A defesa dos direitos de crianças e adolescentes encontra nos conselhos tutelares o seu principal meio de promoção. É uma atuação fundamental que começa com o voto. Eleitores de todo o país com títulos válidos podem ir às urnas em seus municípios em outubro deste ano para escolher os conselheiros. Embora não seja tão difundido, o processo é muitas vezes tão politizado quanto as eleições oficiais bienais.
“Boa parte dos candidatos possui vínculos com vereadores, algo amplamente conhecido. Trata-se de um processo eleitoral que busca mobilizar a comunidade para votar, então os vereadores entram no processo apoiando candidatos que consideram relevantes para os seus mandatos”, destaca o comentarista Binno Santos.
O grande risco é que essa politização deturpe a função primordial do cargo. A atividade exige indivíduos comprometidos com a causa, o que nem sempre é o caso.
Existem mecanismos para restringir os candidatos, que são aplicados na tentativa de reduzir o uso político. Uma das exigências, por exemplo, é possuir pelo menos um ano de experiência em duas organizações voltadas para crianças e adolescentes.
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