Reflexão Por: Ygor Coelho

Decifrando Cruz das Almas-BA

Por: Ygor da Silva Coelho

Ao chegar à Cruz das Almas na década de 1960, vindo do Sul da Bahia, algumas coisas me intrigaram na nova cidade.
Uma delas foi observar um trecho de rua de casas simples, coladas umas nas outras, todas pintadas de cores vivas. Para mim, era algo nunca visto, sentia-me entrar num arco-íris ao passar na singela, porém bonita rua. Mais tarde, descobri chamar-se Rua da Vitória.
Até ontem, eu sabia que a iniciativa de pintar as casas partiu do prefeito na época, Dr. Lauro Passos. E também as razões, visto que o trecho sempre foi uma das entradas da cidade e o roteiro que levava ao importante Instituto de Pesquisas Agropecuárias do Leste, hoje Embrapa. Visitantes vindos de todo Brasil, e de outros países, sempre transitaram por ali em direção à renomada instituição. Era justo que tivessem a melhor impressão possível de Cruz das Almas.
Com o tempo, as cores desbotaram, a cidade cresceu, a rua foi calçada e as casas se modificaram.
Agora tive a oportunidade de conhecer profundamente as razões e qual foi a fonte de inspiração para a pintura multicolorida das casas da antiga Rua da Vitória.
Numa visita ao agrônomo Lauro Passos Novis, neto do Dr. Lauro, apresentaram-me um quadro, que é passado de geração a geração, obra do pintor João Alves, datada de 1963. (Foto 1).

Também ouvi o relato que, quando prefeito, Dr. Lauro conheceu o referido quadro, que retrata casas multicoloridas, e teve a ideia de transformar em realidade o que via na tela.
Dessa forma, tantos anos depois, ao visitar os Novis, conheci o quadro de João Alves e encontrei a explicação sobre a pintura da rua que me intrigou ao chegar à cidade.
O trecho atualmente recebe o nome de Rua Lauro Passos, justa homenagem ao cidadão responsável por grandes investimentos e pela vinda de várias instituições para Cruz das Almas, incluindo a Escola de Agronomia e, consequentemente, o IPEAL-Embrapa.
Como não há foto que registre o passado da Rua da Vitória, com suas casas coloridas, sirvo-me de uma ilustração que traduz minhas lembranças. (Foto 2).

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