O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) afirmou, na última quarta-feira (22), que o governo do Estado de São Paulo e a Prefeitura de São Sebastião, uma das principais cidades afetadas, foram avisados com dois dias de antecedência sobre o risco de desastre na cidade em razão dos temporais. As chuvas que caíram no Litoral Norte paulista entre os últimos sábado (18) e domingo (19) foram as maiores registradas em 24 horas na história do país, segundo dados do Cemaden. 48 pessoas morreram e 50 estão desaparecidas.
O alerta do órgão citava a Vila do Sahy, distrito de São Sebastião, onde mais de 30 pessoas morreram. A Defesa Civil também informou que teria alertado a população sobre o risco de desastres. O órgão enviou o primeiro alerta por SMS ao celular de 34 mil pessoas cadastradas no sistema do Litoral Norte e região.
No entanto, a mensagem não dava a dimensão exata do risco, ao citar apenas “chuva isolada”. Além disso, a informação teria chegado a apenas um pouco mais de 10% da população local. Moradores relatam que não receberam avisos e não houve nenhum pedido para que deixassem suas casas mesmo diante do perigo de deslizamento.
De acordo com o governo estadual, a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) passou o alerta ao município de São Sebastião, administrado pelo prefeito Felipe Augusto (PSDB).
O volume de chuvas ultrapassou os 600 milímetros, o que é considerado um “evento climático extremo”. Em apenas um dia, choveu o equivalente a mais de dois meses. Na última quarta-feira (22) a Defesa Civil estadual emitiu alerta de previsão de novos temporais sobre a região para hoje, inclusive sobre o município de São Sebastião. Ubatuba, Ilhabela e Caraguatatuba também deverão ter chuvas fortes durante a tarde e à noite.
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