Reflexão Por: Ygor Coelho

História de Sucesso: Antônio Paranhos

Por: Ygor da Silva Coelho 

Tenho escrito sobre histórias de sucesso de pessoas que chegaram ao topo na nossa cidade, depois muita luta, trabalho e sacrifício. Gente fora do comum, homens e mulheres notáveis que geram centenas de empregos, fazem girar a economia e servem de exemplo. 

Mas sucesso também é viver com entusiasmo, disseminar alegria, servir ao próximo, fazer as coisas com o coração e deixar boas marcas. Hoje tive a felicidade de conversar com ANTÔNIO PARANHOS, um cidadão que é referência na cidade pelas virtudes acima citadas. 

Proprietário da loja que leva o seu nome, a PARANHOS ARTESANATOS tem o  mais diversificado e o maior estoque de artesanatos que já vi em minhas andanças pelo Brasil e pela América do Sul. Não direi no mundo, porque nunca fui aos Estados Unidos e nem à Europa, mas na América do Sul, que percorri e me detive em todos os países, jamais vi igual.  Nunca vi reunida tamanha expressão cultural de um povo. Uma riqueza! 

A Paranhos Artesanatos é um deslumbramento para os olhos, com os seus coloridos e incríveis seis mil ítens. Seis mil ítens!  À alegria de ver tanta arte reunida, acrescente-se a presença do seu proprietário ANTÔNIO PARANHOS, um homem que aprendeu na vida a admirar artesanatos, a comprar, vender e conquistar clientes. 

Os milhares de artigos da Paranhos se devem à confessada compulsão de Antônio para compras e à sua sensibilidade para admirar o que é belo. 

Enquanto converso com ANTÔNIO PARANHOS o telefone toca, são artesãos de Minas Gerais, Ceará e Pernambuco, oferecendo seus trabalhos. Não sei se ANTÔNIO PARANHOS tem controle de estoque, mas a compulsão o faz comprar mais e mais. Ouço parte do diálogo, quando ele atende uma ligação de Pernambuco: 

–  Você é neto do Mestre Vitalino, de Caruaru? De Alto do Moura? Tenho interesse, sim! Você tem catálogo? Mande, sim! 

E vai crescendo o estoque que reúne figuras e cenas que remetem ao sertão brasileiro e ao resto do Brasil: vasos, frutas, flores, animais, figuras típicas, baianas, conversadeiras, vaqueiros, cangaceiros, Lampião, Maria Bonita e por aí vai… São muitos anos de dedicação total, uma diversidade que nem todo museu reúne. 

Quando Paranhos termina a conversa com o descendente do Mestre Vitalino, comento que no Museu do Louvre, em Paris, há um espaço reservado para a arte em barro do artista pernambucano. A mesma arte que ANTÔNIO PARANHOS reúne para qualquer um ver, sem precisar viajar. Pena que muitos dos meus conterrâneos não sabem que ali está a arte maior de Caruaru-PE, ali está uma sala do Louvre. Bem ali na Rua Cícero Nazareno, centro de Cruz das Almas-BA.

Admirar o artesanato da Paranhos, a reprodução do patrimônio material e imaterial do Nordeste e conversar com ANTÔNIO PARANHOS me fez ganhar o dia. Saí da sua loja feliz e meditando que felicidade não se compra, mas pode ser adquirida no contato com pessoas extraordinárias, como ANTÔNIO PARANHOS. Um ser querido, admirado e com uma bela história para registrar.

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