Reflexão Por: Ygor Coelho

Reflexão Por: Ygor Coelho

História de Sucesso: ‘Dóllar’ Antonio Ribeiro

Por: Ygor da Silva Coelho  

“Ele não sabia que era impossível. Foi lá e fez!” 

A célebre frase é do intelectual Jean Cocteau e sintetiza a determinação do cruzalmense ANTÔNIO RIBEIRO DOS SANTOS FILHO, por todos conhecido como DÓLLAR. Um homem que realiza o improvável e concretiza projetos supostamente impossíveis, como disse Cocteau. 

DÓLLAR é um empresário de sonhos realizados. A origem simples, a vida interiorana, os primeiros trabalhos em áreas sacrificantes, não foram barreiras para ele vencer desafios. Crescendo pouco a pouco, chegou à Xerox do Brasil, onde trabalhou durante 12 anos. 

Após a passagem pela Xerox, empresa pela qual expressa gratidão pelos ensinamentos, DÓLLAR alimentou a ideia de realizar um festival do forró no bairro da Pumba, em Cruz das Almas. Um evento que tivesse dimensão nacional, com a participação das grandes estrelas da música brasileira. 

Na época, a festa de São João de Cruz das Almas se repetia num processo que a enfraquecia. Era necessário inovar, criar atrativos, trazer turistas, chamar a atenção da mídia. No Rio de Janeiro, falava-se do Rock in Rio. Caruaru, em Pernambuco, dominava os meios de comunicação. Por que não seguir a balada? Se perguntasse, alguém diria ser impossível. 

Bahianoar.com

– Banda Chiclete com Banana na Pumba? Ivete Sangalo? Tá louco! 

Mas DÓLLAR não sabia que era impossível. Foi lá e fez. Fez o FORRÓ DO BOSQUE! Mostrou que nada é impossível quando se luta para que os sonhos se tornem realidade.  

Com a contratação de grandes artistas, camarote, segurança, serviço médico, bar e toda infraestrutura pensada para um festival, o Forró do Bosque ganhou repercussão nacional. Pense num grande nome do forró, um cantor de destaque, uma cantora de sucesso… Sim, certamente já esteve no Forró do Bosque! 

Ao longo da sua existência são 21 edições, com média de 10 mil pessoas, totalizando um público de 210 mil pessoas, três vezes a população de Cruz das Almas.  

Algumas vezes, a chuva incessante, a estrada enlameada, o alto custo de uma atração pareciam barreiras. Mas, quando a coisa é importante, se realiza mesmo com contratempos.  

Também inesquecível para toda uma geração de cruzalmenses foi a participação de DÓLLAR no Teatro Laranjeira, uma iniciativa do seu irmão, o empresário PAULO TEAR. Juntos trouxeram a Cruz das Almas expoentes da música brasileira: Djavan, Vanessa da Mata, Paralamas do Sucesso, Caetano Veloso, Vander Lee, Roupa Nova, Leonardo, Cia. Baiana de Patifaria…  De vários municípios, inclusive de Salvador, deslocavam-se fãs para assistir shows e ver os seus ídolos em Cruz das Almas!  

Todo empreendedor visionário tem a diversificação e o otimismo na alma. DÓLLAR é um homem que acredita no futuro. Ciente dos bons ventos da economia, faz parte da sociedade Condomínio Bela Vista, o maior e  o mais moderno loteamento da cidade. Surpreendeu-me um visitante de Salvador exclamar ao conhecer o Condomínio Bela Vista: 

-Está melhor que o Alphaville! 

Falar das histórias de sucesso de personalidades de Cruz das Almas tem como objetivo encorajar o jovem. Mostrar que o caminho pode ser árduo, mas com foco, dedicação e trabalho as coisas acontecem. DÓLLAR é um exemplo! “Ele não sabia que era impossível. Foi lá e fez!” 

Cruz das Almas tem muito a lhe agradecer.

