Que as espadas são pra lá de polêmicas, todo mundo já sabe. Que o tema divide a cidade em prós e contras, de fato é jornal velho.
E o novo site do www.JornalZero75.com.br se encarregou de trazer a público o tema espinhoso. Fizemos uma enquete, sem nenhum, cunho científico que trouxe apenas a realidade de uma parte das pessoas que acessam o nosso site.
Por respeito a todos, nós do que compomos o JornalZero75 decidimos escrever esse texto para externar sobre o que é a regulamentação das espadas.
O que precisamos entender é que a tradição das espadas de fogo não acabou. Tem muitas espadas sendo fábricas de maneira irregular que serão aprendidas, comercializadas e queimadas no período junino, de igual forma, irregular.
Em entrevista ao JornalZero75 (relembre clicando aqui https://corta.link/FKaJp ou assista à entrevista completa clicando aqui https://corta.link/iZz0W) o promotor da 1.ª vara do Ministério Público, Dr. José Reis falou sobre a questão da proibição da produção e queima de espadas, no entanto, a própria autoridade do Ministério Público da Bahia falou sobre a possibilidade de regulamentação das espadas de fogo.
E é justamente aqui que o JornalZero75 chama atenção da população. Principalmente de quem é contra as espadas de fogo.
Apesar de proibida a partir de 2011 a tradição secular de fabricar, comercializar e soltar espadas continua de forma clandestina e isso precisa ser admitido e acabar com a falsa impressão que o problema foi resolvido. Não foi!
Mas o que fazer para o adequar o censurável ao lícito? O que fazer para que a tradição seja mantida e aqueles que não apreciam as espadas não se sintam, de certa forma, coagidos, em alguns dias do nosso tão tradicional mês de Junho?
A regulamentação não é de forma nenhuma o retorno da condenável batalha ou guerra de espadas de forma desordenada em todos os cantos da cidade. Inclusive no centro comercial. Nem tão pouco, o fabrico irresponsável das espadas colocando em risco a vida de quem fabrica e vive próximo das casas das pessoas que fazem às espadas de fogo.
A regulamentação parte do princípio básico da organização desde do fabrico a venda e a substituição da condenável batalha ou guerra de espadas pelo espetáculo da queima de espadas. Em local seguro que só as pessoas que apreciam, equipadas com equipamentos de proteção individual, participem tanto da queima como do espetáculo.
É preciso atentar que hoje em dia o simples fato de participar dos festejos juninos é flertar com o erro, que é a execução da tradição de maneira ilícita. E tudo isso podemos exemplificar sinalizando as recorrentes ações policiais desde 2011 até a última noite (31 de maio para 1.º de junho) da alvorada da Estada de Ferro. Neste período atípico as forças policiais para cumprir a decisão judicial da proibição das espadas de fogo foram são sempre protagonistas por conta do trabalho de fiscalização das denúncias e apreensões posteriormente. Sabemos que esse não é o papel da briosa polícia em se tratando de um evento cultural. E, além disso, nem todo mundo que gosta das espadas de fogo são bandidos.
Sabemos que o romantismo e até a utopia podem permear essas palavras recheadas de boas intenções. Convictos também que estamos distantes do início da regulamentação das espadas de fogo, pela justamente equivocada insistência de uma parte dos amantes da tradição em jogar as espadas de fogo neste terrível processo de marginalização.
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