A dengue, doença endêmica em diversos países, incluindo o Brasil, não deixa de surpreender os especialistas. Um estudo de caso publicado na revista científica Urology Reports no último dia 18/2 relata uma manifestação inédita da doença: um jovem de 17 anos de Burkina Faso, na África, desenvolveu priapismo arterial, ou seja, uma “ereção vigorosa”, como consequência da dengue.
O priapismo arterial, geralmente causado por lesões que afetam o fluxo sanguíneo no pênis, nunca havia sido associado à dengue na literatura médica. No caso do jovem, identificado como A. S., a ereção persistiu por 18 horas sem qualquer estímulo sexual, durante sua internação pela doença.
Após o uso de bolsas de gelo no pênis para reduzir o fluxo sanguíneo, a ereção finalmente cedeu após dois dias. Felizmente, não foram detectadas sequelas para a saúde do órgão.
Os médicos acreditam que a dengue, em seu estado grave, ataca as plaquetas, tornando o sangue mais ralo. Essa alteração pode ter facilitado o fluxo sanguíneo para o pênis, levando ao priapismo.
Embora raro, este caso contribui para a compreensão das diversas formas pelas quais a dengue se manifesta. O priapismo causado pela doença pode ser tratado com técnicas já conhecidas, como o uso de gelo.
Em 2024, os casos de dengue estão em ascensão no mundo todo. No Brasil, a estimativa é que o número de casos suspeitos chegue a 800 mil até o próximo domingo (25/2).
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