Por jornalzero75 em 29 de setembro de 2024 às 13:27
Apesar de cada oito em dez candidaturas à prefeitura nos municípios baianos sejam masculinas, o que corresponde a 84%, em cinco cidades baianas a realidade é outra.
Em Itapitanga, Monte Santo, Mortugaba, Muritiba e Várzea Nova todas as candidatas ao Executivo são mulheres. De acordo com levantamento feito pelo jornal Correio com base em dados do TSE, que analisou as estatísticas das eleições de 2024, comparando o perfil das candidaturas com o cruzamento de informações de gênero, cargo e abrangência municipal.
A Bahia registrou esse ano 181 candidaturas femininas para ocupar a principal cadeira na gestão do município (16%). Mesmo com menos dinheiro para fazer campanhas, uma paridade ainda distante, o enfrentamento à violência política e as candidaturas ‘laranjas’ que os partidos tentam usar para burlar as cotas, a presença feminina conseguiu alcançar um salto de 31,9% em 2016 para 33,3% no último pleito. Em 2020, 663 dos mais de 5,5 mil municípios brasileiros elegeram mulheres.
Na Bahia, o pleito de Muritiba chamou atenção por ter cinco candidatas disputando os votos do eleitorado, ainda que uma delas, tenha sido considerada inapta pelo tribunal. Nas outras cidades, prevaleceram duas mulheres concorrendo. Em todo o estado, mais de 11 milhões de eleitores estão aptos a votar no dia 6 de outubro, mantendo a Bahia na posição de 4º maior colégio eleitoral do Brasil.
O número representa um aumento de 3,5% eleitores, em comparação às eleições municipais de 2020. O eleitorado feminino predomina: 52,43% são do gênero feminino (5.915.845), enquanto 47,57% (5.367.598) é do gênero masculino.
Por jornalzero75 em 29 de setembro de 2024 às 09:10
A Bahia ocupou a quarta colocação na lista de estados com mais casos de suicídio entre policiais militares do Brasil entre os anos de 2018 e 2022. Os casos envolvendo PMs totalizaram 21 no período, seguidos de policiais civis (3) e policiais penais (2). Os dados foram divulgados pelo Instituto de Pesquisa, Prevenção e Estudos em Suicídio (IPPES Brasil), por meio de dados oficiais através da Lei de Acesso à Informação (LAI). Entre PMs na ativa, São Paulo obteve 78 ocorrências do tipo, seguido por Minas Gerais (28) e Rio Grande do Sul (25).
Com 7,8%, a Bahia registrou também a segunda maior taxa de suicídio entre policiais penais no ano de 2022 em todo o país. O estado ficou atrás somente do Amapá, que lidera o ranking com 11,9%. Na taxa de suicídio entre policiais civis, o estado possui 1,8%, ficando atrás do Mato Grosso do Sul (10,4%), Santa Catarina (5,6%); Ceará (5,4%); Distrito Federal (3,3%); Pernambuco (2,1%) e Rio Grande do Sul (1,9%).
O estudo apresentou também os números de profissionais de saúde, entre eles, psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais em cada uma das forças policiais. Na PC, durante o período foram registrados 13 trabalhadores, sendo 6 psicólogos e 7 assistentes sociais. Já na PM, no período, 4 psiquiatras, 6 psicólogos e 2 assistentes sociais estavam na corporação.
Na polícia penal, somente 2 assistentes estavam atuando na autarquia. É importante lembrar que não houve números em casos de bombeiros, pois não houve registro na corporação, conforme o estudo.
IMPACTOS A médica psiquiatra, membro da Comissão de Prevenção do Suicídio da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Sandra Peu, explicou alguns dos fatores que podem concorrer para a ocorrência das tentativas de suicídio, a exemplo de estresse e acesso a armas por esses profissionais.
