Brasil Política Política Nacional

“Bolsonaro sabe as pressões que está sofrendo”, diz Mourão sobre Petrobras

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) justificou, na manhã de terça-feira (24/5), a nova troca na presidência da Petrobras. Segundo o general, só o mandatário do país, Jair Bolsonaro (PL), “sabe as pressões que está sofrendo”. Mourão pediu paciência e afirmou que é preciso “aguardar” para saber o que o novo titular da estatal pode fazer.

Isso aí é uma decisão tomada pelo presidente. Ele sabe quais são as pressões que ele está sofrendo. Então, segue o baile aí. Vamos aguardar o que que o Caio (Mario Paes de Andrade) pode fazer. O que eu vejo no Caio é que ele é um cara competente”, disse o general.

Em meio à crise inflacionária puxada, em grande parte, pelos reajustes no preço dos combustíveis, e após a troca do ministro de Minas e Energia, o governo federal anunciou, na noite de segunda-feira (23/5), nova indicação à presidência da estatal. É o quarto nome para presidir a Petrobras na gestão Bolsonaro.

José Mauro Coelho, indicado em 6 de abril, deste ano e empossado no dia 14 do mesmo mês, será trocado por Caio Mario Paes de Andrade, que ocupava uma secretaria do Ministério da Economia, a de Desburocratização, sob o comando do ministro Paulo Guedes.

Apesar de dizer que o novo indicado enfrentará “uma situação difícil”, em razão de fatores da política externa, Mourão teceu elogios ao potencial de Caio Andrade.

“[O Caio] vai pegar uma situação que não é fácil, porque eu já comentei várias vezes com vocês sobre o preço do petróleo, que tá ligado à situação internacional. Essa flutuação, por causa do conflito da Ucrânia, a saída da Rússia do mercado, os nossos problemas internos aqui, relacionados à nossa capacidade de refino pra tudo aquilo que nós produzimos”, argumentou.

Questionado se as seguidas trocas na empresa pública podem ser caracterizadas como uma “intervenção”, Mourão disse que isso está “dentro das atribuições do presidente”.

“Ele tem prerrogativa de nomear o presidente da Petrobras. Óbvio que tem de passar lá pelo conselho de acionista, vai ter uma reunião do conselho e da administração. Então, não é de hoje pra amanhã que isso vai acontecer, vai levar, na minha visão, 30 ou 40 dias pra isso acontecer”, finalizou.

Compartilhe esta notícia

Publicidade

Mais lidas