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Reflexão Por: Ygor Coelho

Reflexão: A Bahia viaja para Cruz das Almas


Ygor Coelho

Volto ao assunto turismo em Cruz das Almas ao ler nos jornais de Salvador sobre o Programa “BAHIA VIAJA NA BAHIA”, lançado por uma das idealizadoras, Luciana Nunes. 

A primeira edição do projeto aconteceu na cidade de Jacobina, nesse final de julho, e nas próximas semanas será em Lençóis e Juazeiro. 

Cruz das Almas merece se incorporar a programas de turismo dessa natureza. Há muito o que mostrar. Retrair-se é prejudicar o comércio e esconder seus atrativos turísticos, que são muitos, precisando apenas de retoques para encantar os visitantes. 

O turista poderá ter aqui um programa cultural impossível em outras cidades, como conhecer a Embrapa, a UFRB (com os seus prédios históricos), visitar a reserva de Mata Atlântica Cazuzinha, conhecer a feira livre municipal, ver estandes de flores e produtos da agricultura familiar e exposição de renomados pintores e escultores (Nelson Magalhães Filho,  Dina Garcia, Zé Rocha, J.Celebridade, Waltercio Fonseca e tantos outros), 

É certo que Jacobina, Juazeiro e Lençóis têm muito a mostrar. Mas o turista, seguramente, também sairá encantado depois da visita à Cruz das Almas. 

Aos poucos o sonho de ter Cruz das Almas no Roteiro Cultural do Turismo na Bahia deverá se tornar realidade. Ouso  alinhar abaixo uma programação possível. Qual turista não se encantaria? 

DIA 1

1. RECEPÇÃO:

Estande do turista

Local – Praça Senador Themístocles 

2. Visita à Embrapa 

3. Visita à feira / casa de farinha na praça 

ALMOÇO 

4. Visita à UFRB

5. Exposição de arte

6. Noite – Show musical 

DIA 2

6. Exposição de flores

7. Visita à Mata de Cazuzinha 

8.  Show de espadas em espaço fechado

ALMOÇO 

Fim do programa 

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História de Sucesso: Antônio Paranhos

Por: Ygor da Silva Coelho 

Tenho escrito sobre histórias de sucesso de pessoas que chegaram ao topo na nossa cidade, depois muita luta, trabalho e sacrifício. Gente fora do comum, homens e mulheres notáveis que geram centenas de empregos, fazem girar a economia e servem de exemplo. 

Mas sucesso também é viver com entusiasmo, disseminar alegria, servir ao próximo, fazer as coisas com o coração e deixar boas marcas. Hoje tive a felicidade de conversar com ANTÔNIO PARANHOS, um cidadão que é referência na cidade pelas virtudes acima citadas. 

Proprietário da loja que leva o seu nome, a PARANHOS ARTESANATOS tem o  mais diversificado e o maior estoque de artesanatos que já vi em minhas andanças pelo Brasil e pela América do Sul. Não direi no mundo, porque nunca fui aos Estados Unidos e nem à Europa, mas na América do Sul, que percorri e me detive em todos os países, jamais vi igual.  Nunca vi reunida tamanha expressão cultural de um povo. Uma riqueza! 

A Paranhos Artesanatos é um deslumbramento para os olhos, com os seus coloridos e incríveis seis mil ítens. Seis mil ítens!  À alegria de ver tanta arte reunida, acrescente-se a presença do seu proprietário ANTÔNIO PARANHOS, um homem que aprendeu na vida a admirar artesanatos, a comprar, vender e conquistar clientes. 

Os milhares de artigos da Paranhos se devem à confessada compulsão de Antônio para compras e à sua sensibilidade para admirar o que é belo. 

Enquanto converso com ANTÔNIO PARANHOS o telefone toca, são artesãos de Minas Gerais, Ceará e Pernambuco, oferecendo seus trabalhos. Não sei se ANTÔNIO PARANHOS tem controle de estoque, mas a compulsão o faz comprar mais e mais. Ouço parte do diálogo, quando ele atende uma ligação de Pernambuco: 

–  Você é neto do Mestre Vitalino, de Caruaru? De Alto do Moura? Tenho interesse, sim! Você tem catálogo? Mande, sim! 

