Reflexão Por: Ygor Coelho

Por: Ygor da Silva Coelho 

Analiso Cruz das Almas e me orgulho de ver uma nova geração de empresários que, seguramente, escreverão o futuro da cidade, levando-a a maiores destaques. Tomo como exemplo nessa crônica o jovem BRUNO NUNES DIAS, proprietário do Restaurante Meu Cravo, incorporador e investidor imobiliário. 

Há alguns anos, li um livro cujo conteúdo trazia uma questão: O que move o empresário, já bem sucedido, a arriscar-se em novos desafios, mesmo ciente de que já tem o seu futuro garantido? 

No empreendedorismo a razão nem sempre é o lucro, unicamente o lucro. Coexiste o desejo de trazer o melhor para cidade, novidades dos grandes centros, gerar empregos, escrever o nome numa página da história,  impactar a vida das pessoas com a presença de empreendimentos inovadores.

Bruno Dias foi responsável por criar o primeiro restaurante de gastronomia oriental da cidade, criou o ASD Empreendimento, que funciona em paralelo como casa de eventos (Zorru’s), está finalizando um empreendimento médico-empresarial e, em sociedade com um grupo seleto de outros jovens empresários, lançou o loteamento Caminho das Árvores, totalmente vendido em 24 horas. 

Bruno Dias é formado em Administração, teve início de carreira como gestor na rede de alimentos Bonaparte, grupo que tem em seu portfólio mais de 50 restaurantes espalhados pelo Brasil. Bruno foi bom gestor e bom aluno, trouxe as lições do Bonaparte para Cruz das Almas. E é  gente assim que me faz confiar no futuro da minha cidade. Gente jovem, com visão e vontade de fazer acontecer! 

O professor Alício Dias, seu pai e mestre em física, costumava citar para os alunos, o pai da física, Albert Einstein: – “Procure ser um homem de valor, em vez de ser um homem de sucesso”. De fato, o sucesso pode não vir acompanhado de valor algum. Os exemplos de sucessos inúteis são muitos.

Bruno Dias persegue a regra do pai e do mestre da física. E está no rol daqueles que me fazem acreditar no futuro, gente imbuída no desejo de fazer um mundo melhor. São esses que chamo de cidadãos. Bruno Dias é um grande cidadão!

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Por: Ygor da Silva Coelho

Hoje estive com ANDRÉ LUIZ NASCIMENTO! Ganhei o dia! André é cidadão de alto-astral, um batalhador, um cruzalmense que venceu desafios. Foi um garoto de poucos recursos, que precisou de união familiar para completar os estudos. 

Formou-se em odontologia, adquiriu uma prestigiada lista de pacientes e hoje André poderia acomodar-se, atendendo em Cruz das Almas e em seu consultório, localizado num dos endereços mais valorizados de Salvador. 

Mas,  dizia Proust, ” se sonhar pouco é perigoso, a solução é sonhar mais alto”. Essa foi a cartilha de André, que se emociona ao contar as dificuldades da vida. 

De sonho em sonho, André foi encontrando soluções para residir em Salvador,  manter-se na capital, cursar pré-vestibular, adquirir livros e, por fim, montar gabinete odontológico. Uma longa jornada! 

Para um simples sonhador vencer na vida significaria o consultório, um carro, um apartamento e, certamente, uma casa de veraneio em algum ponto do litoral da Bahia. 

Não é fácil explicar as razões dos sonhadores. Certamente, são indivíduos que vieram ao mundo para dar exemplos. 

Depois de vencer na Bahia, o sonho seguinte de André é conquistar clientes na Europa. França, Itália, Espanha ou Portugal? Para ele seria indiferente, venceria em qualquer desses países, mas tem família e filhos. 

Para o conjunto familiar, a adaptação em Portugal é mais fácil e, assim, os filhos já estão estudando na cidade de Braga e a sua esposa já começou a exercer a advocacia. Para André, faltam novos cursos para realizar legalmente a profissão em Portugal, mas as malas estão prontas. 

Duvida que André será bem sucedido na Europa? Não duvido, André tem a seu favor virtudes que faltam a tantos, como simpatia e carisma. 

O caminho pela vida do jovem dentista André, que se aventura na Europa, serve de exemplo para encorajar os mais jovens. A sua viagem remete-me de volta ao pensador Marcel Proust: “A verdadeira viagem de descobrimento não consiste em procurar novas paisagens e, sim, em ter novos olhos.”

Viver é um prêmio a que poucos se dão conta. Muitos se acomodam, não se reinventam, não se aventuram. 

Aventure-se, conterrâneo André. Tu és um exemplo, uma HISTÓRIA de SUCESSO por estar em permanente reinvenção. 

Nada de grande se realiza sem grandes sonhos!

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Por: Ygor da Silva Coelho 

“O ser humano é aquilo que a educação faz dele”. A frase é de Immanuel Kant e me remete ao conterrâneo cruzalmense SAMUEL NUNES. Agricultor, comerciante, empresário, engenheiro agrônomo, professor universitário e educador, Samuel é um nome de destaque na Bahia, um visionário, um vencedor em todas as áreas em que atuou. Deixou marcas, mudou destinos, influenciou gerações. 

