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Ministro da Defesa é criticado por Lula e passa por desgaste após atos de vandalismo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem criticado a atuação do ministro da Defesa, José Múcio, em prever e prevenir as invasões a prédios públicos em Brasília.

Apontado como um dos responsáveis pela permanência dos manifestantes em Brasília, o titular da pasta de Defesa é alvo de fogo amigo desde domingo (8), quando bolsonaristas vandalizaram as sedes dos três Poderes.

Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, Lula criticou, duramente, o desempenho de sua equipe frente aos atos de vandalismo que resultaram na depredação dos prédios dos Poderes.

Enquanto acompanhava a evolução dos ataques por meio de publicações nas redes sociais, Lula se queixou, especialmente, de Múcio e do ministro-chefe do GSI (Gabinete da Segurança Institucional), general Gonçalves Dias, —aos quais telefonou, em tom de cobrança, já no início das invasões.

Segundo seus aliados, Lula reclama que Múcio tenha subestimado ameaças à segurança, apostando na saída gradual dos bolsonaristas acampados diante do quartel do Exército em vez de determinar sua retirada, como, por fim, aconteceu nesta segunda-feira (9).

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Convocada reunião de líderes; senadores saúdam intervenção e repudiam violência

Agência Senado

O primeiro vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), convocou reunião de líderes para esta segunda-feira (9), às 10h, para tratar da crise desencadeada pela invasão da Praça dos Três Poderes por vândalos, na tarde deste domingo (8). Senadores de diferentes partidos condenaram a violência. 

“Os episódios verificados hoje com as invasões dos locais que sediam os poderes da República refletem da forma mais definida o espírito terrorista com o qual agem os derrotados democraticamente no voto, além de explicitar a participação deliberada do governo do Distrito Federal [ao] não conter essa depredação generalizada e inadmissível”, postou Veneziano, presidente em exercício do Congresso Nacional em razão da viagem do presidente Rodrigo Pacheco à Europa.

Diversos parlamentares solicitaram providências das forças de segurança para dispersar o grupo de baderneiros que ocupou o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). Muitos elogiaram o anúncio, pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal até 31 de janeiro.

Escolhido para liderar o governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) anunciou estar protocolando junto ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, pedidos de “prorrogação do inquérito dos atos antidemocráticos a partir dos acontecimentos de hoje e impedimento de posse e, em caso de posse, afastamento de Anderson Torres [ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro] na Secretaria de Justiça do Distrito Federal”.

Na base do governo, vários senadores condenaram o caráter antidemocrático das manifestações e a destruição de patrimônio público. Alguns criticaram o governo do Distrito Federal por considerarem insuficiente a atuação da Polícia Militar.

Randolfe Rodrigues (Rede-AP): “Cumprimento o presidente Lula pela decisão de intervenção federal na segurança pública do DF e informo que, como líder do governo no Congresso, estou em contato com o presidente Rodrigo Pacheco e com o presidente em exercício Veneziano Vital do Rêgo para que nos termos do artigo 36 da Constituição Federal o Congresso Nacional se reúna imediatamente para a apreciar o decreto presidencial. Tudo funcionará normalmente, os antidemocratas não venceram e não vencerão jamais!”

Jean Paul Prates (PT-RN): “Presidente Lula mandando o papo reto necessário: intervenção no governo do Distrito Federal, que passou pano para baderneiros; investigação cabal das fontes financeiras e comandos remotos, e punição exemplar dos vândalos e de seus mentores e mobilizadores.”

Jaques Wagner (PT-BA): “Que as autoridades atuem para identificar e punir os fanáticos envolvidos neste capítulo criminoso da nossa história. O que estamos vendo hoje são atos graves, de vandalismo, terrorismo e barbárie. A violência contra o Congresso, o Palácio do Planalto e o STF, invadidos e depredados na tarde de hoje, não podem passar impunes. Precisamos de medidas duras e imediatas.”

Paulo Rocha (PT-PA): “O presidente Lula garante que terroristas não sairão impunes.”

Kátia Abreu (PP-TO): “Parabéns, Lula, por ser diligente diante dessa pouca vergonha. Fez intervenção no Distrito Federal. Tem que prender os cem ônibus. Através deles identificaremos os financiadores e organizadores da ação terrorista.”

