A defesa da demarcação dos territórios indígenas da Bahia ecoou em um dos principais acessos ao Centro Administrativo da Bahia (CAB), no terceiro dia de ocupação do Acampamento Terra Livre, em Salvador. Na área externa da Assembleia Legislativa da Bahia, cerca de 1.500 pessoas indígenas de 32 etnias discutem, até quinta-feira (7), a retomada das negociações em torno do marco temporal no Congresso Nacional.
Na sexta edição do acampamento, que conta com o apoio dos poderes legislativo e executivo da Bahia, o governador Jerônimo Rodrigues foi recepcionado, nesta quarta-feira (6), pelos povos presentes, e dialogou sobre políticas da administração estadual para a população indígena baiana.
Com o tema “O Nosso Marco é Ancestral”, a edição deste ano, organizada pelo Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (Mupoiba), conta com uma série de serviços de cidadania oferecidos pelo Governo do Estado.
Até quinta (7), quando será desfeito o acampamento, as pessoas terão acesso à emissão do Cartão de Identidade do Indígena (CIN), Carteira Nacional do Artesão e de antecedentes criminais, através do SAC Móvel; e atendimentos psicossocial e jurídico, com a equipe multiprofissional da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM). Também contam com apoio da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), com a estrutura para a Feira de Economia Solidária; e da Coordenação-geral de Políticas de Juventudes (Cojuve), que realiza a emissão do ID Jovem, facilitando o acesso de jovens indígenas a direitos como o transporte interestadual.
Através da Secretaria da Saúde (Sesab), nos dias 4 e 5/11 também foram realizados 44 exames de mamografia e 3.263 procedimentos odontológicos no acampamento. Segundo a pasta, o Estado prevê um investimento de R$ 116 milhões em unidades básicas de saúde indígena, em ambulâncias e na melhoria da saúde especializada para 2025.
Fonte: SECOM – Gov.BA
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