O julgamento dos 13 policiais militares envolvidos na ação que resultou na morte do subtenente de 51 anos, Alberto Alves dos Santos, que fazia a segurança de ACM Neto durante as eleições de 2022, foi iniciado nesta terça-feira (18/07), na Vara de Auditoria Militar, no Bonfim. Quase dez meses após o trágico caso, ocorrido em setembro do ano passado em um hotel na cidade de Itajuípe, os PMs enfrentam acusações de execução e tentativa de homicídio. O caso foi noticiado pelo Informe Baiano minutos após a ação desastrosa.
Enquanto aguarda o desenrolar do julgamento, a família do subtenente Alves permanece em busca de justiça. Rita de Cássia Alves, de 50 anos, foi casada com o policial por 30 anos. Com lágrimas nos olhos e extremamente abalada, ela clamou por justiça.
“Vinte e nove anos de serviço honrando sua farda e morrer desse jeito? Não tem um dia que eu não que fique esperando o que é que a polícia vai fazer. Não é justo. Não é justo deixar isso impune. Eu e os pais dele, que estão vivos, esperamos justiça sim”, disse Rita.
“A gente não teve nem coragem de desarrumar as roupas dele. Está lá tudo arrumadinho na mochila dele. Ele saiu tão feliz (para trabalhar)”, relembrou.
“Um vazio no coração que não passa nunca. Uma falta, toda noite. Uma falta dele estar lá com a gente. Ele trabalhava muito, dava tudo pela polícia para morrer desse jeito?!”, questionou Rita.
No momento da ocorrência no hotel, além do subtenente Alves, também estava presente o sargento Adeilton Rodrigues D’Almeida, outro membro da equipe de segurança do então candidato a governador. O sargento D’Almeida foi atingido por cinco disparos, mas conseguiu sobreviver e é uma das testemunhas. Além do sargento, outras duas pessoas que estavam no local também serão ouvidas.
Os acusados não estão fisicamente presentes na Vara e serão ouvidos através de videoconferência.
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