Reafirmando o compromisso com a proteção de um dos biomas mais ricos em biodiversidade do planeta, a Operação Mata Atlântica em Pé, realizada em 17 estados brasileiros, foi concluída nessa sexta-feira (27). Na Bahia, a operação abrangeu 20 municípios, do Extremo Sul ao Nordeste do estado, contando com a participação de equipes do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), do Ministério Público da Bahia (MPBA) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
A principal missão da operação foi combater o desmatamento ilegal na Mata Atlântica. Três equipes do Inema atuaram no campo, em parceria com a Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (COPPA) e a Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (CIPPA/Sul), realizando a fiscalização em áreas previamente mapeadas.
Eduardo Topázio, diretor de Fiscalização Ambiental do Inema, destacou que mais de 90% das áreas inspecionadas já estavam cadastradas no Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (CEFIR). “Foram fiscalizados mais de 100 alertas de desmatamento, abrangendo uma área superior a 300 hectares. Em cerca de 60% das áreas investigadas, identificamos a supressão de vegetação nativa com sinais de irregularidade. Nos locais onde foi constatado o desmatamento ilegal, lavramos autos de infração e determinamos a imediata paralisação das atividades.”
A operação contou com ações estratégicas, integrando tecnologias de monitoramento da cobertura vegetal para subsidiar as fiscalizações. Topázio ressaltou que os esforços e a expertise da equipe técnica do Inema estão constantemente aperfeiçoando as práticas de fiscalização, tanto na área de tecnologia da informação quanto nas inspeções de campo e análises dos atos autorizativos.
Miguel Calmon, coordenador de Fiscalização do Inema, reforçou que o uso de sensoriamento remoto é essencial nas operações realizadas periodicamente. “Nesta operação, utilizamos os alertas gerados pelo programa Harpia, desenvolvido pelo Inema, que se consolidou como uma das principais ferramentas de monitoramento florestal no estado”, afirmou. Além disso, a Polícia Federal complementou o monitoramento ambiental com o uso do sistema RedeMais e da plataforma MapBiomas.
A Mata Atlântica na Bahia
Na Bahia o bioma está distribuído nas regiões: Chapada Diamantina, Oeste, Litoral Norte, Baixo Sul, Sul e Extremo-Sul. O Estado, por meio do Inema, é responsável pela gestão de 45 Unidades de Conservação em toda a Bahia, distribuídas nos biomas Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Costeiro e Marinho.
Deste total, 25 são especialmente criadas com o intuito de, entre outras finalidades, proteger os recursos naturais da Mata Atlântica. São áreas que contam com uma gestão integrada e participativa, nos últimos anos podemos destacar os investimentos e trabalhos desenvolvidos no sentido de fortalecer a atuação dos Conselhos Gestores e para a elaboração/revisão de Planos de Manejo, assim como projetos socioambientais e parcerias com os moradores do entorno das unidades, entendendo a importância das práticas e do modo de vida dos povos e comunidades tradicionais nos processos de conservação e proteção deste bioma.
Fonte: Informe Baiano
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