Três trabalhadores procuraram o posto da PRF na cidade de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, para pedir ajuda. Eles informaram que estavam sendo mantidos contra sua vontade em um alojamento da Vinícola Aurora e tinham acabado de fugir.
Os policiais localizaram o local e acionaram o MTE e a PF para realizar uma operação conjunta no alojamento. No local, as equipes constataram que havia em torno de 240 homens em situação degradante.
Os trabalhadores relataram diversas situações que passavam, a exemplo de atrasos nos pagamentos dos salários, violência física, longas jornadas de trabalho e alimentos estragados. Também disseram que eram coagidos a permanecer no local sob pena de pagamento de uma multa por quebra do contrato de trabalho.
A maioria das vítimas era proveniente da Bahia. Eles eram recrutados com diversas promessas, mas no local as condições eram diferentes da prometida pelos recrutadores.
O responsável pelo alojamento, um homem de 45 anos, natural de Valente, no interior baiano, foi preso e encaminhado para a Polícia Federal, em Caxias do Sul. O MTE irá analisar individualmente os direitos trabalhistas de cada trabalhador para a buscar a devida compensação.
A Vinícola Aurora disse, através das redes sociais, que “não compactua” com o ocorrido e “contrata trabalhadores terceirizados, devido à escassez de mão-de-obra na região”.
A Aurora também afirma que repassa à empresa terceirizada um valor acima de R$6,5 mil por mês, acrescidos de eventuais horas extras.
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