Humberto Costa (PT-DF): “O presidente Lula decretou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal e está indo para Brasília acompanhar de perto. Os danos ao patrimônio público foram enormes. A punição precisa ser exemplar.”

Eliziane Gama (Cidadania-MA): “Decisão muito acertada do presidente Lula de intervenção no Distrito Federal. Sucesso ao interventor [Ricardo] Cappelli [secretário-executivo do Ministério da Justiça]. Quantos presos até agora?  Quantos serão punidos? A contenção dos atos de terrorismo tem que vir acompanhada de punições. Aos terroristas, o rigor da lei. Aos financiadores desses atos de barbárie, o rigor da lei. A leniência, conivência e omissão de autoridades são inaceitáveis.”

Rogério Carvalho (PT-SE): “Repudio, com a máxima energia, os atos de vandalismo que acontecem neste momento nos prédios do Congresso Nacional, e imediações. O Brasil assiste estarrecido a um severo ataque contra nossa democracia, que não pode passar impune.”

Marcelo Castro (MDB-PI): “Inaceitável! O presidente da República e os representantes do Parlamento foram eleitos democraticamente. Atos criminosos contra a democracia e a depredação do patrimônio público precisam ser combatidos e os culpados devem ser punidos com o rigor da lei, de forma célere.”

Renan Calheiros (MDB-AL): “Baderneiros depredaram o patrimônio. Crimes reincidentes, anunciados como o vandalismo na sede da Polícia Federal e o terrorismo no aeroporto. O chefe da Segurança do governo do Distrito Federal e a leniência local do governo exigem uma intervenção federal imediata. Os golpistas não passarão e a ordem prevalecerá.”

Paulo Paim (PT-RS): “Catastrófica a invasão do Congresso e do STF por radicais golpistas da direita. Um ataque à democracia e às instituições públicas. Eles não aceitam o resultado das urnas e pregam golpe de Estado. A polícia precisa agir.”

Weverton (PDT-MA): “A invasão do Congresso Nacional não é manifestação política, é atentado contra a democracia. Passou da hora de identificar os cabeças e financiadores e puni-los por vandalismo e atos antidemocráticos.”

Omar Aziz (PSD-AM): “Tristes cenas da falta de respeito à democracia ocorrem agora em Brasília. Radicais estão depredando o patrimônio público, invadindo o Congresso e pedindo golpe. Esses atos resultados da imprudência de um líder sem responsabilidade e sem integridade. E que contam com o financiamento e incentivo de parlamentares e autoridades. Essas ações são lamentáveis. Mas não vão nos intimidar. O povo escolheu e quer paz. Estaremos firmes na luta pela democracia e por um Brasil melhor.”

Leila Barros (PDT-DF): “O Brasil não pode se curvar diante de criminosos que não aceitam a vontade da maioria e querem impor sua vontade pelo uso da força. Os atos são graves e merecem uma punição severa e exemplar.”

Jader Barbalho (MDB-PA): “Repudio veementemente os atos de vandalismo e terrorismo em Brasília, com invasão e depredação dos prédios públicos. Tem que haver a dura aplicação da lei, inclusive naqueles que são coniventes com essa situação.”

Fabiano Contarato (PT-ES): “A seita bolsonarista ultrapassou todos os limites! Ao furarem o bloqueio policial e invadirem o Congresso Nacional e o STF manifestando seu intento golpista, eles demonstram o quão grave é o movimento antidemocrático alimentado por Bolsonaro. Não basta apenas exonerar o bolsonarista que insistiu em colocar na Secretaria de Segurança do Distrito Federal, Ibaneis [Rocha] tem que assumir que prevaricou e precisa ser responsabilizado!”

Eduardo Braga (MDB-AM): “Total repúdio aos atos golpistas em Brasília! Não há lugar para vandalismo na democracia. Sem falar q violência gera violência e que o Brasil e os brasileiros são os grandes prejudicados pela irresponsabilidade extremista. A punição tem que ser rigorosa. Chega de ódio e radicalismo!”

Davi Alcolumbre (União-AP): “São inaceitáveis os atos antidemocráticos que ocorrem na tarde deste domingo (8), na sede dos três poderes em Brasília. Ações criminosas que devem sofrer o rigor da lei e merecem o repúdio e a desaprovação de todos os líderes com espírito público e responsabilidade. A democracia, como nosso maior patrimônio, deve ser respeitada e protegida.”

