Para tratar questões relacionadas com o Programa de Jovens da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica na Bahia, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) participou nesta quinta-feira (18/4) de uma reunião entre a Secretaria do Meio Ambiente do governo da Bahia e a representante da UNESCO María Rosa Cárdenas, especialista em Programas Associados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
Considerado uma referência nacional, o Programa de Jovens da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA) estabelece uma estrutura geral para melhorar o desenvolvimento socioeconômico dos jovens que vivem na região, estimulando o engajamento na luta pela Conservação da Biodiversidade, pelo Desenvolvimento Sustentável e pelo Apoio à Educação, Ciência e Pesquisa – os três princípios básicos das Reservas da Biosfera.
De acordo com Deyvid Bacelar, coordenador geral da FUP, os projetos desenvolvidos pelo Comitê Estadual da RBMA/UNESCO reforçam o caráter de conservação, preservação e educação ambiental tão fundamentais para a transição energética que será realizada nos próximos anos.
“É importante trazer para o centro desta iniciativa uma das mais relevantes instituições globais, reconhecida pela atuação junto aos governos de diversos países, na preservação do patrimônio histórico e do patrimônio natural”, destacou Bacelar, lembrando que, no Brasil, a Unesco, por meio do Programa MAB (O Homem e a Biosfera, em inglês) foi a responsável pela criação de sete reservas da Biosfera voltadas à conservação em grande escala, abrangendo grandes territórios, representativas de biomas e regiões biogeográficas.
“Em todo o litoral brasileiro, a Reserva da Mata Atlântica é o bioma mais severamente degradado, desde a colonização, devido ao grande adensamento populacional destas áreas. Precisamos que a sociedade civil organizada pressione o estado para que sejam garantidos os recursos necessários para as Unidades de Conservação Ambiental e para os Postos Avançados da RBMA/UNESCO, espalhados por todo esse imenso litoral”, avaliou Bacelar.
Para o coordenador da FUP, a situação não é diferente quando observamos atentamente o litoral que banha os estados situados no Norte do nosso país, notadamente na faixa litorânea convergente com a Margem Equatorial, onde estão sendo realizadas pesquisas em torno de uma grande bacia petrolífera.
“Ali, como em todas as regiões, somos favoráveis em compatibilizar o desenvolvimento regional e a transição energética, justa e solidária, com esta pretensão exploratória. Queremos que a Petrobras possa atuar em absoluta harmonia com o ambiente ecologicamente equilibrado, com os órgãos de fiscalização e controle ambiental, e com a sociedade civil organizada”.
Bacelar disse ainda que, no Centro Oeste, onde a Petrobras pretende dinamizar a sua atuação na produção de biocombustíveis e de fertilizantes, em convergência com interesses do agronegócio, a FUP é favorável a iniciativas ambientais convergentes com a Reserva da Biosfera da Caatinga.
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