A ação penal que tramita na 1ª Vara Criminal de Feira de Santana, contra Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como “Binho Galinha”, deputado estadual pelo PRD, tem agitado os bastidores da política baiana. Binho é o principal alvo da operação “El Patron”, cujo processo corre em segredo de justiça, sendo apontado como líder de uma suposta milícia na região de Feira.
O Bahia Notícias, parceiro do JornalZero75, obteve acesso exclusivo à denúncia promovida pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco).
Em quase 140 páginas, a denúncia detalha toda a operação do esquema que teria Binho Galinha como principal figura.
A organização criminosa é acusada pelo Ministério Público de envolvimento em receptação, contravenção do jogo do bicho, extorsão, agiotagem, lavagem de capitais e outros delitos. Segundo a denúncia, tudo começou na década de 1990, quando a organização foi formada. O deputado assumiu a liderança do grupo em 2013, após o homicídio do bicheiro Oldair José da Silva Mascarenhas, conhecido como Dainho, que era sócio de Kléber Cristian.
Segundo o MP, Binho Galinha monopolizou o comando das atividades até os dias atuais. A investigação indicou que a contravenção, em especial o jogo do bicho, era uma das atividades “exclusivas” de Binho Galinha, através da entidade “ParaTodos”, ampliando para outras práticas criminosas.
Com atuação em Feira de Santana e em cidades vizinhas, o grupo de Binho Galinha tem uma ampla extensão. Pelo menos 13 pessoas foram identificadas pelo MP, com codinomes como “Macaco”, “Vini”, “Charuto”, “Vaguinho”, “Galego” e “Ninito”, entre outros que ainda não foram identificados.
Recentemente, o assessor parlamentar do deputado, Bruno Borges França, foi preso.
Compartilhe esta notícia
Aviso: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Jornal Zero75. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios podem ser removidos sem prévia notificação.