Reflexão Por: Ygor Coelho

Histórias de Sucesso: Gilton de Almeida Rosa

 

Por: Ygor da Silva Coelho

Um país não se torna grandioso sem as sementes lançadas ao solo e sem o empreendedorismo dos grandes homens. É daí que advém a colheita, o sucesso, a fartura e o desenvolvimento econômico. 

GILTON ROSA era um menino de Castro Alves, quando chegou a Cruz das Almas em 1962, para estudar no Colégio Estadual Alberto Torres. Concluiu o ensino médio, foi aprovado no vestibular e se graduou em Agronomia em 1971. 

Iniciava então a movimentada vida profissional de Gilton Rosa, que nos lembra à máxima de que “ao lado de um grande produtor há sempre um grande agrônomo”. Gilton é grande pelas razões acima e, mais do que isso: É grande agrônomo, grande produtor e renomado mestre.

A contribuição de Gilton Rosa no desenvolvimento da agropecuária da Bahia passa por vários segmentos. Ao graduar-se recebeu a tarefa de desenvolver a cultura do algodão no semi árido baiano. Deixou as sementes por lá, mas, vislumbrando outros horizontes, fez concurso para PLAMAM – Plano de Alimentação e Manejo de Gado Leiteiro. 

Homem de enfrentar tarefas com unhas e dentes, aprofundou o conhecimento na área leiteira e ingressou na Cooperativa Central de Laticínios da Bahia. 

Foi quando teve o primeiro grande desafio: viabilizar a Usina Catuiçara, até então uma obra abandonada na cidade de Teodoro Sampaio-BA. Conseguiu ativá-la ao ponto de comercializar 30 mil litros de leite por dia.

É difícil definir o papel maior de Gilton Rosa, por ser um técnico que empregava os seus braços e a inteligência para transformar sucata em usina de leite, terras inférteis em pastagens e campos vazios em cultivos variados: laranjas, frutas tropicais, mandioca, algodão, sisal… 

Participou como sócio da Empresa de Desenvolvimento Rural – EMDER, que tinha sede em Cruz das Almas e escritórios por quase toda a Bahia, Minas, Piauí e Maranhão. Posteriormente, associou-se à AGRUPOL – Agência Rural de Projetos. Com as mesmas funções da EMDER, abriu escritórios de orientação técnica em vários municípios, chegando a formar uma equipe de 40 engenheiros agrônomos. 

Era uma época de dinamismo na agricultura baiana e vale repetir a máxima associada a Gilton Rosa: “Ao lado de um grande produtor, há sempre um grande agrônomo”. Entenda-se por grande não apenas extensas áreas, mas, também,  produção eficiente.

Convidado a ingressar na UFBA como professor colaborador, ganhou gosto pelo ensino e prestou concurso, tornando-se titular da disciplina “Manejo de Pastagens”.

A humildade não o deixa dizer, mas foi responsável direto pelo melhoramento genético do gado Nelore de nossa região. Trazia matrizes selecionadas de Minas Gerais e abastecia os pecuaristas locais. 

Gente como Gilton Rosa está no rol daqueles empreendedores que trabalham incansavelmente, de sol a sol, para transformar o mundo. Carrega consigo o dom de realizar, uma virtude de pessoas notáveis  que fazem a diferença, sobretudo nos momentos de crise.

Suas realizações incluem a Madeireira Temal – Indústria e comércio de esquadrias e móveis – a maior do ramo em Cruz das Almas até hoje.

Sucesso significa concretizar sonhos, criar com o coração, olhar para trás, admirar a jornada e ver que valeu a pena. E o mais importante: deixar lições e inspiração para os jovens que se encaminham na engenharia agronômica, mostrando-lhes que não importa o tamanho da crise. É sempre possível realizar e vencer.

Mas, como nem todo planejador é perfeito, Gilton só errou na dose quando resolveu plantar quiabo. Foram tantos hectares que nem todo caruru de São Cosme e Damião do Recôncavo Baiano foi suficiente para o consumo. Causou uma super safra, era preciso haver muito mais devotos!

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