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Dezembro: Feira de Santana registra 12 homicídios até agora, mas delegado aponta redução geral dos casos

O início do mês de dezembro foi marcado por uma onda de homicídios em Feira de Santana, com um total de 12 assassinatos registrados até o momento, segundo a Polícia Civil. Os dias mais movimentados dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) foram: entre os dias 1º e 2, três assassinatos foram contabilizados, incluindo dois casos envolvendo mulheres em menos de 24 horas. No fim de semana seguinte, entre 6 e 8 de dezembro, outros seis homicídios ocorreram nos bairros Asa Branca, Calumbi, Conceição, Gabriela e Mangabeira, registrando uma onda de violência nos primeiros dias do mês.

Apesar do cenário preocupante, o coordenador da 1ª Coorpin (Coordenadoria Regional de Polícia do Interior) de Feira de Santana, delegado Yves Correia, destaca que os números representam uma redução significativa em relação ao mesmo período do ano anterior. 

“Na verdade, não saiu do controle, inclusive está em redução ainda, por incrível que pareça, são números desafiadores, mas segue em redução ainda Feira de Santana. É uma redução expressiva, inclusive, com margem de mais de 40 homicídios comparado com o ano passado”, declarou.

Segundo o delegado, boa parte das vítimas possui envolvimento direto ou indireto com atividades criminosas, o que é refletido em rivalidades entre facções criminosas.

“O que a gente percebe é grupos criminosos rivalizando o tempo todo, diversos jovens envolvidos no crime, inclusive, algumas mulheres também envolvidas com a criminalidade. Percebe-se um aumento, desses adolescentes envolvidos tanto em atos infracionários análogos ao crime de homicídio, de tráfico, e ao mesmo tempo, a gente percebeu que algumas das vítimas, inclusive, eram autores de diversos outros homicídios”.

Yves Correia também destacou a crueldade que muitos grupos criminosos têm usado para demonstrar força na disputa entre as facções e intimidar seus rivais.

“Certamente os grupos criminosos atuam de forma cruel. Isso não é segredo para ninguém. Até para exemplo, em posição de força, eles começam a agir com crueldade com suas vítimas. Às vezes, a pessoa morta fica sendo vilipendiada, eles mostram em redes sociais, em vídeos, etc. Então é por isso a importância de fato de retirar esses indivíduos de circulação, uma vez que são pessoas extremamente perigosas e que já perderam o total sentido, eu digo, da vida humana e podem fazer com qualquer pessoa”, afirmou o delegado.

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