Em entrevista ao programa “De Primeria”, o procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Ronaldo Piacente, declarou que os atletas envolvidos em casos de manipulação por apostas esportidas podem ser banidos do futebol.
“Quando esse atleta dá ou promete alguma vantagem para outro colega, ele pode ser eliminado (banido) do esporte e com uma multa de até R$ 100 mil. Se ele prejudicar a equipe que defende, com um cartão amarelo, vermelho ou pênalti proposital, a previsão de multa é de até R$ 100 mil e a suspensão de 180 a 360 dias. Se, por ventura, atingir o resultado, a suspensão pode ser de até 360 a até 720 dias, também com a multa de até R$ 100 mil. E, em caso de reincidência, ele pode ser banido do desporto”, disse Piacente.
O procurado-geral do STJD também comentou sobre a possibilidade de paralisação do Campeonato Brasileiro ou impugnações de partidas envolvidas em manipulações de apostas esportivas.
“Para que se haja a paralisação da competição ou impugnação de partida, o ato teria realmente que influenciar no resultado da partida. Na Série A, por exemplo, o que estamos percebendo a princípio são questões de cartões amarelos e vermelhos. É uma medida extrema (paralisação do Brasileirão), mas prevista no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD)”, comentou.
As falas do procurador-geral do STJD vem após o zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos, ter mensagens de Whatsapp vazadas em reportagem da revista Veja. O jogador negociava a manipulação de cartões e as provas constam na denúncia do Ministério Público de Goiás numa investigação de fraude em apostas esportivas.
O Santos suspendeu Bauermann preventivamente e disse que “não tolera desvios de conduta e de ética”.
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