O coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar comemorou nesta sexta-feira (9/5) o acordo firmado entre a Petrobras e a Unigel para que as FAFENs Bahia e Sergipe voltem a ser controladas pela Petrobras. “Recebi essa notícia com muita alegria e senso de dever cumprido. Sem dúvida, é um passo estratégico para o Brasil e uma conquista construída com muita luta da FUP e dos trabalhadores e trabalhadoras do setor”, destacou Bacelar.
Ele explica que as unidades voltarão a operar sob um modelo de Operação e Manutenção (O&M), garantindo segurança operacional até que seja reconstruído todo o efetivo próprio da empresa, com a convocação do cadastro reserva do último concurso. “Defendemos que sejam realizados novos concursos públicos e reiteramos que vamos trazer de volta aqueles que foram transferidos compulsoriamente e arbitrariamente”, frisou.
A retomada das FAFENs representa a geração de cerca de 2.400 empregos diretos e indiretos no Nordeste, bem como a redução da dependência do Brasil em relação aos fertilizantes importados e o fortalecimento do Plano Nacional de Fertilizantes (PNF). Desde que o Conselho de Administração da Petrobrás autorizou um acordo entre a empresa e o grupo Unigel, a FUP vem defendendo que os trabalhadores e trabalhadoras que eram lotados nas FAFENs sejam recontratados pela Petrobras.
Fechadas desde junho de 2023, as FAFENs foram arrendadas ao Grupo Unigel em 2020, após o período de desmonte da Petrobras iniciado durante a Operação Lava Jato, no governo do ex-presidente Michel Temer, e que teve continuidade no governo de Jair Bolsonaro. “Depois dessa readmissão dos ex-funcionários, caso haja ainda necessidade de ocupação das instalações, defendemos que essas vagas sejam disponibilizadas para trabalhadores e trabalhadoras da Refinaria Landulpho Alves, a antiga RLAM, que perderam seus empregos por causa da privatização da refinaria”, destacou ainda o coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar.
“Depois de toda a campanha pela reabertura da Fábrica de Fertilizantes Araucária Nitrogenados S. A. (ANSA), no Paraná, com investimentos de aproximadamente R$1 bilhão e readmissão dos trabalhadores que haviam sido dispensados, nós festejamos agora a reabertura das FAFENs. Essa retomada da produção de fertilizantes em solo nacional é um marco estratégico que demonstra o compromisso do governo com as demandas essenciais do país”, acrescentou o coordenador da FUP, para quem a Petrobras reassume o seu papel como motor do desenvolvimento nacional e peça-chave no cumprimento do Plano Nacional de Fertilizantes. “A volta da Petrobrás ao setor de fertilizantes deve contribuir para o abastecimento interno do insumo, de acordo com o Plano Estratégico da Petrobrás e o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF) em curso.
Membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável (CDESS) do governo do presidente Lula, Bacelar lembrou que “o setor de fertilizantes havia sido totalmente desmantelado na Petrobras e que a reconstrução exigirá um esforço coletivo sem precedentes, baseado na união e na determinação de todos os envolvidos”.
“É essencial que os erros cometidos por causa do arrendamento ocorrido em novembro de 2019 sirvam como lição, para que práticas prejudiciais não se repitam e o compromisso com a valorização dos trabalhadores seja, de fato, respeitado”, reiterou.
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