Telmário Mota (Pros-RR): “A invasão do Congresso! Gente, ninguém aqui é criança, essas pessoas estão sendo induzidas e monitoradas por algum sistema de inteligência. As forças policiais federais, civis, militares e inclusive o exército, estão fazendo corpo mole. Estamos a um passo para um Estado de desobediência civil e baderna generalizada. É preciso uma resposta conjunta e urgente dos três poderes.”

Outros senadores, que não fazem parte da base do governo, também pediram providências. Izalci Lucas (PSDB-DF) lamentou a necessidade de intervenção federal.

Izalci Lucas (PSDB-DF): “A intervenção é muito ruim para o Distrito Federal. Demonstra incapacidade do governador de governar nossa capital. Se por um lado faltou articulação política, por outro presenciamos excesso de arrogância e prepotência.”

Tasso Jereissati (PSDB-CE): “Manifesto meu inteiro apoio ao presidente Lula e a todas as medidas que sejam tomadas em defesa da democracia e da vontade soberana da população brasileira. Estamos presenciando um triste espetáculo promovido por uma minoria raivosa, criminosamente manipulada. Conclamo a todas as forças da sociedade brasileira a se unirem em defesa da democracia e a imediata responsabilização de quem atenta contra esses valores.”

Alessandro Vieira (PSDB-SE): “É urgente a responsabilização do governador do Distrito Federal e dos comandantes do policiamento que falharam gravemente, para dizer o mínimo, na proteção do Congresso Nacional. Ausência total de organização, trabalho de inteligência e compromisso com a democracia.”

Alvaro Dias (Podemos-PR): “A gigantesca maioria do povo repudia com vigor o vandalismo, o terrorismo e a baderna patrocinadas por quem não aceita o resultado das urnas. Esse radicalismo criminoso afronta a soberania popular e a democracia, e responsáveis por essa barbárie precisam ser exemplarmente punidos.”

Oriovisto Guimarães (Podemos-PR): “Como líder do Podemos, repudio, em nome do partido, a violência e a baderna dos atos golpistas nas sedes dos três poderes em Brasília. O patrimônio público pertence a todos os brasileiros e não pode ser desrespeitado e dilapidado, em hipótese alguma, pelos que não concordam com o resultado das urnas.”

Fernando Collor (PTB-AL): “A manifestação política, seja qual for, deve ser pacífica e à luz da Constituição. Resultados eleitorais divergentes do esperado não podem alimentar atos antidemocráticos e de ruptura institucional.”

Daniella Ribeiro (PSD-PB): “Invadir o Congresso Nacional não é manifestação política. O dia de hoje é um retrocesso para a nossa democracia. Repudio veementemente esses atos e espero que o rigor da lei atue sobre os envolvidos.”

Soraya Thronicke (União-MS): “Minha assessoria já entrou em campo para escrever o pedido de abertura de CPI dos Atos Antidemocráticos. A democracia aceita tudo, menos que acabem com ela.”

Flavio Arns (Podemos-PR): “Repudio, com a máxima energia, os atos de vandalismo que acontecem neste momento nos prédios do Congresso Nacional, e imediações. O Brasil assiste estarrecido a um severo ataque contra nossa democracia, que não pode passar impune.”

Angelo Coronel (PSD-BA): “Todo meu repúdio aos atos de violência e depredação hoje em Brasília. Os três poderes precisam se unir para tomar todas as providências.”

Lucas Barreto (PSD-AP): “A violência é inadmissível e nenhum ato de afronta aos poderes e instituições e de ataque à democracia pode ser tolerado. Diferenças ideológicas não podem justificar a agressividade e o vandalismo que estamos vendo.”

José Serra (PSDB-SP): “Repudio com veemência os atos terroristas que ocorrem em Brasília com a invasão e a depredação das sedes dos poderes da República. Uma clara afronta à democracia e ao estado de Direito. O rigor da lei aos participantes, financiadores dos atos e a qualquer possível leniência dos agentes públicos.”