“Quando observamos características da população de profissionais de segurança, encontramos variáveis que concorrem para o aumento do risco de morte por suicídio, como ser um grupo com predomínio de homens (homens utilizam de meios letais mais violentos para autoextermínio), e ter acesso a meio altamente letal, as armas de fogo. Temos também um cenário de crescimento de violência urbana, o que aumenta o estresse laboral dos profissionais de segurança, baixos salários e desvalorização social dos policiais, o que pode comprometer o sentimento de pertencimento social e sentido da vida para o policial”, disse Peu.
A especialista observou também que algumas condições pessoais podem ter relação com o risco da prática.
“Todavia, mesmo partilhando da mesma realidade no cenário de trabalho, não será a maioria que tentará suicídio. Existem condições individuais que se relacionam com o risco. Sabemos que as pessoas que morreram por suicídio padeciam de alguma doença mental, mais frequentemente transtornos de humor, como depressão e transtorno afetivo bipolar, e transtornos devido ao álcool e outras drogas. O adoecimento mental, o mais relevante motivo para a tragédia do suicídio, decorre de múltiplos fatores, que vão desde características genéticas até constituição da personalidade e estressores sociais”, contou a médica.
Outra questão tratada é sobre a influência das mortes por suicídio sobre os colegas de trabalhos.
“Não é possível deixar de falar sobre o impacto das mortes por suicídio sobre os colegas de trabalho. Perder alguém por suicídio também é fator de risco para suicídio. Diante disso, é essencial que esteja assegurada aos profissionais de segurança pública assistência de pósvenção do suicídio como estratégia de política interna das instituições policiais”, revelou.
Sandra alertou ainda sobre a importância de tratar as enfermidades mentais e de realizar campanhas de conscientização.
“Tratar tão precocemente quanto possível as doenças mentais é a principal ação para reduzir o risco de tentativas e mortes por suicídio. Em se tratando de profissionais de segurança pública, é necessário que, além da redução do estigma sobre o adoecimento mental, o profissional não encontre prejuízo ao buscar o atendimento psiquiátrico. Mudanças nas normas internas que definem como as instituições tratam policiais mentalmente adoecidos são necessárias para assegurar a busca do tratamento psiquiátrico sem que haja perdas do meio de sustento e da segurança do policial e seus familiares. Campanhas que qualifiquem toda a corporação a identificar sinais de risco para suicídio, como mudanças de comportamentos, de conteúdo no discurso e de humor, além de reduzir a psicofobia, promovem maior capacidade de diálogo entre colegas de trabalho e apoio nas situações de adoecimento e crise”, completou.
Diretor do Departamento de Promoção Social da PM-BA, coronel César Albuquerque comentou algumas das ações de cuidado com a saúde mental dos agentes, promovidas no órgão.
“Os números não são nem alarmantes. É bom que se diga isso, mas em qualquer caso, até que fosse o único, nós estamos falando de vida. Então, é um valor que a gente não pode mensurar. É um valor que a gente tem que realmente priorizar. Então, por conta disso, eu posso dizer que cada caso é um caso, mas nós temos não só o serviço de acolhimento até dos familiares quando tem algum caso concreto que termina acontecendo, aí nós vamos também dar uma acolhida para os parentes e para os policiais. Nossos profissionais têm expertise para perceber e chamar os policiais para um acolhimento e trabalho específico que a gente tenha identificado. Fazemos isso também no interior e estamos ampliando as iniciativas desde o começo do mês. Temos também a intenção de criar um serviço de valorização militar”, apontou Albuquerque.
Caso você esteja pensando em cometer suicídio, procure ajuda especializada como o CVV (Centro de Valorização da Vida) e os Caps (Centros de Atenção Psicossocial) da sua cidade. O CVV funciona pelo telefone 188, e também atende por e-mail, chat e pessoalmente.
Por jornalzero75 em 28 de setembro de 2024 às 21:47
Dois jovens morreram e quatro pessoas ficaram feridas após um ataque a tiros em Paulo Afonso, na divisa da Bahia com Sergipe e Alagoas. O crime ocorreu perto de um bar, na localidade de BTN 3, na noite desta sexta-feira (27).