E vai crescendo o estoque que reúne figuras e cenas que remetem ao sertão brasileiro e ao resto do Brasil: vasos, frutas, flores, animais, figuras típicas, baianas, conversadeiras, vaqueiros, cangaceiros, Lampião, Maria Bonita e por aí vai… São muitos anos de dedicação total, uma diversidade que nem todo museu reúne. 

Quando Paranhos termina a conversa com o descendente do Mestre Vitalino, comento que no Museu do Louvre, em Paris, há um espaço reservado para a arte em barro do artista pernambucano. A mesma arte que ANTÔNIO PARANHOS reúne para qualquer um ver, sem precisar viajar. Pena que muitos dos meus conterrâneos não sabem que ali está a arte maior de Caruaru-PE, ali está uma sala do Louvre. Bem ali na Rua Cícero Nazareno, centro de Cruz das Almas-BA.

Admirar o artesanato da Paranhos, a reprodução do patrimônio material e imaterial do Nordeste e conversar com ANTÔNIO PARANHOS me fez ganhar o dia. Saí da sua loja feliz e meditando que felicidade não se compra, mas pode ser adquirida no contato com pessoas extraordinárias, como ANTÔNIO PARANHOS. Um ser querido, admirado e com uma bela história para registrar.

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História de Sucesso: Themístocles Soares de Magalhães

Por: Ygor da Silva Coelho 

Foram dez filhos de Dona Petronília Soares de Almeida Magalhães e Carlos Bessa, todos nascidos em casa, sob os cuidados de parteiras, como era comum nos idos anos de 1930/40. Um dos dez é o Dr. Temístocles Soares de Magalhães, formado pela Escola Bahiana de Medicina, no ano de 1971. 

Tendo vindo ao mundo com auxílio de parteiras, quis o destino que ele se tornasse obstetra, para trazer à vida crianças com mais segurança. 

Seu pai, Carlos Bessa, era um bravo! Petronília, uma heroína! Com poucos recursos, souberam encaminhar os seus filhos com luta incansável, como é de se imaginar: Dez filhos!

O Dr. Temístocles, reside em Cruz das Almas há mais de sessenta anos, é um cruzalmense de coração, nascido na cidade de Cachoeira.  Como costuma citar, nasceu na Rua dos Artistas, número 8, onde passou a infância e adolescência.  

O gosto pelo futebol, a proximidade das artes cachoeiranas, as águas do Rio Paraguassu, que atravessava a nado até a vizinha São Félix, eram convites para fugir aos estudos, mas esses apelos não foram capazes de desviar a atenção do garoto Themi. Sempre foi aprovado com distinção: No Colégio da Cachoeira, no Colégio Central, em Salvador, no concurso do Banco do Brasil, no vestibular de medicina na Escola Baiana de Medicina… Sempre venceu desafios. 

A aprovação para o Banco do Brasil aconteceu num abençoado momento. O salário servia para a sua manutenção no curso de medicina e para ajudar os pais na criação dos nove irmãos. 

As dificuldades vencidas por Dr. Temístocles são reveladas por seu colega decano, que ouço orgulhoso e reparto com os leitores. Diz o decano: 

– “Themístocles não era apenas um colega, como outros tantos. Ele era especial, era um amigo admirável. Temístocles era estudante, era um jovem bancário, era suporte financeiro para a sua família, era exemplar. Grande cidadão!” 

Com teses defendidas, cursos de Mestrado e Doutorado, aperfeiçoamento na Espanha, Dr. Themístocles dedica-se a atender pacientes, mas nas suas veias circula também o DNA de cientista. Possui diversos trabalhos científicos publicados, inclusive em Anais de Medicina dos Estados Unidos, 

Casado com a pesquisadora da Embrapa, Antônia Fonseca de Jesus Magalhães, Dr. Temístocles tem dois filhos, também médicos: Themístocles Júnior e Célia Virgínia. 