Jorge Kajuru (Podemos-GO): “A democracia é inegociável! A invasão dos três poderes, em Brasília, é uma agressão ao Estado de Direito! Participantes e mandantes dos atos de vandalismo têm de ser punidos, exemplarmente! Golpe de Estado é inadmissível! Como senador eleito pelo voto direto, não posso aceitar tamanho desrespeito ao resultado de uma eleição!”

Nelsinho Trad (PSD-MS): “Repudio os ataques feitos, hoje, aos Três Poderes. Isso não é democracia. Independente de posicionamento político, são inadmissíveis as cenas a que assistimos em Brasília. Atos que extrapolam a razoabilidade.”

Mara Gabrilli (PSDB-SP): “É inaceitável! Repudio veementemente os atos de vandalismo que tem como palco a sede dos Três Poderes. Nossa democracia é forte e prevalecerá.”

Giordano (MDB-SP): “Neste domingo, terroristas invadiram o edifício do Congresso Nacional, STF e Palácio do Planalto. O nosso país construiu uma democracia sólida e forte ao longo dos anos com diálogo e respeito. Nenhuma forma de violência vale a pena.”

Chico Rodrigues (União-RR): “É inadmissível a invasão aos três poderes da República. O que vimos hoje foi um crime grave contra a democracia.”

Luiz do Carmo (PSC-GO): “Defendo e sempre defendi a democracia. A democracia plena não será alcançada cometendo invasões.
Sou terminantemente contra os atos de vandalismo em Brasília. Espero que volte à normalidade.”

Rodrigo Cunha (União-AL): “Apesar de o STF ter permitido que um investigado por corrupção com várias provas cabais de ter roubado R$ 54 milhões do povo alagoano, assumisse o Governo de Alagoas, jamais serei favorável a atos violentos como estes que estamos assistindo em Brasília no dia de hoje. A violência jamais será a resposta. Preservar a democracia e suas instituições sempre deve ser a nossa luta maior.”

Senadores que se definem como de oposição e que pertencem a partidos que se opõem ao governo federal também lamentaram a violência e afirmaram que ela é prejudicial ao debate democrático.

Marcos do Val (Podemos-ES): “Como parlamentar da direita, que repudio veemente estes atos violentos, de vandalismo e de terrorismo contra os três poderes. A direita só perde com essas ações irresponsáveis e inconsequentes. Perde a direita, perde o povo, perde o Brasil.”

Carlos Portinho (PL-RJ): “Nenhuma violência é tolerável. Nenhuma manifestação violenta é democrática. Mas assim às vezes a sociedade se manifesta. Infelizmente. E não somente no nosso país. É preciso gestos que apaziguem. Governo e Judiciário. Violência e intimidação nos tornam menos democráticos.”

Ciro Nogueira (PP-PI): “Peço a todos equilíbrio e sensatez. A democracia se fortalece no contraditório e no respeito às diferenças.”

Eduardo Girão (Podemos-CE): “Um erro não justifica o outro! A insatisfação de brasileiros com TSE-STF sobre abusos à nossa Constituição, mais [o] início calamitoso do governo Lula, é legítima, via manifestações ordeiras e pacíficas. Nunca violentas! Senado, ainda omisso, tem o dever de agir para voltarmos a ter democracia. Paz & Bem.”

Romário (PL-RJ): “O desrespeito às instituições, materializado com essa invasão ao Congresso, ao Planalto e ao Supremo, representa um grave ataque à democracia, que não pode ser tolerado. Meu repúdio aos atos, que os responsáveis e envolvidos sejam identificados e punidos.”

Carlos Viana (PL-MG): “Sempre defendi manifestações pacíficas. Não importa o lado ideológico. Assisto hoje com muita tristeza as cenas em Brasília. A Bíblia ensina que o mais importante é como as coisas terminam. Não como começam. Os entulhos vão encobrir o que foi feito de importante pelo Brasil.”

Fonte: Agência Senado

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Moraes afasta governador do Distrito Federal por 90 dia

O governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha, ficará 90 dias afastado do cargo. Em decisão publicada na madrugada desta segunda-feira (9), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), citou descaso e omissão por parte do governador e do então secretário de Segurança do DF, Anderson Torres, que foi exonerado ontem.

