Esposa revela últimas mensagens de sargento do Bope minutos antes de morrer em operação no Rio

A mulher do 3º sargento do Bope, Heber Carvalho da Fonseca, Jéssica Araújo, conversava com o marido pelo WhatsApp minutos antes de ele ser baleado durante a megaoperação contra o Comando Vermelho, realizada nesta terça-feira (28) nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro.
Em um print divulgado por Jéssica, é possível ver que, às 10h10 da manhã, ela pergunta como o marido está, e Heber responde:
“Estou bem. Continua rezando.”
A última mensagem enviada por ele foi às 10h57. A partir daí, Jéssica relata ter mandado diversas mensagens pedindo notícias e ligado ao menos cinco vezes até as 14h, sem sucesso.
Heber tinha 39 anos, ingressou na corporação em 2011 e era flamenguista e muito ligado à família. Ele deixa a esposa, dois filhos e um enteado. Nas redes sociais, Jéssica fez um emocionado desabafo, afirmando que ainda não acredita na morte do companheiro. “Não consigo explicar a dor”, escreveu.
Ela contou que o marido costumava dizer que tinha “a senha em mãos” sempre que um colega morria, reconhecendo que um dia poderia chegar a vez dele. Segundo Jéssica, Heber era corajoso, sonhador e determinado a alcançar seus objetivos.
Além de Heber, outros três policiais morreram na operação: o 3º sargento do Bope Cleiton Serafim Gonçalves, de 42 anos; o agente da Polícia Civil Marcus Vinícius Cardoso, que tinha 26 anos de carreira e havia sido promovido um dia antes da operação; e o agente Rodrigo Velloso Cabral, que havia tomado posse há apenas dois meses.
Em nota, as Polícias Civil e Militar do Rio, além do governador Cláudio Castro, manifestaram profundo pesar pelas mortes dos agentes. A liberação dos corpos pelo Instituto Médico Legal (IML) está prevista para ocorrer ao longo do dia.
Fonte: Blog do Valente

Tâmile Conceição, é quilombola e jornalista em formação pela UFRB, apaixonada por contar histórias e mergulhar na rica cultura do Recôncavo. Compreendendo a importância do jornalismo para sua comunidade, prioriza a apuração em seu trabalho. Atualmente, produz conteúdo para site, Instagram e rádio, compartilhando a diversidade e a riqueza cultural da sua região. Vencedora do Prêmio Motezuma em Telejornalismo com a reportagem sobre o Coletivo das Artes da cidade de São Félix, é também criadora do radiodocumentário Santa Bárbara como Símbolo Cultural e Religioso em São Félix, que reflete sua dedicação à preservação da cultura, da história e das tradições do seu povo.






























