A Prefeitura de Salvador tem enfrentado os desafios históricos de mobilidade urbana e colhido os frutos de intervenções viárias que têm melhorado a vida dos cidadãos. Na manhã desta segunda-feira (2), por exemplo, o prefeito Bruno Reis assinou a ordem de serviço para a construção de um novo viaduto nas imediações do 3º Batalhão de Bombeiros Militar, na região da Avenida ACM.
Com um investimento de R$ 51,8 milhões e um prazo estimado de 14 meses, o projeto vai beneficiar os motoristas que vierem das avenidas Tancredo Neves ou Paralela e que desejam retornar para a região do Shopping da Bahia. O elevado será construído antes do acesso à Av. Mário Leal Ferreira (Bonocô).
Atualmente, os condutores que passam pela avenida ACM no sentido Retiro e desejam fazer o retorno para voltarem ao sentido Shopping da Bahia têm que passar pela Rótula do Abacaxi e acessar o retorno que fica em frente à Estação Acesso Norte. Este retorno é um dos principais causadores de retenção de tráfego em toda a região, pois há uma confluência com os veículos vindos também das avenidas Bonocô, Barros Reis e Heitor Dias e do Shopping Bela Vista. Com a nova obra, os motoristas não vão mais precisar fazer o retorno na Rótula, o que vai melhorar o tráfego na região.
Esse novo elevado se soma a uma série de investimentos realizados pela Prefeitura nos últimos anos para melhorar a mobilidade na capital baiana. Mesmo com um aumento substancial da frota em Salvador, que triplicou nos últimos 20 anos, a trafegabilidade da cidade tem tido melhorias significativas, conforme avalia o secretário de Mobilidade, Fabrizzio Muller.
Em Salvador, a frota saiu de pouco mais de 300 mil no início dos anos 2000 para cerca de 1,1 milhão em 2023, de acordo com dados do Ministério dos Transportes. Esse número representa em torno 20% da frota total da Bahia, que é de 5 milhões de veículos.
Um estudo recente feito pelo Waze, aplicativo de mobilidade urbana, divulgou um levantamento que confirma o impacto positivo das intervenções realizadas pela Prefeitura de Salvador na redução dos congestionamentos. Segundo o estudo, Salvador não está na lista das cidades mais engarrafadas do país.
Fabrizzio Muller ressaltou que a gestão tem investido em obras para melhorar o deslocamento, especialmente nos gargalos históricos, que sempre apresentaram grandes retenções, como é o caso dos complexos viários Rei Pelé, no cruzamento das avenidas Garibaldi e Vasco da Gama, Tati Moreno, no cruzamento da Tancredo Neves com a Magalhães Neto, também conhecido como mergulhão da Tancredo Neves.
“Estes são alguns exemplos de obras que colaboraram para a redução dos congestionamentos na cidade. E, agora, com o início das obras do novo viaduto da ACM, certamente vai resolver um outro gargalo, que é o retorno do Acesso Norte. Além destas, outra grande obra de mobilidade é o BRT, que por se deslocar em via exclusiva, retira ônibus de circulação em vias de grande fluxo de veículos, dando prioridade ao transporte público”, salientou o titular da Semob.
Gargalos – Décio Martins, superintendente da Transalvador, destacou as melhorias nas vias da cidade nos últimos anos. Ele citou como exemplo o aumento de mais de 50% na velocidade média após a inauguração do mergulhão na Avenida Magalhães Neto e a melhoria no Complexo Rei Pelé. Além disso, os viadutos do BRT, no Itaigara, e os elevados na Avenida ACM têm contribuído para aliviar o tráfego em suas respectivas áreas.
“Salvador, ao longo dos últimos anos, vem trabalhando para melhorar a mobilidade. Mesmo, ao longo de 20 anos, saindo de 300 mil veículos para um milhão de veículos registrados no Detran, essa pesquisa demonstra o quanto o trabalho da Prefeitura tem surtido efeito na cidade”, declarou Décio Martins.
“Isso é demonstrado através de dados. Por exemplo, a velocidade média antes do mergulhão na Avenida Magalhães Neto era de 23 quilômetros por hora. Com a inauguração do mergulhão, nós passamos a ter uma velocidade média de 36 quilômetros por hora. Ou seja, um aumento de mais de 50% da velocidade média naquela localidade”, acrescentou.
Ele citou ainda o Complexo Rei Pelé, na Lucaia, onde a velocidade média era de 24 km/h e passou a ter 33 km/h após a intervenção. “Outros exemplos de intervenções são os viadutos do BRT, no Itaigara, nós desafogamos o tráfego na região. Na Avenida ACM, os elevados que foram construídos transformaram o tráfego naquela região. As intervenções da Prefeitura trazem mais mobilidade e mais conforto na vida das pessoas”, completou Décio.
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