Brasil

Brasil Política

Bolsonaro faz live para se despedir e diz que “nada justifica ato terrorista” em Brasília

O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma live, nesta sexta-feira (30), para se despedir e afirmou que “nada justifica o ato terrorista” em Brasília, quando um homem plantou um explosivo em um caminhão de combustível perto do aeroporto da capital federal.

“Nada justifica aqui em Brasília essa tentativa de ato terrorista no aeroporto de Brasília. Nada justifica. Um elemento que foi pego, graças a Deus, com ideias que não coadunam com nenhum cidadão. Agora massifica em cima do cara como bolsonarista do tempo todo. É a maneira da imprensa tratar”, disse Bolsonaro.

O presidente repetiu o discurso de que teria sido perseguido por imprensa e Judiciário ao longo de seus quatro anos de mandato.

Terrorismo 

O bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, foi autuado em flagrante por terrorismo, após confessar ter montado um artefato explosivo que foi instalado em um caminhão de combustível, perto do Aeroporto de Brasília, no sábado (24).

Em depoimento aos policiais, o homem disse que o ato foi planejado por integrantes de atos em favor do presidente Jair Bolsonaro, que ocorrem no quartel-general do Exército, em Brasília. Afirmou ainda que o a instalação da bomba tinha o objetivo de “dar início ao caos” e que pretendia alcançar a decretação de estado de sítio no país – quando há restrição de direitos e à atuação de Legislativo e Judiciário.

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Brasil Política

Bolsonaro encerra governo aprovado por 39% e reprovado por 37%, aponta Datafolha

O presidente Jair Bolsonaro (PL) encerra o governo com 39% dos brasileiros avaliando sua gestão como boa ou ótima, já 37% consideram que foi ruim ou péssima, segundo levantamento feito pelo instituto Datafolha.

Já 24% avaliam que a administração foi regular e não opinaram 1%. A pesquisa foi realizada em 19 e 20 de dezembro. O instituto ouviu 2.026 eleitores em 126 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

O resultado de Bolsonaro é o pior de um presidente eleito para seu primeiro mandato desde a volta da democracia ao país, em 1985. O mandatário perdeu a eleição em outubro para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e até hoje não reconheceu abertamente o resultado.

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Bahia Brasil Cruz das Almas

Bancos não vão abrir hoje

As agências bancárias não irão abrir ao público nesta sexta-feira (30). O expediente bancário só retornará na segunda-feira (2). As informações são da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Segundo a entidade, nos dias em que as agências estiverem fechadas a população poderá utilizar os meios eletrônicos de atendimento bancário, como mobile e internet banking, caixas eletrônicos, banco por telefone e correspondentes para fazer transações financeiras.

“Os carnês e contas de consumo (como água, energia, telefone, etc.) vencidos no feriado [dia 1º] poderão ser pagos sem acréscimo no dia útil seguinte. Normalmente, os tributos já estão com as datas ajustadas ao calendário de feriados, sejam federais, estaduais ou municipais”, destacou a Febraban.

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Bahia Brasil Esportes

Rui Costa decreta luto de dois dias na Bahia pela morte de Pelé

O governador Rui Costa decretou, nesta quinta-feira (29), luto oficial de dois dias no Estado da Bahia pelo falecimento de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, que faleceu aos 82 anos.

“Dia triste para todos os brasileiros com a notícia da morte do maior atleta da história. Ícone, ídolo de tantas gerações, que tanto nos orgulhou levando as cores verde e amarela a cada canto do planeta. Pelé, eterno!”, lamentou. 

Rui Costa também fez questão de destacar a trajetória de Pelé na área social: “gigante, Pelé era referência mundial no futebol e, ainda, por apoiar causas importantes em prol da população mais pobre. Um orgulho também para o povo negro. Seu legado nos alegrará para sempre. Que Deus conforte os corações dos amigos e familiares do rei!”.

Metro1

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Brasil

Morre o Rei Pelé aos 82 anos

O futebol perdeu seu sinônimo. Maior jogador de todos os tempos, Pelé morreu nesta quinta-feira (29), aos 82 anos, por falência múltipla de órgãos. O Rei do Futebol estava internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, há um mês, desde o dia 29 de novembro. A internação aconteceu por causa de uma infecção respiratória, após o ex-jogador contrair covid-19, e para a reavaliação do tratamento de um câncer no cólon.

