Bahia

Dezembro: Feira de Santana registra três homicídios em menos de dois dias

Feira de Santana iniciou o mês de dezembro com uma sequência de homicídios, incluindo dois assassinatos de mulheres em menos de 24 horas. Em entrevista ao Acorda Cidade, o delegado titular da Delegacia de Homicídios (DH), Gustavo Coutinho, detalhou os últimos crimes que aconteceram na cidade e fez um balanço dos assassinatos registrados em novembro.

O primeiro caso ocorreu na tarde de domingo (1º), por volta das 13h, na Rua Caurama, bairro Santo Antônio dos Prazeres. A vítima, identificada como Fátima Aparecida Lima Silva, de 37 anos, estava assistindo a uma partida de futebol quando foi alvejada por dois homens em uma moto.

“Eles efetuaram vários disparos de arma de fogo. A maioria dos disparos atingiu a região da nuca, do pescoço e das costas, e ela faleceu no local”, informou o delegado.
Segundo as investigações preliminares, Fátima era natural de Salvador e havia se mudado para Feira de Santana há cerca de cinco meses.

“Ela alugou um ponto na Avenida Sérgio Carneiro para funcionar como um bar. Acredita-se que possa ter se desentendido com alguém da região ou estar envolvida com algum tipo de traficante da área. Não se sabe ainda, como está muito recente”, explicou Gustavo Coutinho.

As equipes da delegacia continuam coletando provas e ouvindo testemunhas para esclarecer a motivação do crime.

O segundo caso aconteceu na madrugada de segunda-feira (2), na Fazenda Genipapo, distrito da Matinha. Aline Evangelista de Jesus, de 35 anos, foi brutalmente surpreendida e assassinada em sua própria casa.

“Quatro homens encapuzados arrombaram a residência com um pé de cabra. Dois deles ficaram com as crianças em um quarto, enquanto os outros dois a levaram para o quintal e a executaram com vários disparos de arma de fogo”, relatou o delegado.

Aline foi atingida por tiros no braço, ombro direito e cabeça. Conforme Coutinho, há indícios de que o crime esteja relacionado ao tráfico de drogas. Os autores do crime chamaram a vítima pelo nome, o que sugere que a conheciam.

“Estavam ali realmente para se vingar ou cobrar algum tipo de dívida de drogas. Mas vamos confirmar isso. De qualquer forma, vamos ouvir todo mundo: os parentes, os familiares, os vizinhos, alguém que tenha ligação direta com ela”, destacou.

As filhas da vítima, de 4, 11 e 15 anos, também serão ouvidas para ajudar a identificar os autores e a motivação do crime.

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