Professores do Instituto de Educação Gastão Guimarães, em Feira de Santana, se uniram em uma carta aberta apontando uma suposta “liderança tóxica” da diretora da unidade, afastada após a repercussão da reclamação da mãe de um aluno com seletividade alimentar. Os docentes pedem a apuração de um suposto modus operandi de supressão de direitos, de casos de assédio e até mudanças nas notas de avaliações escolares.
O Instituto de Educação Gastão Guimarães virou alvo de notícias depois que a pedagoga Carla Araújo, mãe de um jovem do espectro autista, relatou nas redes sociais que seu filho tem seletividade alimentar, mas foi proibido de consumir na escola o lanche levado de casa, mesmo com o relatório do neuropediatra apresentado. No relato, ela conta que além de ser proibido de se alimentar com a refeição feita em casa, o menino não tinha provas adaptadas para o espectro autista, foi excluído de atividades coletivas e não foi apresentado ao Plano Educacional Individualizado (PEI).
A carta dos professores afirma que há 11 anos a instituição está sob a “liderança tóxica” da gestora, que gera “consequências para a saúde emocional e o bem estar da comunidade escolar”. Além do tratamento ríspido já relatado por Carla anteriormente, o texto acrescenta à gestora escolar supostas condutas de assédio moral, modificação de atas do conselho de classe, venda de fardamento diferente do oferecido pela Secretaria de Educação e ainda a não divulgação da prestação de contas à comunidade escolar. A gestora é Alfreda Xavier, há mais de uma década à frente da instituição. A reportagem entrou em contato com ela, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria.
No texto, os professores afirmam que não compactuam com o modelo de gestão exercido pela diretora na instituição e pedem ao governo do estado que apure as denúncias. O coletivo de docentes finaliza afirmando que a expectativa do corpo é que a pasta e o Núcleo Territorial de Educação do Portal do Sertão (NTE 19) atuem “como guardiões da educação pública de qualidade, pautada nos princípios de transparência e da gestão democrática”.
Procurada pela reportagem, a Secretária de Educação da Bahia informou apenas que o já adotou as medidas necessárias no caso de estudante com seletividade alimentar e que abriu um processo para apuração. A pasta confirmou o afastamento da diretora, detalhando o que vice-diretor está à frente da gestão.
Fonte: Metro1
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