Brasil

Deyvid Bacelar diz que a indústria naval vai gerar 44 mil novos postos de trabalho a partir deste ano

Depois de lançar em 2024 um manifesto em defesa da retomada dos empregos na indústria naval brasileira de petróleo e gás, a Federação Única dos Petroleiros participou nesta segunda-feira (17/2), no terminal da Transpetro, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, da cerimônia de anúncio de novos investimentos do programa de renovação de frota naval do sistema Petrobras, evento que contou com a presença do presidente Lula.

De acordo com o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar, o evento é o ápice de uma luta que vem sendo travada pelos trabalhadores e trabalhadoras da Petrobras nos últimos anos, principalmente após a demissão de três mil trabalhadores em um único dia, em 2017, no estaleiro de Angra dos Reis.
“Antes da operação Lava Jato, a indústria naval empregava 84 mil trabalhadores e trabalhadoras em todos os estaleiros do país. Depois do golpe de estado sofrido pela presidenta Dilma, a indústria naval brasileira foi completamente destruída”, lembrou Bacelar. “Felizmente, com o retorno do presidente Lula, essa indústria está sendo retomada hoje, a partir desse grande evento, com mais de 44 mil postos de trabalho que serão gerados a partir das encomendas da Petrobras”, festejou.
“Esses estaleiros já estão com encomendas de obras para o Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Santa Catarina e haverá encomendas também para o Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco.
Temos motivos de sobra para nós estarmos aqui comemorando a retomada da indústria naval, que será feita a partir da força de trabalho de cada trabalhador e trabalhadora que aqui está e que reconhece que essa retomada já é fruto da colheita que foi plantada pelo presidente Lula em seus dois primeiros anos de governo”, destacou Bacelar, que entregou ao presidente Lula uma Carta dos Sindicatos e da FUP ratificando o compromisso das entidades sindicais com o desenvolvimento da indústria de petróleo e gás, Transpetro e todas as subsidiárias do sistema Petrobras.

Ainda segundo Deyvid Bacelar, o Brasil tem capacidade de construir navios, sondas e plataformas aqui mesmo, em nosso país. “Há estaleiros desde o Belém do Pará até o Rio Grande do Sul, onde poderemos ter uma gigantesca geração de emprego e renda”, defendeu.
Ele recorda que, no governo anterior, houve evasão de postos de trabalho na ordem de 1 milhão e 500 mil. “Esses trabalhadores foram contratados por China, Japão, Cingapura, Coreia do Sul”, lamentou.
A maioria dos participantes da cerimônia estava trajada com o jaleco laranja usado pelos trabalhadores e trabalhadoras da Petrobras e pelos dirigentes da Federação Única dos Petroleiros, um símbolo da resistência dos trabalhadores nos últimos anos, segundo o dirigente.

Na Bahia, Deyvid Bacelar vem liderando um movimento pela retomada imediata das atividades no Canteiro de São Roque, em Maragogipe. “É preciso que nossos estaleiros retomem as obras, não somente a construção de navios, plataformas e sondas, mas também o descomissionamento de algumas plataformas da Petrobras”, observa, lembrando que o Canteiro de São Roque, em Maragogipe (BA), chegou a gerar 7500 empregos diretos. “Trabalhadores e trabalhadoras que ajudaram a construir sondas e plataformas em Maragogipe já podem ir se preparando porque a qualquer momento teremos de volta esses empregos de qualidade com boas remunerações aqui na Bahia”.

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