A doença de Chagas (ou Tripanossomíase americana) é a infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. Apresenta uma fase aguda (doença de Chagas aguda – DCA) que pode ser sintomática ou não, e uma fase crônica, que pode se manifestar nas formas indeterminada (assintomática), cardíaca, digestiva ou cardiodigestiva.
Em uma pesquisa, realizada pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb) com a participação de especialistas da Fiocruz Bahia, Universidade de Brasília, Universidade Federal de Goiás e Secretaria da Saúde do Estado da Bahia. A cidade de Santo Antônio de Jesus destaca-se como uma das cidades com maior índice de mortalidade por doença de Chagas no estado.
Esses dados acendem um alerta na questão social, visto que a doença de Chagas é considerada uma doença tropical negligenciada, afetando principalmente populações em situação de vulnerabilidade social.
A mortalidade pela doença na Bahia foi superior à média nacional em Santo Antônio de Jesus, Irecê, Barreiras, Guanambi, Itaberaba e Santa Maria da Vitória. O estudo, publicado na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, revelou que estas regiões foram identificadas com altos pontos de mortalidade.
As principais formas de transmissão da doença de Chagas são:
Vetorial: contato com fezes de triatomíneos infectados após o repasto/alimentação sanguínea. A ingestão de sangue no momento do repasto sanguíneo estimula a defecação e, dessa forma, o contato com as fezes.
Oral: ingestão de alimentos contaminados com parasitos provenientes de triatomíneos infectados ou suas excretas.
Vertical: ocorre pela passagem de parasitos de mulheres infectadas por T. cruzi para seus bebês durante a gravidez ou o parto.
Transfusão de sangue ou transplante de órgãos de doadores infectados a receptores sadios.
Acidental: pelo contato da pele ferida ou de mucosas com material contaminado durante manipulação em laboratório ou na manipulação de caça.
A prevenção da doença de Chagas está intimamente relacionada à forma de transmissão e uma das formas de controle é evitar que o inseto “barbeiro” forme colônias dentro das residências, por meio da utilização de inseticidas residuais por equipe técnica habilitada.
Em áreas onde os insetos possam entrar nas casas voando pelas aberturas ou frestas, podem-se usar mosquiteiros ou telas metálicas. Também recomenda-se usar medidas de proteção individual (repelentes, roupas de mangas longas, etc.) durante a realização de atividades noturnas (caçadas, pesca ou pernoite) em áreas de mata.
Fonte: ministério da saúde
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