Reflexão Por: Ygor Coelho

Histórias de Sucesso:   Roberto de Almeida Santos

      

Anos atrás, o jornal Tribuna da Bahia trazia semanalmente uma coluna aguardada com expectativa. Era a descrição da trajetória de sucesso de pessoas simples, muitas de pouquíssimos recursos, que com inteligência e determinação alcançaram posições de destaque. Não apenas economicamente, mas, sobretudo, por contribuir para a sociedade e para construir um mundo melhor.  

Uma das histórias descritas foi a do jovem estudante que veio do Rio Grande do Sul conhecer o carnaval da Bahia. Para o seu sustento em Salvador, e obter o dinheiro para participar no desfile de um famoso bloco carnavalesco, decidiu vender sanduíches na porta de um shopping. O seu sanduíche tinha um diferencial, fez tanto sucesso que o jovem se fixou na Bahia e terminou dono de uma rede de “fast-food”. 

Em Cruz das Almas-BA reside um outro exemplo de determinação, que faz lembrar o livro “Você é do tamanho do seu sonho”. 

ROBERTO DE ALMEIDA SANTOS foi para São Paulo em busca da sobrevivência na década de 60 do século passado. Nada no bolso ou nas mãos, sem lenço e sem documento, como diz a velha canção. No meio da estrada, ainda em Governador Valadares-MG, o dinheiro já tinha acabado. Mas, perseverante por natureza, seguiu caminho para o destino planejado. 

Em São Paulo, conseguiu trabalho na fábrica de bicicleta Monark, depois na indústria de baterias automotivas Durex. Os empregos lhe trouxeram a convicção de que não construiria o futuro ali trabalhando. Foi quando teve um “insight”, aquela inspiração que surge inesperada e misteriosamente: Roberto teve a ideia de vender… sapato. Mas por que sapato? Havia descoberto que o sapato possuía uma boa margem de lucro. Comprou dois pares. Novos! Na caixa! E revendeu. E foi vapt-vupt! 

Já que era fácil a revenda, fez estoque de sapato. Para completar o figurino, começou a vender roupa! 

Roberto viu que tinha vocação para o comércio e virou ambulante. Onde havia obra, construções, alojamento se apresentava com seus produtos. Fez economia! Com a economia conseguiu comprar um Opala Chevrolet de terceira mão, depois evoluiu para um fusca de segunda. Um dia investiu num terreno na Bahia. 

O visionário tem um diferencial dos homens comuns. O terreno na Bahia virou um galpão, que se transformou num mercado, depois num supermercado e agora no Hipermercado São Paulo, possivelmente o mais bem estruturado do interior da Bahia. Vinhos e frutas da terra e importadas, espaço gourmet, panificadora… Interessante ver que pães muitos padeiros sabem fazer, mas Roberto trouxe um padeiro-confeiteiro de Barcelona (Espanha), que já havia transitado por Salvador e que conhecia as preferências do consumidor baiano. 

Que lições se pode tirar de um idealista? Ao conversar com Roberto não se enxerga problema, vê soluções. Roberto não se perde em divagações. Roberto nunca leu o guru Peter Drucker, mas tem consigo os princípios ditados pelo pai da Administração Moderna: “Se você quer algo novo, precisa parar de fazer algo velho!” 

Roberto hoje gera cerca de 300 empregos diretos e indiretos. É um homem objetivo, centrado, curioso, otimista! É um apaixonado pelo que faz. Como Peter Drucker! Como todo vencedor!

     Por: YGOR DA SILVA COELHO

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