Carlos Eduardo do Sacramento Marques Santiago de Jesus e Thais Pacheco da Costa tiveram a prisão preventiva decretada nesta quarta-feira (18) pela Vara dos Feitos Relativos a Delitos de Organização Criminosa de Salvador. A decisão foi tomada com base na necessidade de garantia da ordem pública, segundo a Justiça, após a dupla deixar o município.
De acordo com informações do B News, os dois são investigados pela operação que revelou desvios e lavagem de dinheiro destinados a pessoas em situação de vulnerabilidade. Uma audiência de instrução e julgamento foi marcada para o dia 18 de fevereiro de 2025.
Denúncia de desvios
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) aponta que os jornalistas Marcelo Castro e Jamerson Oliveira, atualmente na TV Aratu, seriam líderes do esquema. Eles e Lucas Costa Santos são acusados de se apropriar de R$ 407.143,78, cerca de 75% dos R$ 543.089,66 arrecadados em 12 campanhas realizadas na televisão.
O juiz Cidval Santos Sousa Filho, responsável pelo caso, rejeitou o pedido de absolvição sumária feito pela defesa dos acusados. Em sua decisão, o magistrado destacou que há “robusta comprovação incipiente” de materialidade e autoria dos delitos atribuídos aos réus. Segundo ele, os indícios justificam a continuidade do processo e a rejeição do pedido de arquivamento.
Citação do juiz
“No juízo de prelibação próprio deste momento processual não há dúvida da existência suficiente de indícios de materialidade e de autoria de todos os delitos imputados aos réus. Em que pese a defesa deduza impugnação concernente à adequação típica das figuras imputadas a si, certo é que, no juízo de prelibação possível a esta altura, há robustos elementos de convicção que indiciariamente ligam os réus à prática de todos os delitos em testilha, sendo impossível neste momento tanto a rejeição da denúncia”, afirmou o juiz.
O caso segue em investigação e julgamento, mantendo o foco na apuração de desvios milionários de recursos que deveriam atender pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Fonte: Blog do Valente
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