Um acidente deixou pelo menos oito mortos após um ônibus tombar em um trecho da BR-101 de Teixeira de Freitas, no Extremo Sul baiano. O fato ocorreu na madrugada desta quinta-feira (11) com um ônibus da empresa RM Viagens e Turismo, na altura do km 885.
O veículo teria colidido com um barranco e tombou na rodovia. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Bahia, outros 23 passageiros ficaram feridos e foram levados para hospitais da região.
Ainda segundo a PRF, o veículo tinha saído do Rio de Janeiro e seguia para Porto Seguro, na Costa do Descobrimento, com 34 pessoas. Não há mais informações sobre o estado de saúde dos feridos. Equipes do Samu e do Corpo de Bombeiros seguem em apoio à ocorrência.
O deputado estadual Pedro Tavares (União Brasil), repudiou a perda dos voos regionais e a dificuldade que os cidadãos têm para viajar de avião para o interior da Bahia.
Em pronunciamento na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), o parlamentar manifestou repúdio com a suspensão dos voos diretos para as cidades baianas e os preços abusivos das passagens. Recentemente, a Voepass Linhas Aéreas anunciou a suspensão dos voos para os destinos de Lençóis, Teixeira de Freitas, Paulo Afonso, Barreiras, Vitória da Conquista e Guanambi, “devido à uma reestruturação em sua malha aérea”.
“Muitas vezes, o cidadão que deseja viajar de avião para Vitória da Conquista tem que fazer conexão em outro estado, indo para Confins (BH) ou Guarulhos (SP), ou seja, um voo que teria duração de 45 minutos, acaba sendo de seis horas. Isso é um absurdo inexplicável”, exemplificou.
O deputado estadual enfatizou que, além da dificuldade referente aos deslocamentos, que acontece muitas vezes, somente por meio de escalas, os valores dos bilhetes são “exorbitantes”.
“O preço de uma passagem para Conquista, muitas vezes é o mesmo cobrado para o exterior. Quero deixar aqui o meu repúdio a essas práticas das empresas aéreas, de reduzir cada vez mais os voos para o interior e também pelos preços das passagens. Pedimos a sensibilidade dos Governos estadual e federal para que atentem para essa situação, pois a Bahia não pode ficar sem os voos regionais”, afirmou.
Após investigações da Polícia Civil de Nazaré dando conta que traficantes de drogas integrantes da Facção Criminosa Katiara estariam instalando câmeras clandestinas de monitoramento, foi planejada e desenvolvida ação policial conjunta com Policiais Militares lotados na 3ª CIA PM em Nazaré.
De acordo com as investigações, as instalações das câmeras foi determinado pelos traficantes que lideram a mercancia de entorpecente no bairro ApagaFogo de iniciais RSS, com numeração no Estatuto da Katiara 144 e AJM com numeração no Estatuto da Katiara 1550.
As câmeras serviriam para fiscalizar moradores e monitorar a atuação das forças de segurança, inclusive a aproximação de policiais e viaturas nos pontos de comercialização de entorpecentes.
Durante a ação policial, foram apreendidas câmeras de segurança que estavam localizadas e instaladas em pontos estratégicos nos postes de iluminação, com furto de energia, ou seja, o famoso “gato”.
As câmeras foram apreendidas e serão encaminhadas para perícia técnica. O traficante de drogas que determinou a instalação das câmeras já foi identificado pela Polícia Civil de Nazaré e responderá a Inquérito Policial pelos crimes praticados.
As investigações seguem no objetivo de confirmar a suposta central de monitoramento, bem como identificar as pessoas que dão esse suporte técnico e logístico ao crime.
O tenente-coronel Hildon Lobão, um dos policiais militares citados no processo da Operação El Patron e seu desdobramento através da operação Hybris, que desarticulou uma estruturada e sofisticada Organização Criminosa (Orcrim) especializada na lavagem de capitais advindos de jogos de azar, agiotagem, receptação qualificada, entre outras infrações penais, atuante em Feira de Santana e cidades circunvizinhas, esteve nos estúdios do Acorda Cidade na manhã desta quarta-feira (10), para comentar sobre a citação de seu nome, bem como notícias que foram veiculadas a seu respeito.
