53,3%) e aqueles com escolaridade até o ensino fundamental (51,8%).

Sobre a atuação pessoal de Lula, 53% dos entrevistados disseram desaprová-lo, contra 51,4% em janeiro. Já a aprovação do presidente oscilou levemente, de 45,9% para 45,7%.

Os setores do governo com maior rejeição foram impostos e carga tributária (58%), segurança pública (57%) e responsabilidade fiscal. Por outro lado, as políticas sociais (35%) e a criação de empregos (34%) tiveram as melhores avaliações.

Quando comparados os governos de Lula e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), 49,4% dos entrevistados acreditam que a gestão atual é pior, enquanto 48,9% avaliam que a administração petista é superior. Outros 1,7% consideram ambas equivalentes.

O levantamento foi realizado entre 24 e 27 de fevereiro com 5.710 eleitores recrutados digitalmente. A margem de erro é de um ponto percentual, com índice de confiança de 95%.

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Mudanças no Pix: saiba como consultar e regularizar pendências no CPF

As novas regras do Banco Central (BC) para uso do Pix devem afetar cerca de oito milhões de chaves ligadas a CPFs em situação irregular na base de dados da Receita Federal. Estas chaves poderão ser excluídas. 

Anunciada nesta quinta-feira (6), a medida visa mais segurança aos usuários deste sistema de pagamento instantâneo.

Para saber se seu CPF está irregular e se sua chave está entre as que poderão ser canceladas, a Agência Brasil preparou um passo a passo para regularizar pendências e evitar essa exclusão.

Passo a passo

O primeiro deles é saber se o CPF está em alguma das seguintes situação cadastral: Suspensa, Cancelada, Titular Falecido ou Nula.

Para tanto, é necessário consultar o site da Receita Federal em aba específica de Comprovante de Situação Cadastral.

Se a situação estiver “suspensa”, é necessário fazer o pedido de regularização na aba específica do site da Receita.

Segundo o órgão, na maioria das vezes, a atualização do CPF pelo site corrige as informações na hora. Contudo, se ao final do procedimento for gerado um protocolo de atendimento, será necessário enviar alguns documentos à Receita Federal para concluir o serviço.

Nesses casos, o envio da documentação comprobatória da alteração pode ser encaminhada por e-mail. Clique aqui para saber o e-mail que atende cada unidade da federação. Também é possível agendar a entrega da documentação comprobatória, nesta aba específica do site.

Entre os documentos que podem ser solicitados estão a certidão de nascimento ou casamento, título de eleitor, comprovante de residência e um documento de identidade. Além disse, o solicitante terá que enviar uma selfie, segurando o documento de identidade.

Já no caso do CPF apresentar a situação de “titular falecido” ou “cancelado” é necessário agendar atendimento em uma unidade da Receita para realizar a correção. Para isso, clique aqui.

Em situações especiais, a exemplo de pessoa com deficiência maior de 18 anos, o pedido pode ser feito pelo cônjuge ou companheiro; ascendente, descendente ou parente colateral até o 3º ou curador. 

Nesse caso, será preciso enviar também laudo médico atestando a deficiência, documento de identificação com foto do solicitante e documento que comprove o parentesco ou curatelia.

No caso de menores de 16 anos tutelados ou sujeitos à guarda, a alteração no cadastro do CPF pode ser solicitada pelos pais, tutor ou responsável pela guarda, mediante o envio de documento de identificação com foto do solicitante e documento que comprove a tutela ou responsabilidade da guarda do incapaz.

Além disso, o atendimento presencial também pode ser prestado por unidades conveniadas, mas com o custo de R$ 7. As unidades que prestam o serviço são os cartórios de registro de pessoas naturais, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e os Correios.

Residentes no exterior

Se a pessoa residir no exterior, a orientação é preencher o formulário disponível aqui. Após o preenchimento, o formulário deve ser impresso e entregue em uma representação diplomática brasileira em até 15 dias, com os documentos listados.

Também é possível solicitar atendimento presencial junto às repartições consulares brasileiras no exterior. As informações sobre os consulados estão disponíveis no portal E-consular.

Fonte: Agencia Brasil

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Governo zera tarifa de importação de 9 alimentos para reduzir preços

Como alternativa para segurar a inflação dos alimentos, o governo decidiu zerar o Imposto de Importação de nove tipos de comida, conforme anunciou nesta noite o vice-presidente Geraldo Alckmin.

As medidas foram divulgadas após uma série de reuniões ao longo desta quinta-feira (6).

>> Os alimentos que terão os tributos zerados são:
Azeite: (hoje 9%)
Milho: (hoje 7,2%)
Óleo de girassol: (hoje até 9%)
Sardinha: (hoje 32%)
Biscoitos: (hoje 16,2%)
Massas alimentícias (macarrão): (hoje 14,4%)
Café: (hoje 9%)
Carnes: (hoje até 10,8%)
Açúcar: (hoje até 14%)

A cota de importação do óleo de palma, atualmente em 65 mil toneladas, subiu para 150 mil toneladas.

Segundo Alckmin, a redução de tarifas entrará em vigor nos próximos dias após serem aprovadas pela Câmara de Comércio Exterior (Camex).

“O governo está abrindo mão de imposto em favor da redução de preço”, declarou o vice-presidente.

As medidas foram anunciadas após uma reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Alckmin com ministros e empresários, no Palácio do Planalto.

Para o vice-presidente, a medida não prejudicará os produtores nacionais, apesar da concorrência com o alimento importado.
“Nós entendemos que não [vai prejudicar o produtor brasileiro]. Você tem períodos de preços mais altos, mais baixos. Nós estamos em um período em que reduzir o imposto ajuda a reduzir preços. Você está complementando. Não vai prejudicar o produtor, mas beneficiar os consumidores”, declarou.

Outras medidas
Além da redução das tarifas, Alckmin anunciou o fortalecimento dos estoques reguladores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O vice-presidente não entrou em detalhes.
No mês passado, a companhia havia pedido R$ 737 milhões para reconstituir os estoques de alimentos desmantelados nos últimos anos.
Alckmin também anunciou a prioridade para os alimentos da cesta básica no próximo Plano Safra.
Segundo o vice-presidente, os financiamentos subsidiados deverão se concentrar na produção de itens que compõem a cesta básica, aumentando o estímulo a produtores rurais que produzam para o mercado interno.
A última medida anunciada por Alckmin foi a aceleração do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA). Esse sistema descentraliza as inspeções sanitárias, permitindo que estados e municípios façam o trabalho.

Segundo o vice-presidente, o governo pretende aumentar o número de registro no sistema de 1.550 para 3 mil.

De acordo com Alckmin, a medida permitirá que produtos como leite, mel, ovos e carnes sejam liberados mais rapidamente para venda em todo o país.

Fonte: Informe Baiano

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