Bahia

Projeto TPM percorre 11 escolas em 8 cidades da Bahia e passa por Cruz das Almas.

Durante sete dias intensos, o projeto TPM — Tempo para Meninas — realizou 16 encontros em 11 escolas de 8 localidades do interior da Bahia, percorrendo mais de 1.000 quilômetros. A iniciativa, liderada pela missionária Gabriela Brandão, tem como objetivo conscientizar adolescentes sobre temas ligados ao universo feminino e combater a pobreza menstrual em comunidades vulneráveis. Cruz das Almas foi uma das cidades que recebeu a ação.

Além da distribuição gratuita de absorventes reutilizáveis e livros da autora best-seller Joyce Meyer, o projeto promove rodas de conversa, palestras educativas e momentos de escuta. Os encontros contam com a participação da médica Virna Correia, que explica o funcionamento do ciclo menstrual, e com a própria Gabriela, que conduz reflexões sobre autoestima, abuso sexual, gravidez precoce e o valor da mulher.

Segundo Gabriela, o impacto emocional das histórias compartilhadas pelas meninas é profundo. “Mais que cansaço físico e rouquidão, voltei pra casa com um cansaço na minha alma. Abracei e orei por tantas meninas que parece que minha vitalidade foi sugada. As dores invisíveis, o choro entalado… Mas faria tudo de novo!”, escreveu em suas redes sociais.

A pobreza menstrual é um problema global. A ONU reconhece, desde 2014, o acesso à higiene menstrual como um direito básico de saúde pública. No entanto, a realidade ainda está longe do ideal. No Brasil, quatro em cada dez meninas já faltaram à escola por não terem absorventes disponíveis, segundo levantamento do UNICEF. Em muitos casos, o constrangimento e a falta de informação agravam a exclusão social dessas adolescentes.

Gabriela Brandão é natural de Aracaju (SE), advogada de formação e missionária por vocação. Após abandonar a carreira jurídica em 2019, passou a se dedicar integralmente ao ministério. A ideia do projeto nasceu durante uma missão na Zâmbia, na África, onde ela teve contato direto com a pobreza menstrual e viu como ações simples podem transformar realidades.

De volta ao Brasil, Gabriela decidiu adaptar a experiência africana ao contexto brasileiro e fundou o TPM com o apoio do Instituto Chad Daniel, do qual é presidente. Com ajuda de parceiros nacionais e internacionais, ela vem levando dignidade, conhecimento e fé a centenas de meninas no Nordeste brasileiro.

Para escolas interessadas em levar o projeto TPM, o contato pode ser feito pelo e-mail: gjbrandao@gmail.com

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