A campanha do candidato ao governo da Bahia pelo PT, Jerônimo Rodrigues, gastou R$ 660 mil para contratar a empresa do publicitário Marcos Carvalho, que atuou na campanha de Jair Bolsonaro em 2018.
Em 2020, Marcos Aurélio Carvalho foi convocado na CPMI das Fake News. A AM4 coordenou o marketing eleitoral e a captação financeira para as campanhas de Jair Bolsonaro e do PSL em 2018. Os serviços executados foram sites de campanha, contato com influenciadores digitais, desenvolvimento de plataforma para doações e, no segundo turno do pleito presidencial, vídeos para propaganda eleitoral.
Serviços de envios de mensagens em massa são investigados pela CPMI, que já ouviu um ex-funcionário e um proprietário da empresa Yacows, baseada em São Paulo, que trabalha com essa atividade. Esses depoimentos citaram a AM4 como produtora de conteúdos que a Yacows repassou para diversos números de celular durante o período eleitoral.
À coluna de Igor Gadelha, do portal Metrópoles, o empresário disse que pretende votar em Lula no segundo turno da disputa presidencial deste ano. “Sem dúvida nenhuma (votará no ex-presidente Lula)”, afirmou. “Minha base pessoal é mais progressista. E eu tenho grandes amigos na esquerda, o Carlos Siqueira. É uma relação mais próxima dos meus valores”, justificou.
“Essa campanha de 2018 foi um desvio na rota. Muito mais para comprovar uma tese. Todo mundo estava muito ressentido pelo PT em 2018. Todo mundo muito influenciado pela Lava Jato”, disse o marqueteiro.
Após a campanha, Marcos Aurélio trabalhou na equipe de transição do presidente. Entretanto, após reclamações do vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho 02 do então presidente eleito, acabou se afastando do time.
Nas eleições deste ano, a nova empresa de Marcos Carvalho, a “Epon Brasil Estratégia”, trabalha em três campanhas, todas de candidaturas de esquerda. O maior contrato é com Jerônimo Rodrigues, candidato do PT ao governo da Bahia, que pagou R$ 660 mil pelo serviço do marqueteiro.
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