Segundo o G1, as vítimas que faleceram foram identificadas como Weverton Pereira da Silva, de 23 anos, e Wesley Sá da Silva Vieira, de 20. Entre os feridos está um adolescente de 13 anos, que foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade e já recebeu alta hospitalar. Não há informações dos outros três feridos.
A dona do estabelecimento informou que tinha saído do bar no momento do crime e que quando retornou já encontrou as vítimas baleadas. Até o início da noite deste sábado (28) não havia informações sobre a autoria e a motivação do crime.
Por jornalzero75 em 28 de setembro de 2024 às 15:47
O Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), anunciou um investimento de R$ 100 milhões para expandir o programa Conecta Bahia, que levará internet gratuita a 1.500 novos pontos em todo o estado nos próximos três anos. A iniciativa, publicada no Diário Oficial do Estado neste sábado (28), visa reduzir a desigualdade digital, priorizando povos originários, comunidades tradicionais, povoados e distritos.
Atualmente, o programa já oferece 375 pontos de conexão em mais de 180 municípios baianos, democratizando o acesso à internet e promovendo inclusão digital. O Conecta Bahia permitirá que os cidadãos acessem serviços públicos online, realizem cursos gratuitos, estudem, empreendam e se conectem com o mundo.
O secretário da Secti, André Joazeiro, destacou o impacto social do programa, que oferece internet gratuita para populações que não têm condições de pagar por um pacote de dados. Ele também celebrou a prioridade dada a aldeias e quilombos na nova fase de expansão.
A seleção dos locais para a instalação dos novos pontos de Wi-Fi será baseada em critérios como densidade populacional, indicadores socioeconômicos e as demandas das comunidades. A Secti também incentivará a participação local para garantir que as necessidades de cada região sejam atendidas.
Segundo Murilo Serafim, coordenador de Infraestrutura de TI da Secti, o Conecta Bahia oferece aos cidadãos a oportunidade de acessar serviços públicos, realizar cursos do Programaê e até mesmo fazer teleconsultas, proporcionando diversas possibilidades para as comunidades beneficiadas.
O Conecta Bahia integra o Programa Bahia Mais Inovadora e é uma ação executada pela Secti.
Por jornalzero75 em 28 de setembro de 2024 às 15:43
Uma multidão reunida por familiares, amigos e pessoas que se comoveram com a morte de Helmarta Sousa Santos Luz, de 38 anos, tomou as ruas de Valença, baixo sul da Bahia, na manhã deste sábado (28/09).
Imagens enviadas ao Informe Baiano mostram o momento da homenagem na cidade, onde é possível ver pessoas com balões de cores amarelas em mãos, acompanhando o veículo que leva o corpo de Helmarta, que será sepultado em Mutuípe.
A vítima, carinhosamente chamada de “Martinha” foi vista pela última vez na terça-feira (24/09), após sair de casa em Valença, para trabalhar. O ex-marido dela, identificado como Carlos Mendes dos Júnior, confessou o crime e afirmou ter jogado o corpo da vítima na Ponte do Funil, em Itaparica.
Antes de o corpo ser encontrado, a família chegou a fazer um apelo ao IB pedindo para o estado enviar reforços de equipamentos, porque eles estavam sem apoio.
Crime
O delegado José Raimundo Neri, coordenador da Polícia Civil de Valença, explicou que Carlos Mendes dos Júnior disse que matou a ex-companheira com uma corda por volta das 15h da terça-feira. Ainda segundo ele, o corpo da vítima foi colocado no porta-malas do carro e, na sequência, jogado da Ponte do Funil, em Itaparica, na Região Metropolitana de Salvador. Carlos Mendes teve o mandado de prisão temporária cumprido e está à disposição da Justiça na delegacia de Valença.