“O descaso e a conivência do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e, até então, secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres – cuja responsabilidade está sendo apurada em petição em separado – com qualquer planejamento que garantisse a segurança e a ordem no DF, tanto do patrimônio público – Congresso Nacional, Presidência da República e Supremo Tribunal Federal – só não foi mais acintoso do que a conduta dolosamente omissiva do governador do DF, Ibaneis Rocha, que não só deu declarações públicas defendendo uma falsa “livre manifestação política em Brasília” – mesmo sabedor, por todas as redes, que ataques às instituições e seus membros seriam realizados – como também ignorou todos os apelos das autoridades para a realização de um plano de segurança semelhante ao realizado nos últimos dois anos, em 7 de setembro em especial, com a proibição de ingresso na Esplanada dos Ministérios pelos criminosos terroristas; tendo liberado o amplo acesso”, destacou o magistrado.

O chefe do Executivo local e o secretário de Segurança exonerado Anderson Torres também serão incluídos no inquérito que investiga atos antidemocráticos. A vice de Ibaneis, Celina Leão (PP), assumirá o comando do Executivo local nesse período.

Moraes determinou ainda a desocupação total do acampamento bolsonarista em frente ao Quartel do Exército, na área central de Brasília, em até 24 horas. Os que insistirem, alerta o ministro, poderão ser presos em flagrante e enquadrados em pelo menos sete crimes diferentes. “Determino a desocupação e dissolução total, em 24 (vinte e quatro) horas, dos acampamentos realizados nas imediações dos quartéis generais e outras unidades militares para a prática de atos antidemocráticos e prisão em flagrante de seus participantes pela prática dos crimes previstos nos artigos 2ª, 3º, 5º e 6º (atos terroristas, inclusive preparatórios) da Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016 e nos artigos 288 (associação criminosa), 359-L (abolição violenta do Estado Democrático de Direito) e 359-M (golpe de Estado), 147 (ameaça), 147-A, § 1º, III (perseguição), 286 (incitação ao crime)”.

A desocupação deverá ser feita pelas polícias militares dos estados e Distrito Federal, com o apoio da Força Nacional e Polícia Federal se necessário, devendo o governador do estado e DF ser intimado para efetivar a decisão, sob pena de responsabilidade pessoal.

Em vídeo divulgado ontem (8) a noite, Ibaneis Rocha pediu desculpas aos chefes dos Três Poderes. Segundo o governador afastado, não se imaginava que os atos tomariam tal proporção. “Quero me dirigir aqui, primeiramente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para pedir desculpas pelo que aconteceu hoje em nossa cidade. Para a presidente do Supremo Tribunal Federal [Rosa Weber], ao meu querido amigo Arthur Lira [presidente da Câmara], ao meu querido amigo Rodrigo Pacheco [presidente do Senado]”, disse.

Intervenção

Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a publicação de um decreto que prevê a intervenção na área de segurança pública do governo do Distrito Federal (GDF). A intervenção vai até 31 de janeiro deste ano.

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Bahia Brasil

Tropa do Batalhão de Choque da Bahia desembarca em Brasília

Setenta policiais militares do Batalhão de Choque da Bahia desembarcaram no início da manhã desta segunda-feira (9), no Aeroporto Internacional de Brasília – Presidente Juscelino Kubitschek. As guarnições baianas reforçarão as ações preventivas e repressivas contra bolsonaristas.

Militares do Controle de Distúrbios Civis (CTDC) e das Companhias de Operações com Cães (COC) e de Patrulhamento Tático Móvel (Patamo) atuarão na proteção dos prédios públicos, na capital federal.

“Acabamos de chegar e o empenho será total para a manutenção da ordem”, declarou o comandante do Batalhão de Choque, tenente-coronel Wildon Reis.

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Brasil

Lula decreta intervenção federal na área de segurança pública no Distrito Federal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinanou há pouco decreto para intervenção federal na área de segurança pública no Distrito Federal. A medida,segundo ele, é necessária para conter os atos golpistas de manifestantes que invadiram nesta tarde os prédios do Palácio do Planato, o Congresso nacional e o Supremo Tribunal Federal.

“O que esses vândalos, nazistas fanáticos, fascistas fanáticos, fizeram nunca foi feito na história deste país”, afirmou o presidente, acrescentando que os responsáveis serão identificados e punidos. “É preciso que essas pessoas sejam punidas de forma exemplar, para que pessoas nunca mais façam algo parecido”

A intervenção vale até dia 31 de janeiro.

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