O trágico naufrágio da lancha Cavalo Marinho I, que resultou na morte de 19 pessoas e deixou 59 feridos, completa sete anos neste sábado (24). Desde 2017, as famílias das vítimas e os sobreviventes aguardam por justiça em meio a um cenário de burocracia e decisões judiciais contraditórias.
Mesmo com a fase de instrução concluída em 2023, um novo revés judicial transferiu os processos para a Justiça Federal, complicando ainda mais o andamento das ações indenizatórias e adiando o julgamento. A Defensoria Pública da Bahia, em tentativa de manter os casos na Justiça estadual, interpôs recursos, mas a definição sobre a competência judicial permanece em aberto.
Para os sobreviventes, o impacto psicológico é profundo. Muitos convivem diariamente com o medo, a depressão e o estresse pós-traumático, como no caso de Adailma Santana Gomes, de 27 anos, que tirou a própria vida meses após o acidente. De acordo com o Metro 1, a família de Adailma luta para que ela seja reconhecida como a 20ª vítima da tragédia, evidenciando as consequências devastadoras que o naufrágio causou.
O acidente deixou questionamentos que ainda ecoam: por que uma lancha sem condições adequadas estava no mar? Como foi permitido que tantas vidas fossem colocadas em risco? Quem deve ser responsabilizado? E, sobretudo, por que a demora em se fazer justiça?
Fontes: Blog do Valente
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