Andrea Moreira, professora com 25 anos de experiência, usou o espaço do JornalZero75 nesta quinta-feira, 18, para esclarecer um episódio constrangedor que viveu ao recusar participar de uma ação de marketing do Governo Municipal.
O fato ocorreu durante uma aula na Unidade de Ensino Virgildásio Sena, onde leciona, quando o prefeito Ednaldo e a secretária de educação Geisa Novaes entraram na sala e ao se recusar a participar da ação, Andrea foi acusada de falta de educação pelo prefeito, que a chamou de “professora mal-educada”.
A situação se agravou quando a Secretária de Educação afirmou que iria advertir a professora. Indignada, Andrea ressaltou sua autonomia em escolher não se envolver em ações governamentais que não correspondem com seus princípios democráticos.
A ameaça de uma advertência por desacato a deixou se sentindo acuada e vulnerável diante de seus alunos, mas ela permanece firme em sua decisão de manter sua integridade e valores acima de qualquer pressão externa.
O presidente da APLB, Carlos Augusto, professor de profissão, denunciou a má conduta do prefeito ao humilhar publicamente uma professora em pleno exercício de suas funções. A APLB buscou esclarecimentos, mas a diretora da escola se recusou a colaborar. Em repúdio a esse comportamento, a APLB emitirá uma nota de repúdio, afirmou o professor.
O advogado Dr. Vagner destacou as violações legais cometidas pelo prefeito, como a violação do princípio da impessoalidade ao distribuir uniformes apenas este ano, além do possível abuso de poder ao utilizar a visita para fins políticos. Ele ressaltou ainda a conduta de abuso de autoridade e desrespeito ao estatuto da criança e do adolescente ao constranger a professora na frente dos alunos.
Dr. Vagner enfatizou que, na sala de aula, a autoridade máxima é a professora. De acordo com o advogado, o prefeito agiu de forma inapropriada, violando princípios da administração pública e cometendo possíveis crimes eleitorais, assédio moral e abuso de poder.
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