Para marcar oficialmente o lançamento do Termo de Execução Descentralizada (TED) da Rede de multiplicação e transferência de materiais propagativos de mandioca (Reniva), a Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária, realiza nesta quinta (2), a partir das 8h30, evento comemorativo com palestras e visita a estrutura de plantio de mandioca. Foram convidados autoridades das esferas federal, estadual e municipal, lideranças e representantes de instituições de pesquisa e universidades, técnicos e produtores da cultura.
Recentemente, a Embrapa foi contemplada com cerca de 1,6 milhão de reais liberados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) para a ampliação do Reniva para nove estados das regiões Norte e Nordeste (Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Paraíba, Rondônia, Roraima e Tocantins). O projeto, com duração de 24 meses, conta com apoio das Unidades da Embrapa nos estados contemplados.
A principal novidade do projeto é a construção de câmaras térmicas automatizadas em cada um desses estados, incluindo o Amapá, cujos plantios de mandioca nas áreas indígenas do Oiapoque vêm sendo dizimados por uma nova doença.
“A parceria com a Embrapa Mandioca e Fruticultura por meio do Reniva é uma estratégia do MDA de fortalecer as culturas que têm uma relação direta com a segurança alimentar da agricultura familiar do nosso país. Esse projeto vai atuar em vários estados, com destaque especial para as comunidades indígenas do norte do país. Por isso estamos muito confiantes que bons frutos aparecerão dessa parceria”, afirma Marenilson Batista da Silva, diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural do MDA, que vai estar presente no evento.
Para Aldo Vilar Trindade, chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia, o TED vem atender à visão que a Embrapa já tinha desenvolvido de ampliar a Rede Reniva. “Nessa estratégia envolvemos outras unidades da Embrapa, um ponto importante devido à capilaridade, às competências e aos seus conhecimentos regionais. Reniva é um trabalho de parceria sempre. Destaco o envolvimento da Bahiater [Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural] por meio do superintendente Lanns Almeida, que esteve na origem da provocação dessa oportunidade, o MDA, que agregou com a sua necessidade, a sua visão para cadeia da mandioca, e nós, Embrapa, que, tendo conhecimento e a visão do negócio do Reniva, estamos capitaneando, levando agora para outros estados, junto com outras unidades e outros muito bons parceiros”.
Baixo custo de manutenção
A tecnologia que utiliza a temperatura para gerar plantas mais sadias foi desenvolvida pelo Centro Internacional para Agricultura Tropical (Ciat), na Colômbia, e aperfeiçoada pela Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA). A câmara térmica é capaz de gerar, por meio da termoterapia, plantas de mandioca com alta qualidade fitossanitária, livres de patógenos sistêmicos, como vírus, bactérias e agentes que causam a podridão radicular.
A câmara térmica da Embrapa é uma estufa de aço galvanizado, toda coberta com plástico selado hermeticamente, que ocupa um espaço de 25 m².
Programação
Os coordenadores nacionais da Rede Reniva, os analistas de Transferência de Tecnologia Herminio Rocha e Helton Fleck, vão ministrar as palestras “TED Reniva: estratégia de implantação” e “Ações indispensáveis pós-tratamento de termoterapia”, respectivamente. Em seguida, será visitada à câmara térmica instalada na área experimental.
Fonte: Embrapa
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