Por definição, ser médico é salvar vidas, é estar disponível em momentos delicados, é cultivar relações humanas, atentar para a ciência e olhar para o outro com amor. 

Por sua luta, por sua dedicação e por ser possuidor das virtudes citadas, a Associação Baiana de Medicina lhe conferiu o expressivo “Diploma do Mérito Médico”. 

Dr. Temístocles Soares de Magalhães é um orgulho para a medicina baiana, é possuidor de uma brilhante HISTÓRIA DE SUCESSO. 

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Reflexão Por: Ygor Coelho

Histórias de Sucesso: Dina Garcia

Por: Ygor Coelho 


“Com a roupa encharcada/A alma repleta de chão/Todo artista tem de ir aonde o povo está…” 

Milton Nascimento canta assim e foi assim que conheci as obras de DINA GARCIA. Suas pinturas estavam no chão, num passeio do Bairro do Santo Antônio Além-do-Carmo, no centro histórico de Salvador, sendo admiradas por turistas. Parei para apreciar e me ocorreu uma surpresa maior: surgiu a jovem e vistosa pintora de grandes olhos verdes. Era DINA GARCIA, minha conterrânea de Cruz das Almas.

Expor seus quadros no Pelourinho era “buscar o caminho que vai dar no sol”, como continua a dizer Milton na melodia “Bailes da Vida”. Dina buscava o sol, já que na nossa cidadezinha não há potencial para o mercado de arte. 

Foi o chão do Pelourinho que me aproximou de DINA GARCIA, apesar de morarmos na mesma cidade do interior. Passei a visitar o seu ateliê e, vendo o seu trabalho, viajei até os quadros de Henri Matisse, Di Cavalcanti e Carybé, três dos pintores que mais a inspiraram. 

As cores fortes e vibrantes que DINA usa nos remete a Matisse. As mulheres voluptuosas, afrodescendentes e baianas, nos lembram Di Cavalcanti e Carybé. 

Por conta da exposição no Pelourinho, dos turistas e estrangeiros que a conheceram, DINA GARCIA tem apreciadores da sua pintura espalhados em todos os continentes e já foi vista em exposições por toda Europa. 

O período de pandemia fez DINA recuar das ruas e fechar o seu ateliê, na Avenida Getúlio Vargas, em Cruz das Almas. Hoje eu a visitei, mas DINA, como todo artista, não é de fácil contato. O ser iluminado é diferente dos comuns e é preciso compreender que há momentos em que eles estão envolvidos pela sensibilidade e por uma forma de entender o universo que só os artistas possuem. 

Talvez DINA GARCIA não queira e não precise destas minhas palavras, já que sobre ela há relatos de especialistas e curadores internacionais. Insisto porque Cruz das Almas e a Bahia precisam reverenciá-la, por ser um nome aplaudido e que circula em muitos outros lugares. Não pode ser uma quase desconhecida entre nós! 

Sem desmerecer outros grandes e premiados artistas da cidade (espero um dia escrever sobre eles), julgo DINA GARCIA a mais internacional artista plástica desta terra na atualidade. Em Viena, sob a direção da Baronesa Jiselda Salbu e do Sr. Hans Arnt Salbu, participou de exposição com artistas de onze países: Albania, Alemanha, Áustria, Canadá, India, Itália, Luxemburgo, México, Noruega, Portugal e Reino Unido. 

Arte é emoção. E a história de Dina, as pinturas de Dina, a alma encharcada de chão, como disse o poeta, me emocionam. Se DINA GARCIA ainda não é reverenciada no seu Estado, não tenho dúvida que amanhã terá uma História de Sucesso. Como são tantos artistas famosos que, a princípio, lutavam para vender uma pintura no chão de uma feira livre e hoje seus quadros valem milhões! 

DINA GARCIA precisa estar no futuro museu da sua cidade, precisa estar presente nos museus da Bahia!————–


P.S: Quadros de Dina na minha sala.

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