A família ainda não divulgou detalhes sobre o velório, mas uma estrutura foi montada na Vila Belmiro nos últimos dias para receber a vigília. O sepultamento ocorrerá em Santos.

Pelé lutava contra um câncer no cólon, já em fase de metástase, e foi submetido a uma bateria de exames na semana passada, nos quais os médicos identificaram, além do quadro de anasarca (inchaço generalizado), uma insuficiência cardíaca descompensada e disfunção renal. Na última quarta-feira (21), o Rei apresentou progressão do câncer, e o hospital divulgou boletim informando que ele necessitava de cuidados maiores. Pelé passou 26 dias internado.

Edson Arantes do Nascimento nasceu em Três Corações, Minas Gerais, em 1940. Em sua mitologia pessoal, reza a lenda que prometeu ao pai que seria campeão do mundo, ao ver seu Dondinho choramingando próximo ao rádio, na traumática derrota da Seleção Brasileira na Copa de 1950, ante aos uruguaios, no Maracanã. 

Oito anos depois, aos 17, estaria em gramados suecos envergando a camisa 10 na conquista do primeiro título mundial do Brasil. Sensação do Mundial de 58, Pelé marcou seis gols (sendo dois deles na final — um dos quais uma pintura imensurável) e foi condecorado com Rei do futebol. Seu cartão de visitas se tornaria uma folha corrida, acumulando recordes e grandes feitos no esporte mais popular do planeta.

Em 1962, tornaria-se bi-mundial com a Seleção Brasileira, na Copa do Chile (atuou apenas dois jogos por ter sofrido uma contusão). Pelo Santos, empilhou seis Taças Brasil (embora tenha perdido a primeira para o Bahia, em 1959), além de 10 campeonatos paulistas, três Rio-São Paulo, duas Copa Libertadores e dois Mundiais de clube. Foi pelo time da Vila que alcançou a inédita marca de mil gols marcados, em cobrança de pênalti em 1969, no Maracanã.

No ano seguinte, seria a estrela máxima de um escrete encantado na conquista do Tricampeonato mundial pela Seleção Brasileira, no México. Era a posse defintiva da Taça Jules Rimet e a coroação definitiva do monarca do futebol. Marcou quatro gols, deu passes e transformou até oportunidades perdidas em lances inesquecíveis, vide o drible de corpo contra o goleiro uruguaio Mazurkiewicz, a cabeça que o inglês Gordon Bancks defendeu na risca da trave e o chute do círculo central, contra a Tchecoslováquia. 

Pressionado pela Ditadura Militar para jogar a Copa de 1974, na Alemanha, Pelé negou a súplica. Sempre teve a premissa de sair por cima. Deixou o Santos naquele mesmo ano e só retornou ao futebol um ano depois, para liderar um projeto no New York Cosmos, nos Estados Unidos.

Para além do futebol, irradiou sua imagem pela literatura, quadrinhos, cinema, música e propagandas publicitárias. Na política, foi ministro do esporte de 1995 a 1998, na gestão de Fernando Henrique Cardoso — foi responsável pela lei Lei 9.615 (que ficou conhecida como “Lei Pelé”), criando mecanismos para os jogadores se desvincularem dos contratos draconianos com os clubes de futebol.

Casou-se três vezes e teve sete filhos (dois em relacionamentos extraconjugais, aos quais não reconheceu a paternidade). Na Justiça, as duas filhas conseguiram provar que eram herdeiras do Rei. Foi extremamente criticado na opinião pública por não ter feito questão de conhecê-las, mesmo após comprovação do teste de DNA.

Pelé ajudou a forjar a imagem do Brasil no Século XX, projetando para os 20 séculos futuros. Negro, topete, sorriso largo e uma habilidade sobrenatural de conduzir uma bola o fizeram a máxima expressão do próprio país e da sua nacionalidade. Ele mudou tudo o que viria depois. 

Nunca houve (e não importa mais se haverá) um Brasil tão conhecido no mundo quanto o Rei Pelé (1940-2022). Definitivamente, saiu por cima.

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