Durante a entrevista, o tenente-coronel, falou sobre a sua relação com o deputado estadual Binho Galinha, e de acordo com ele, não tinha conhecimento de informações que envolviam o nome do deputado na prática de crimes, e sua relação com Binho Galinha era apenas de conhecidos e com quem negociou a compra de um terreno.
À princípio, Hildon Lobão explicou como recebeu a informação de que a Polícia Federal estaria com um mandado de busca e apreensão em sua residência, em Feira de Santana.
“Eu trabalho em Salvador atualmente porque sou Coordenador de Direitos Humanos e estava em meu apartamento, me vestindo, quando de repente minha esposa me liga nervosíssima dizendo que a Polícia Federal estava lá em um mandado de busca e apreensão. Automaticamente tirei minha farda, me dirigi para Feira de Santana o mais rápido possível e ao chegar aqui, fomos ao escritório dos advogados para tentar entender o que tinha acontecido. Não sabíamos do que eu estava sendo acusado. Fizemos a procuração, os advogados deram vista aos autos e pasme, a única coisa que tem nos autos foi sobre uma venda de um terreno pelo deputado Binho Galinha ao casal José Hildon e Kátia Cilene”, disse.
Compra de terreno
Segundo o tenente-coronel, a compra de um terreno, realizada através de uma negociação com o deputado Binho Galinha teria sido uma das motivações para que fosse um dos alvos da Operação Hybris. Porém, a documentação, bem como o pagamento foram realizados legalmente.
O tenente-coronel também pontuou que a negociação da área adquirida teria acontecido de forma parcelada e em espécie.
“Eu estou comprando um terreno no valor próprio, pago propriamente, documentado e se eu estivesse comprando alguma coisa errada, eu colocaria no meu nome e no nome da minha esposa? Então, para a minha boa fé, eu pratiquei o ato correto e legal. O terreno é documentado, tem escritura pública. Paguei em espécie e dividido. Desde quando você pagar em espécie significa que você quer fazer ocultação? Aonde está escrito no ordenamento jurídico pátrio que comprar em dinheiro ‘vivo’ na expressão popular, é cometimento de crime ou se quer ocultar qualquer coisa para a Polícia ou para a Receita Federal? Esse valor foi dividido, não tínhamos esse dinheiro completo e na negociação foi dito ao deputado Binho que seria dividido e quando chegasse a data do vencimento, às vezes tínhamos que tomar emprestado com outros amigos para quitar esse débito. Em Feira de Santana todo o comércio tem uma praxe, quando paga em dinheiro é X, paga em cartão é X e Y e quando paga em cartão de crédito é X, Y e Z. Então, tem que prender Feira de Santana”, contou.
Outro ponto mencionado na operação deflagrada na terça-feira (9), foi que através dos alvos investigados, notou-se através da Receita Federal uma incompatibilidade de renda dos investigados com as suas contas bancárias.
Questionado sobre esta afirmação, José Hildon enfatizou que o seu faturamento mensal é fruto de outras funções que exerce, sendo sócio de uma empresa de granitos junto à esposa, além da comercialização de animais.
“Renda incompatível não. Eu sou casado, minha esposa tem a empresa dela onde somos sócios e toda movimentação financeira é feita através de minha conta, a compra do granito é feita através do meu cheque. Ontem, quando os prepostos da Polícia Federal estiveram em minha casa, eles levaram todos os comprovantes de transferência PIX da conta da empresa para a minha conta, está lá comprovado. Hoje inclusive, vamos solicitar à empresa que nos vende o granito a cópia dos cheques. Toda a movimentação financeira é feita através da minha conta. Sou policial militar, mas em paralelo à isso eu sou médico veterinário e eu atendo, eu sou administrador, sou advogado, em paralelo à isso eu sou sócio da minha esposa, crio cavalos e vendo potros. E em paralelo à isso eu vendo carneiro e bode em Morro do Chapéu, onde vendo para abate. Eu tenho que correr atrás, eu não sei roubar. A empresa é de mármores, granito, móveis planejados”.
