Na manhã desta quarta-feira, 22 de maio, professores da rede municipal de ensino de Cruz das Almas se reuniram na Câmara de Vereadores em protesto contra o Governo Municipal, que não atendeu nenhum ponto da pauta de reivindicações da categoria. Esta é a segunda paralisação deliberada para cobrar o cumprimento do plano de carreira do magistério público.
Os professores reivindicam respeito aos direitos dos contratados (Lei Municipal 2487/2016), regência de classe para docentes com alunos deficientes, enquadramento 2024, redução de carga horária para professores das séries iniciais, e regulamentação da gratificação por aperfeiçoamento e desempenho inter-níveis (Lei Municipal 2173/2011).
O governo, além de tentar negociar de última hora para desarticular a paralisação, ameaçou com falta e até demissão dos professores contratados, caracterizando um assédio moral. A sociedade testemunha a forma truculenta com que os professores são tratados pelo prefeito e pela secretária de educação.
Diante desse cenário, a categoria deliberou um Dia D de mobilização para a próxima quarta-feira, 29 de maio, a fim de expor os problemas estruturais da educação e a falta de valorização da carreira. Os pais e responsáveis serão convidados a participar do movimento.
Outro ponto debatido foi a falta de adesão de alguns diretores escolares à paralisação, que foram criticados por se posicionarem como massa de manobra do governo. A APLB Cruz das Almas, representada pelo professor Carlos Augusto, afirma que a luta continuará enquanto o governo não negociar. “Todas as nossas reivindicações estão previstas em lei. Precisamos avançar,” disse o dirigente.
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