De origem simples, filho de pequeno agricultor, que se ocupava apenas de uma agricultura de subsistência, dificilmente se poderia antever os caminhos que o futuro reservava para Samuel Nunes. 

Eu poderia deter-me sobre o Samuel empresário e inovador no comércio local, o Samuel engenheiro agrônomo ou extensionista rural. É um homem de múltiplas atividades, mas faço opção em falar do seu papel que influenciou muitas gerações: O Samuel educador. 

Na década de 1980, Samuel Nunes e Lourival Santos iniciaram um sonho: criar um colégio com modernos padrões de ensino, numa Cidade Universitária, que requeria novos métodos e maior inserção num mundo que se globalizava rapidamente. Três requisitos básicos para empresários na área da educação eles possuíam: idealismo, inspiração e entusiasmo. 

Samuel Nunes e Lourival Santos já eram sócios numa empresa agrícola e, para consolidar o sonho, trouxeram a Cruz das Almas o Prof. Armando Rosa, um Mestre de reconhecida competência, para a assessoria pedagógica. Surgiu, assim, o Colégio Acadêmico, numa antiga residência na J.J.Seabra, mais conhecida como Rua dos Poções.

O desafio apenas começava, pois o número de alunos, já no primeiro ano, suplantou expectativas e exigiu espaço. Juntos, rapidamente construíram em Cruz das Almas uma das melhores estruturas para ensino do Estado da Bahia. Visitado por João Carlos Di Gênio, fundador de um dos maiores empreendimentos educacionais do Brasil, o Colégio Acadêmico impressionou o empresário, recebendo o aval para adotar o método Objetivo. Esse foi o ponto de partida para voos que só os sonhadores alcançam. Grandes sonhos são sempre acompanhados de genialidade e magia. 

O reconhecimento da sociedade não demorou e novas unidades do Acadêmico foram seguidamente construídas em Salvador, Feira de Santana, Alagoinhas e Lauro de Freitas.  Salvador chegou a ter quatro unidades, rivalizando com centenários e tradicionais colégios da capital baiana. Na fase de plena atividade chegou a quatro mil alunos por ano e um quadro de 200 professores. Sempre os mais reconhecidos mestres da Bahia em suas respectivas áreas.

O sucesso e a visibilidade foram tamanhos que o Colégio Acadêmico foi assunto em rede nacional num dos programas de maior audiência da TV Globo.

 Educação infantil, ensino médio, fundamental e pré-vestibular. Milhares de alunos trilharam esse caminho e, atualmente, cursam destacadas universidades brasileiras ou exercem suas profissões pelo Brasil e pelo mundo, carregando no seu histórico a passagem pelo Acadêmico. 

O lema do Acadêmico sempre foi “Construindo sonhos” e, para tanto, é preciso ter sonhadores à frente. Um dos sonhadores, construtor dessa HISTÓRIA DE SUCESSO, é SAMUEL NUNES, o Samuca. Um nome que orgulha Cruz das Almas e que mudou tantos destinos! 

Enquanto leio a página do Colégio Acadêmico na Internet ouço que o fundo musical é “Fly me to the moon” (Leve-me até a lua). É assim, como já disse o pensador: “Se é para sonhar, sonhar alto, mirar a lua, pois se errar estará entre as estrelas!”

SAMUEL é um homem que sempre sonhou alto. E acertou!

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Por: Ygor da Silva Coelho

Um país não se torna grandioso sem as sementes lançadas ao solo e sem o empreendedorismo dos grandes homens. É daí que advém a colheita, o sucesso, a fartura e o desenvolvimento econômico. 

GILTON ROSA era um menino de Castro Alves, quando chegou a Cruz das Almas em 1962, para estudar no Colégio Estadual Alberto Torres. Concluiu o ensino médio, foi aprovado no vestibular e se graduou em Agronomia em 1971. 

Iniciava então a movimentada vida profissional de Gilton Rosa, que nos lembra à máxima de que “ao lado de um grande produtor há sempre um grande agrônomo”. Gilton é grande pelas razões acima e, mais do que isso: É grande agrônomo, grande produtor e renomado mestre.

A contribuição de Gilton Rosa no desenvolvimento da agropecuária da Bahia passa por vários segmentos. Ao graduar-se recebeu a tarefa de desenvolver a cultura do algodão no semi árido baiano. Deixou as sementes por lá, mas, vislumbrando outros horizontes, fez concurso para PLAMAM – Plano de Alimentação e Manejo de Gado Leiteiro. 

Homem de enfrentar tarefas com unhas e dentes, aprofundou o conhecimento na área leiteira e ingressou na Cooperativa Central de Laticínios da Bahia. 

Foi quando teve o primeiro grande desafio: viabilizar a Usina Catuiçara, até então uma obra abandonada na cidade de Teodoro Sampaio-BA. Conseguiu ativá-la ao ponto de comercializar 30 mil litros de leite por dia.

