A esposa do terceiro Sargento do Exército Fabrício da Silva Santos, 23 anos, assassinado na manhã desta quarta-feira (14), prestou depoimento na Delegacia de Homicídios de Feira de Santana (DH).
Sem querer ser identificada, a esposa contou à reportagem do Acorda Cidade que o sargento não tinha nenhuma desavença, mas relatou uma possível tentativa de assalto que ocorreu ontem (13).
“Hoje pela manhã ele se despediu, me deu um beijo e saiu para trabalhar. Ele era uma pessoa muito tranquila, na dele, cristão, um bom esposo, um bom amigo.
Ontem por volta das 22h, eu vindo do trabalho com ele, escutei alguém gritar o nome ‘perdeu’ e soltar um palavrão. Eu olhei para trás, falei com ele que estava com medo de ser assalto, mas ele me disse: ‘não precisa ter medo, ninguém vai querer roubar uma Fazer [modelo da moto], ainda mais que tem rastreador. Mas se for, a gente desce e entrega a moto’. Então continuamos, e quando nos aproximamos de casa, vimos as mesmas pessoas, mas ele continuou dizendo, ‘tá vendo aí, não era assalto’, e quando chegamos na porta da casa, ainda fiquei olhando para ambos os lados para confirmar que não tinha ninguém”, relatou.
Segundo a esposa, assim que o sargento saiu hoje pela manhã, escutou três disparos de arma de fogo e saiu para verificar o que tinha acontecido.
“Sempre quando ele fecha o portão, eu fico observando a batida do cadeado. Logo depois, escutei três tiros e sai correndo, até pensei que ele tinha entrado na casa da minha sogra, mas quando vi, ele estava no chão, foi quando voltei para pegar a chave do portão. Eu imagino que isso foi por engano, porque todo mundo conhecia ele, todo mundo sabia o jeito dele”, informou.
Fabrício da Silva Santos frequentava a Igreja Pentecostal Missionário Caminho para o Céu, na Rua Silvina Marques de Oliveira, no bairro Tomba.
O casal estava juntos há 6 anos, e na próxima sexta-feira (16), iriam completar 9 meses de casados.
O terceiro Sargento iria completar 5 anos no Exército Brasileiro no mês de janeiro.
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