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Mais de 100 baleados e 79 mortos em Salvador e RMS apenas no mês de fevereiro

O relatório mensal do Instituto Fogo Cruzado, divulgado na tarde desta segunda-feira, (5), apontou para a ocorrência de 118 tiroteios no mês de fevereiro na capital e Região Metropolitana. 

Segundo os dados, 79 pessoas foram mortas e outras 24 ficaram feridas, um aumento de 23% no total de pessoas atingidas. No mês anterior, os dados registraram 109 tiroteios, com 72 mortos e 12 feridos. 

Entre os motivos dos tiroteios, 37 ocorreram em ações e operações policiais e 31 foram em meio a disputas entre facções. Seis pessoas foram vítimas de balas perdidas. Destas, uma foi morta e outras cinco ficaram feridas. 

No dia 5 houve o maior número de ocorrências, com 12 tiroteios ao todo, seis deles em meio a disputas, que deixaram duas pessoas feridas. 

Os dados do Instituto Fogo Cruzado indicaram um aumento no número de pessoas mortas em disputas, desde os primeiros registros do órgão, em julho de 2022. Até o mês anterior, os dados apontavam para o maior registro de pessoas mortas, com 46 ocorrências. Em fevereiro, 48 pessoas foram mortas e dez ficaram feridas em meio a disputas. 

Homens seguem como a maioria das vítimas de armas de fogo em Salvador e Região Metropolitana: 74 foram mortos e 15 ficaram feridos. Entre as mulheres, quatro foram mortas e seis ficaram feridas. Outras quatro pessoas não foram identificadas. 

Três idosos foram feridos por arma de fogo, e entre os considerados adultos, 75 pessoas foram mortas e 19 ficaram feridas. A violência armada também atingiu pessoas de baixa idade, dois adolescentes foram mortos e outro ficou ferido, e uma criança foi ferida por bala perdida. 

Dentre os casos marcantes, está o caso da criança de 2 anos, baleada na barriga durante uma ação policial numa localidade conhecida como Fonte do Capim, no bairro da Fazenda Grande do Retiro, no dia 26, em Salvador. 

Durante o período do carnaval, na madrugada do dia 20, a advogada Saadya Gomes, 29, foi morta a tiros dentro do carro, no bairro do Tancredo Neves, em Salvador, quando voltava de um camarote do Circuito Barra/Ondina. 

Em nota enviada, a Secretaria de Segurança Pública disse não comenta os dados apresentados pelo aplicativo. “Por não se tratar de um recurso oficial, não é possível atestar a veracidade das informações que são apresentadas, o que impossibilita, inclusive, a utilização desse recurso para fins policiais. Os dados gerados de forma indiscriminada e sem confirmação oficial podem produzir estatísticas distorcidas”, afirma.

O orgão disse ainda que dispõe de vários recursos para coleta de informações, inclusive de forma anônima, como o Disque Denúncia (181), o 190, além das redes sociais. Todos esses canais estão disponíveis de maneira gratuita e sigilosa.

“Reforça quem tem intensificado as ações em toda a Bahia para aumentar a sensação de segurança e, principalmente, levar à Justiça os integrantes das quadrilhas de tráfico de drogas, principais responsáveis pela disputa armada pela venda de entorpecentes. Para isso, além de reforçar as ações operacionais, a pasta tem investido massivamente em tecnologia”, finaliza a SSP.

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