É difícil definir o papel maior de Gilton Rosa, por ser um técnico que empregava os seus braços e a inteligência para transformar sucata em usina de leite, terras inférteis em pastagens e campos vazios em cultivos variados: laranjas, frutas tropicais, mandioca, algodão, sisal… 

Participou como sócio da Empresa de Desenvolvimento Rural – EMDER, que tinha sede em Cruz das Almas e escritórios por quase toda a Bahia, Minas, Piauí e Maranhão. Posteriormente, associou-se à AGRUPOL – Agência Rural de Projetos. Com as mesmas funções da EMDER, abriu escritórios de orientação técnica em vários municípios, chegando a formar uma equipe de 40 engenheiros agrônomos. 

Era uma época de dinamismo na agricultura baiana e vale repetir a máxima associada a Gilton Rosa: “Ao lado de um grande produtor, há sempre um grande agrônomo”. Entenda-se por grande não apenas extensas áreas, mas, também,  produção eficiente.

Convidado a ingressar na UFBA como professor colaborador, ganhou gosto pelo ensino e prestou concurso, tornando-se titular da disciplina “Manejo de Pastagens”.

A humildade não o deixa dizer, mas foi responsável direto pelo melhoramento genético do gado Nelore de nossa região. Trazia matrizes selecionadas de Minas Gerais e abastecia os pecuaristas locais. 

Gente como Gilton Rosa está no rol daqueles empreendedores que trabalham incansavelmente, de sol a sol, para transformar o mundo. Carrega consigo o dom de realizar, uma virtude de pessoas notáveis  que fazem a diferença, sobretudo nos momentos de crise.

Suas realizações incluem a Madeireira Temal – Indústria e comércio de esquadrias e móveis – a maior do ramo em Cruz das Almas até hoje.

Sucesso significa concretizar sonhos, criar com o coração, olhar para trás, admirar a jornada e ver que valeu a pena. E o mais importante: deixar lições e inspiração para os jovens que se encaminham na engenharia agronômica, mostrando-lhes que não importa o tamanho da crise. É sempre possível realizar e vencer.

Mas, como nem todo planejador é perfeito, Gilton só errou na dose quando resolveu plantar quiabo. Foram tantos hectares que nem todo caruru de São Cosme e Damião do Recôncavo Baiano foi suficiente para o consumo. Causou uma super safra, era preciso haver muito mais devotos!

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Por: Ygor da Silva Coelho 

“Um grande homem tem o dom de engrandecer todos à sua volta.”

No último fim de semana, se despediu de Cruz das Almas um grande homem. Um pai excepcional, um cidadão respeitoso, um político carismático, um competente colega.

O Engenheiro Agrônomo Lourival José dos Santos nos deixou aos 89 anos. A sua vitalidade, o seu caminhar pela cidade, a participação em eventos sociais nos fazia crer que Lourival seria um centenário. Mas quis o destino antecipar a sua despedida da terra. 

Seus filhos, esposa, netos e familiares, choram a saudade de um parente extremamente carinhoso. Seus colegas lamentam a perda de tão simpática convivência. 

Lembro de Lourival Santos chegando à Cruz das Almas para fazer Agronomia na UFBA. Trazia a experiência e a maturidade dos anos de ensino no Colégio Batista Taylor-Egídio, de Jaguaquara, uma das referências educacionais na época. Já casado com Lecy Galvão, tendo filhos pequenos, Lourival enfrentou e venceu muitos desafios. Para custear seus estudos e educar os filhos, conciliava o ensino de matemática no Colégio Estadual Alberto Torres – CEAT, com o curso de Agronomia. 

Na faculdade, com o seu equilíbrio e amadurecimento, muitas vezes foi a bússola, o exemplo para os universitários mais jovens. 

Graduou-se em 1971, tornou-se extensionista rural e, mais tarde, professor de Extensão Rural na UFBA/UFRB. 

Lourival era um homem irrequieto, um cidadão que queria tornar o mundo melhor. Um dos caminhos que vislumbrava era a modernização da agroindústria. Em sociedade com colegas fundou a EMDER-Empresa de Desenvolvimento Rural, com séde em Cruz das Almas-BA e escritórios por quase todas a Bahia, também no Norte de Minas, no Piauí e no Maranhão. 

Simpático e carismático, candidatou-se a Prefeito de Cruz das Almas, venceu as eleições e, durante o mandato, deixou marcas ainda hoje reverenciadas e sentidas. 

Mas o Prefeito de uma cidade do interior, assim como um extensionista rural, não possui forças suficientes para mudar panoramas mais amplos. Ele sabia que transformações mais profundas passam pela educação. E novamente em sociedade (era um homem com capacidade de agregar forças e reunir competências), fundou o Colégio Acadêmico, uma respeitável instituição de ensino, nos moldes das mais modernas da Bahia e do Brasil. 

São várias as marcas deixadas pelo colega Lourival José dos Santos na sua caminhada no nosso meio. As realizações concretas estão registradas em livros e arquivos. Além dessas, há aquelas ações menos visíveis, que tocaram no coração das pessoas ao seu redor, os ensinamentos que mudaram vidas e destinos de alunos, agricultores e empresários. 

Lourival José dos Santos foi um homem com o dom da fé, da sabedoria e da realização. Lourival José dos Santos fará falta na terra!

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