Durante o mandado de busca e apreensão realizado na residência do tenente-coronel da Polícia Militar foram levados, conforme ele, documentos do terreno negociado com o deputado federal Binho Galinha, a documentação da residência em Feira de Santana e mais alguns arquivos.
Relação com Binho Galinha
Outro fator mencionado pelo tenente-coronel Lobão foi a sua relação com o deputado Binho Galinha, também alvo da Operação El Patron. Segundo o agente público, qualquer convivência direta com Binho Galinha teria sido por questões administrativas quando ainda era comandante da 67ª Companhia Independente da Polícia Militar, no ano de 2022.
“Eu não tenho bola de cristal para saber tudo o que acontece em Feira de Santana e pra saber quem está lavando dinheiro ou quem está cometendo crime. Eu sou da área operacional, não de inteligência. Sobre Binho Galinha, quem aqui não conhece Binho Galinha? Eu conheci Binho Galinha em 2022, na campanha dele quando eu comandava a 67ª CIPM e ele necessitava de liberação de motociata, cavalgada. Minha relação era sempre essa, mas nunca andei em bar, festa com Binho. Fui duas vezes em sua casa para levar partes vencidas do terreno em espécie a ele, mas relação de proximidade, negativo”.
Afastamento
Atualmente afastado do cargo de Coordenador do Departamento de Polícia Comunitária e Direitos Humanos da Polícia Militar da Bahia, Lobão disse que aguarda a confirmação do período que estará sem desenvolver as atividades na capital baiana, mas que espera que o afastamento seja temporário.
Ainda conforme o tenente-coronel, o vazamento do seu nome como alvo da operação teria sido “direcionado a prejudicá-lo”, e que a sua vida pública baseada em honestidade e legalidade pode gerar inveja e ciúme de terceiros.
“O afastamento não se refere se é temporário. Creio junto com os advogados já que no processo não tem sentença, não tem uma prova cabal de que eu estaria participando de uma milícia, que deva ser temporário. A coisa foi tão perversa que disseram que eu estava em casa e que eu tinha sido conduzido e até preso. Mas eu não fui conduzido ou preso. Eu estava em Salvador e fui à Feira de Santana. A coisa foi tão direcionada a prejudicar o meu nome, minha boa imagem, minha boa forma porque sou respeitado em Feira de Santana daquilo que eu fui e que sou, dentro da legalidade, da honestidade dentro de todos os princípios legais que um agente do estado tem que proceder. Todo lugar tem inveja, todo lugar tem pessoas que são despeitadas. Sou trabalhador, sou homem que gosta de estar na rua defendendo a sociedade. Eu me preparei o tempo todo, fui estudar a área jurídica para ser um bom oficial. Sou trabalhador e isso gera inveja, ciúme”, disse.
Um médico foi preso na cidade de Irecê, no norte da Bahia, na terça-feira (09/04), por suspeita de tráfico internacional de drogas. A ação ocorreu durante uma operação deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Ceará, que comprimiu mandados em diversas cidades do Brasil.
O homem foi identificado como Diego Roque Martins, de 36 anos. Conforme a Polícia Civil, ele foi encontrado dentro da casa onde vivia na cidade.
Ainda segundo a corporação, além do mandado de prisão preventiva, expedido pela Justiça de Fortaleza, também foi cumprido um mandado de busca e apreensão na casa do médico. Sendo assim, o carro do acusado e aparelhos eletrônicos foram apreendidos.
Diego Roque segue preso em Irecê nesta quarta-feira (10/04). Ele vai passar por audiência de custódia online.