Por: Ygor da Silva Coelho
Agenor Souza nasceu na localidade do “Bebe Água”, distrito de Cruz das Almas-BA. Filho de lavrador, tendo uma vida simples e rural no Recôncavo Baiano, tudo sugeria que continuasse a tradição da família cultivando a terra.
Mas a destacada inteligência e a inata curiosidade sinalizavam para ele voos mais altos e um futuro que não seria apenas cuidar das poucas tarefas de terra da família. Sua vocação era o estudo, pesquisa, ciência e negócios.
Agenor mostrou-se um aluno aplicado. Já no Exame de Admissão ao Ginásio foi classificado em primeiro lugar. Mais tarde, prestou vestibular para Agronomia na Universidade Federal da Bahia, formando-se em 1965.
A inteligência e a educação refinada eram notadas. Recebeu convite para estagiar na Agro Comercial Fumageira/Suerdieck. E cresceu com essa empresa. Foi assistente técnico, agrônomo de campo, diretor técnico, chegando a ter sob a sua supervisão 3.500 funcionários. Na época, o conglomerado Agro Fumageira e Suerdieck somava 5 mil funcionários.
Na Agro Fumageira, Agenor aprimorou o cultivo de fumo e introduziu novas tecnologias, elevando a produtividade de 780 para 1.200 kg por hectare. Houve um período em que Agenor e sua equipe atendiam 25% da demanda mundial de fumo para capa. Isso representava um faturamento anual de US$ 12.000.000,00. Uma contribuição extraordinária para a economia cruzalmense.
Como diria o famoso pensador, o futuro pertence a quem acredita nas possibilidades dos seus sonhos. Agenor sonhou bem! Fez curso em Israel, visitou países compradores de fumo, cigarrilhas e charutos. Esteve nos Estados Unidos, Alemanha, Itália, Grécia, Equador, República Dominicana…
Agenor Souza teve notável participação no crescimento da indústria fumageira, que culminou com o título dado a Cruz das Almas: “Capital do Fumo”.

Nos anos recentes, passou-se a alertar a sociedade para o uso prejudicial do fumo à saúde, mas, num outro momento histórico, a agroindústria fumageira foi relevante para a economia da Bahia e do Brasil. A tal ponto que folhas de fumo e café compõem o “Brasão da Repúblical”. A tal ponto que, por força da indústria açucareira e do fumo, a região chegou a ser visitada por D.Pedro I, D. Pedro II e pela Princesa Isabel.
As grandes paixões conduzem o homem a grandes realizações. Agenor Souza sempre foi um apaixonado pela agricultura, característica que o levou a vencer desafios e obter conquistas.
Hoje aposentado, Agenor de dedica a escrever a sua história. A HISTÓRIA DE SUCESSO do menino do “Bebe Água”, que correu o mundo levando o nome de Cruz das Almas muito além de nossas fronteiras.
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