A Polícia Militar de São Paulo (PMSP) determinou o afastamento do capitão Diogo Costa Cangerana, ex-chefe de segurança do governador Tarcísio de Freitas. O oficial foi preso pela Polícia Federal na terça-feira (26), acusado de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro associado ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
A prisão ocorreu no âmbito da Operação Tai-Pen, que desarticulou três fintechs suspeitas de movimentar R$ 6 bilhões para a organização criminosa nos últimos cinco anos. Segundo as investigações, Cangerana teria atuado na abertura de contas usadas para lavar dinheiro proveniente do tráfico, com transações que chegaram a R$ 120 bilhões.
O afastamento de Cangerana, decretado pela Diretoria de Pessoal da PM, é válido desde a data da prisão preventiva. O oficial, que ocupou cargos na Casa Militar por mais de 12 anos, chefiava a segurança de Tarcísio de Freitas até setembro deste ano. Atualmente, estava lotado no 13º Batalhão de Polícia Militar, responsável pelo policiamento na região da Cracolândia, no Centro de São Paulo.
A Operação Tai-Pen foi conduzida com autorização da 7ª Vara Criminal Federal. Durante as investigações, apurou-se que Cangerana participou de ao menos 25 agendas oficiais do governador. Entre elas, destacam-se uma viagem a Portugal, em junho, para promover ações da Sabesp, e encontros em Brasília com autoridades como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL); e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux e Roberto Barroso.
A Polícia Militar e o governo estadual ainda não se manifestaram sobre o caso.
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