O anúncio da redução de 21,3% no gás de cozinha, 12,6% na gasolina e 12,8% no diesel é motivo de celebração por brasileiros em todo território nacional, exceto na Bahia. No quarto maior Estado do país, os preços destes produtos devem continuar sem o abatimento apresentado hoje pela Petrobras, uma vez que, na Bahia, a distribuição de combustíveis é feita pela Acelen – empresa que comprou a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), no governo Jair Bolsonaro (PSL).
Em nota a Acelen confirmou que não acompanhará o abatimento nos combustíveis vendidos pela Petrobras.
“A Acelen informa que os preços dos combustíveis produzidos na Refinaria de Mataripe seguem critérios técnicos, que levam em consideração variáveis como custo do petróleo, dólar e frete, em consonância com as práticas internacionais de mercado. A empresa possui uma política de preços independente e transparente, a partir de uma fórmula objetiva, homologada pela agência reguladora, que assegura previsibilidade e preços justos, visando um mercado mais competitivo no país”, disse.
Diretor de comunicação do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro), Radiovaldo Costa também falou sobre a redução que não será sentida pelo consumidor baiano.
“A Acelen não tem como acabar com a PPI [Paridade de Preço de Importação]. Ela vai definir o preço na desvalorização cambial. Ela compra petróleo a preço internacional. Infelizmente tudo aquilo que defendemos e avisamos da privatização da Relam, vai acontecer. A distância vai ampliar. Vamos ter preço baixo no Brasil, e alto na Bahia”, lamentou.
Costa disse ainda que a empresa “comprou não só a refinaria, mas o mercado consumidor”. O reflexo, segundo ele, será sentido na inflação baiana, que deve ser maior que a média do país. “A inflação da Bahia tende a ser maior que o restante do país, pois esse produto pressiona o restante. Não temos o que comemorar com a notícia de hoje”.
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